Um Dia Sendo Saul
Esta semana foi recheada de desafios! Muitas situações têm escapado ao meu controle, e isso, por si só, já é capaz de me tirar do sério instantaneamente. Sinceramente, diversos pensamentos perturbadores têm rondado minha mente, incluindo o ceticismo sobre uma possível positividade que justificaria esse sofrimento mental.
É verdade que a idade me tornou um ser mais incrédulo e melancólico, com breves momentos de empolgação. No entanto, isso não me impediu de, em boas companhias e momentos particulares, sorrir. Afinal, faz parte da minha personalidade gostar de rir excessivamente com conversas bobas e situações incomuns.
Hoje, ao escutar alguns álbuns de música genuinamente cristã, senti-me melhor. Por alguns instantes, senti-me como Saul ao ouvir Davi, encontrando refrigério naquele que está além do material e da ânsia carnal por respostas ou imediatismo. Foi como se eu houvesse retornado a mais de uma década, para minha infância, para a calmaria dos dias em que me divertia sem me preocupar com o amanhã, ou ainda quando, à tarde, desenhava, assistia a filmes ou brincava com meus amigos, atividades que foram expirando sua validade ou simplesmente perdendo seu sabor.
Será que o amanhã trará respostas positivas? Manterei essa tranquilidade? Não sei, mas quero aproveitar ao máximo essa boa sensação. Afinal, do amanhã pouco sei, mas espero que seja agradável. O que sei é que, se houver amanhã, provavelmente me apegarei novamente às belas músicas de Adhemar de Campos e Asaph Borba. Este último (com seu violão) faz cada nota soar como uma carícia para os meus ouvidos, trazendo tranquilidade em meio ao caos, como conseguem poucos artistas.