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Fico pensando o quanto da nossa rotina é controlada pelo hábito; tudo o que fazemos, desde o momento em que acordamos, passamos por todas as pequenas atividades como se a vida acontecesse por conta própria, sem nossa participação. Parece que colocamos no automático, agindo sem muita consciência. De repente, quando olho para fora e vejo um esquilinho correndo ou os patos tranquilos nadando no lago, ou a máquina cortando grama em volta de minha casa, volto ao presente. É como se tivesse apertado um botão imaginário.


De manhã, depois do café, leio meus e-mails e dou uma navegada pelas redes sociais. Nossos relacionamentos estão "garantidos" quando curtimos um "post", colocamos um comentário, fazemos a carinha de triste para uma notícia ruim e um sorrisinho para as conquistas. Tudo parece dirigido. Será que realmente sentimos com o coração quando lemos que alguém esta triste ou está feliz por algo? Ou as respostas são automáticas, como o resto do nosso dia, usando os "emojis" tão necessários para evitar mal-entendidos?

 

Benditos emojis!

- Que tal hoje a gente sair para jantar? 1713325.png

- Não posso, tenho um compromisso, pode ser amanhã? 1713323.png

- Amanhã não vou poder sair mais cedo, tenho uma reunião. 1713322.png

- Ok, tudo bem, te ligo no Sabado!1713327.png

- Combinado! 1713329.png


Nas notícias fresquinhas, alguns "links" nos levam a pesquisas que nos dizem o que assistir: o que é bom para comer, ler, qual o último exercício da moda... Estamos, aos poucos, perdendo a capacidade de fazer escolhas por nós mesmos. Será que eu queria mesmo ser vegetariana? Tomar leite de aveia? Comer tofu? Comprar aquele creme que me deixa 30 anos mais jovem?
Não seria importante fazermos uma reflexão sobre como escapar desse automático? Reconectar as emoções? Será que ainda conseguiríamos resgatar aquele sentimento de antes, quando escolhíamos nossa própria vida?


Quando dizemos "nossa, como o tempo está corrido!", na verdade, não é bem o tempo que está corrido. Estamos excessivamente presos à rotina, à mídia, aos nossos celulares, e nos sobra pouco tempo para prestarmos atenção ao que se passa ao nosso redor.

Entre um gesto automático e outro, a vida vai escapando pelos nossos dedos. Um dia desses, fiquei pensando quantas coisas perdemos quando nossos olhos estão fixos em uma tela — seja a do celular, seja a do computador.

 

E você, conseguiria se desconectar e viver fora desse roteiro? Que tal tentar ficar um dia inteiro sem o celular ou qualquer mídia? Um desafio: até onde você aguentaria?
Para quebrar essa rotina e nos desvencilharmos desse mundo moderno, é preciso muita coragem! Penso até que seria impossível, pois nos sentiríamos alienados. No caso de conseguir essa façanha, será que lembraríamos como viver sem seguir esse roteiro invisível que uma máquina escreve para nós todos os dias?

 

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Adeus ao verão esse ano! 

No proximo Sabado, dia 21 = Outono!

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 19/09/2024
Reeditado em 19/09/2024
Código do texto: T8155128
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