DEBATE PERDIDO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Preliminarmente, o termo debate vem do francês "debat", que significa uma forma de contestação com argumentos opostos, onde as ideias conflitantes são sustentadas, defendidas ou criticadas.
O debate é quem faz a diferença entre o que pensam e defendem formalmente falando os letrólogos, filósofos, cientistas, políticos e parlamentares em geral.
É o que se sabe ou se conhece sobre determinado tema de fato e de direito, o que defende com ética e logicidade, algo possível de ser humanamente real ou realizável.
O que diz e o que não diz...
E para isto se tem regras formais de conhecimento prévio pelas partes envolvidas em termos de interação, de modo que "quando o debate está perdido, a difamação é a ferramenta do perdedor", no dizer do filósofo Sócrates, com sua maiêutica para descobrir a verdade.
Ressaltamos de que as conversas ou os argumentos sobre o cotidiano, o futebol, a política do disse me disse e o próprio entretenimento, podem e são considerados debates informais, isto é o senso comum.
Quando se trata de campanha política, os debates voltam a tona, o que não faltam são denúncias e insatisfações da população, sejam por parte dos eleitores ou por parte dos candidatos fazendo seus cavalos ou burros de batalhas com bases nas denúncias fundadas e ou infundadas.
Isto mesmo, porque "é da natureza do desejo não ser satisfeito, e a maioria dos homens vive apenas para a satisfação do mesmo", segundo Aristóteles, in.: Política, Livro II, 1267.
O homem pobre (leia-se: pessoa masculina ou feminina de poucas posses ou nenhuma) é por si mesmo insatisfeito com o que é e com o que não tem, assim ele em si é uma fábrica viva de insatisfação, se não tiver uma base familiar, ética, lógica, educacional, religiosa e política segura, etc, ele é um barril de pólvora capaz de implodir e explodir a si e a própria sociedade, porque algo negativo ou positivo poderá levá-lo a massificação e esquecer ou duvidar de seu próprio caráter e tornar-se amoral, ladrão, homicída, drogado, etc, agressor das normas sociais, passando a viver e a conviver com os crimes que lhes garantem vantagens a qualquer preço.
Portanto, o debate da vida está assim perdido, salvo melhor juízo.
Assim nascem os corruptos na sociedade que conhecemos, os novos ricos sem motivos.