QUEM GANHA & QUEM PERDE?

Francisco de Paula Melo Aguiar

A dúvida está levando o eleitorado a ansiedade coletiva, porque os últimos quinze dias que antecedem o dia da eleição parece durar um século.

Quem ganha & quem perde?

Ambas as duas perguntas são perguntadas nos quatro cantos de qualquer cidade, porém, ficam sem respostas.

Isto mesmo, a medicina sabe quase tudo, inclusive o sexo da criança antes de nascer, porém, as respostas a ambas perguntas só teremos de fato quando o eleitorado votar e os votos forem apurados e o resultado proclamado na forma da legislação em vigor.

E até porque nenhum candidato desacredita em si mesmo em termo potencial e preparado para ganhar a eleição e porque todos se autoproclamam que sabem que sabem exercer o cargo conferido pela escolha popular, então preparados, até que se prove o contrário, todos candidatos são sábios e honestos, mãos limpas.

Uma coisa é certa de que “todos os seres humanos deviam tentar aprender antes de morrer, do que estão fugindo, e para onde estão indo, e por quê. É estranho como, nas mãos certas, uma garrafa de vinho se transforma num objeto tão poderoso, que pode fazer esquecer as grandes perguntas da vida. Mas não se engane, pois mesmo entre o riso, o coração pode estar em agonia, e o fim disso tudo é tristeza. No entanto, o homem continua a fugir, a buscar o esquecimento, porque a verdade nua e crua, essa, é muitas vezes difícil demais de suportar", segundo o correspondente na guerra civil espanhola e escritor norte-americano Ernest Hemingway(1899-1961), in.:O Velho e o Mar (1952).

Assim diante dos candidatos expostos e brigando pelo mesmo cargo eletivo, onde cada um tem a verdade para resolver os velhos e novos problemas de suas cidades, deveria o eleito aderir a todos projetos dos candidatos derrotados para somar e resolver os problemas insolúveis até então só expostos nos períodos de campanhas.

Tanto é assim que "Nenhuma coisa grandiosa é criada de repente, como um cacho de uvas ou um figo. Se me disseres que desejas um figo, direi a ti: leva tempo. Deixa-o primeiro florir, depois frutificar e, finalmente, amadurecer." segundo Epicteto, in.:"Discursos".

Isto é mera ilusão, nem os próprios candidatos sabem o que estão escritos em seus projetos de gestão pública, salvo raríssimas exceções, porque todos os dias os candidatos mudam de discursos, assim comoba isca visga o peixe.

É esta a realidade em que o eleito pede a Deus e ao diabo para que ninguém se lembre de suas promessas durante a campanha, tendo em vista às alianças podres da corrupção envolvendo políticos, eleitores corruptos e seus "capitães" do mato ou cabos das milícias eleitoreiras. Um gestor de qualquer cor partidária tendo como assessores o lixo da sociedade é um preço alto de mais que o erário terá que pagar, se já não está pagando, em assim sendo assim, tudo porque, "o segredo da felicidade não é encontrar um destino, mas aprender a caminhar. A vida é uma sequência de momentos, e cada um deles é precioso. Quando olhamos sempre para o futuro ou nos perdemos no passado, deixamos de viver o presente. A verdadeira realização está em encontrar beleza e sentido em cada passo que damos, aqui e agora", conforme o premio Nobel de Literatura de 1927, professor, sociólogo, filósofo, escritor e diplomata francês Henri Bergson(1859-1941), in.: O Riso: Ensaio sobre o Significado do Cômico.

Isto mesmo, a corrupção não tem compromisso com o futuro social ou administrativo de ninguém e muito menos de quem vende por um mixaria o voto, a não ser com ela própria, assim vai faltar dinheiro para tudo e para todos, menos para os propineiros corruptos nomeados e operando com força total contra os sem nada daquela esfera administrativa, porque essa gente não dá ponto sem nó.

Em síntese: quem ganha & quem perde?