No Brasil nosso de cada dia, nem todos têm sua fatia
No Brasil nosso de cada dia,
nem todos têm sua fatia.
FRANCISCO DE ASSIS LIMA E SILVA
Organização:
Adalberto Antonio de Lima
Prefácio
Foi tomado de enorme surpresa e satisfação que recebi os originais do livro “No Brasil nosso de cada dia, nem todos têm sua fatia” escrito pelo mano Assis. É o segundo livro da família que tenho a felicidade de examinar em primeira mão, ainda no primeiro semestre de 2006.
Sinto-me bastante à vontade para apresentar este trabalho, fruto da fértil imaginação poética de um escritor ainda desconhecido, mas de um enorme conteúdo, mesclado de regionalismo e sabedoria popular do melhor gosto.Com um pincel embebido no humor satírico Diassis vai pintando a “Aquarela do Brasil” nos mais belos matizes que brotam de sua alma. Como definido por SOUSA, Neomísia:
“...Assis traz consigo muitas características do vovô Mariano, principalmente de conselheiro e apaziguador. Quantos, e não são poucos os que o procuram, o chamam em particular e confidenciam-lhe as dificuldades, problemas mais diversos e conflitos medonhos: familiar, de terras, de vizinhos... E não saem dali, se não com a solução, pelo menos com um aconselhamento sincero e uma orientação segura...” “...Presente em toda nossa
História familiar, tem seus atributos reconhecidos como de um patriarca por ter sido ele o realizador do plano de reunir a família sob um mesmo teto e sob sua custódia, oferecendo aos irmãos mais novos a oportunidade de estudar.Não há nenhum deles, mesmo os que se casaram antes da mudança da família para Picos, que não lhe seja grato por outros motivos ou gestos de solidariedade.
...Como quase todos os Marianos, De Assis é um poeta e tem sua
preferência pelos acrósticos inspirados em sentimentos familiares...” ( SOUSA,Neomísia, 2006 páginas 54-55; 87;89)
Conhecia muito Diasss, como irmão, agora o conheço também como poeta e escritor. Comerciante há mais de cinco décadas Assis escreve nas horas de folga, combate a injustiça social e evangeliza através de sua poesia.
Adalberto Antônio de Lima
UM BREVE COMENTÁRIO
Como surge um verso do poeta? Do lamento, das dificuldades, do amor sofrido, da alegria. O que leva um empresário bem-sucedido a fazer versos?
Eis um poeta, que através do sofrimento, escreve acrósticos. Deixou seu torrão natal, desde cedo, na sua juventude, para aventurar-se pelo país Brasil, em busca de trabalho, sobrevivência, sustento, estabilidade.
Sua honra está ofendida, porque de tanto lutar por justiça, trabalhando com ardor, através dos seus versos, percebemos que o poeta sente-se injustiçado.
Sente-se incomodado e resolve desabafar diante das forças poderosas.
Ele possui uma característica nômade, errante no andar, mas enraizado no ficar.
Por onde esteve, firmou amizades, se estabeleceu, fez história, mas quando encontrou seu grande amor, resolveu parar e ao invés de gerar negócios, gerou vidas, e vive a trabalhar.
Marx Rodrigues de Moura, Contador, filho de Antônio da Costa Moura, (in memoriam,) grande amigo do autor .
Dados biográficos
Francisco de Assis Lima e Silva nascido em Santo Antônio, povoado do município de Picos, em 06 de outubro de 1937. Filho de Antônio Benedito de Lima e Antônia Josefa de Sousa Lima. Em 1954 com apenas 17 anos foi para São Paulo onde e trabalhou nas Empresas:
Irmãos Gogliano (eletrodomésticos);
Folha da Manhã (Jornal);
Companhia Nitro Química Brasileira (Indústria); e,
Feira Livre (Comerciante Informal).
Em 1958 ,mudou-se para o Estado de Goiás. A Cidade de Ceres foi o meu destino.
Voltou para Picos em 1960 e trabalhou como empregado na Empresa de Isaac Batista de Carvalho em Picos. Tornou-se sócio de Isaac Batista em um caminhão e em 1963 extinguiu a , sociedade e estabeleceu-se em sociedade com seu tio Cândido Joaquim da Silva, com o nome de fantasia, “Armazém Flor de Lis, na Travessa 15 de Novembro, no centro da cidade de Picos, Piauí.
Em 1973 voltou para Goiás e fixou residência em Porangatu, trabalhando com o ramo de Estivas. Em 1974, transferi-me para Guaraí, Goiás; hoje Estado de Tocantins.
Transferiu-se para Belém do Pará com o mesmo ramo de atividade e em 1976 mudou-se para Imperatriz no Maranhão, onde passou durante meses comprando arroz no período da safra. Voltou definitivamente ao torrão natal, a cidade de Picos Piauí, no final de 1976. Novamente instalado na Av. Getúlio Vargas, casou-se em 1980 com Maria Santos Rego, tratada em família por “Corrinha”. Deste matrimônio nasceram duas filhas encantadoras: Uiara Maria Rego e Silva e Náide Maria Rego e Silva ambas acadêmicas de medicina da Universidade Federal de João Pessoa na Paraíba.
POESIAS
Que é cativar.
Cativar é conquistar
A simpatia de alguém
A todos fazer o bem
Sem de nada reclamar
É em sintonia entrar
No mundo do semelhante
É ser amigo constante
E na freqüência de Deus estar
Para a todos cativar
Não se pode nem olhar
Quem é cristão ou judeu
Se tem credo ou é ateu
Se professa alguma fé
Se é homem ou mulher
Ou se é uma criança
É ser imagem e semelhança
De nosso Deus salvador
Onipotente e Criador.
É ser afável e acolhedor
E receber sem temor
Aquele que o procura
Acolher com gentileza
Cativar é com certeza
Uma expressão de amor
A simpatia é que convida
O outro a se aproximar
O tratamento cortês
É que faz cativar
Se for um cliente ou freguês
Que se sentir maltratado
Não voltará outra vez.
A pessoa sisuda
Nervosa e carrancuda
É uma calamidade
Faz tempestade na calmaria
Não sabe dar um bom-dia
Nem se alegra um instante
Não pode ser comerciante
Quem não souber sorrir
Isso vale também aqui
Mas é provérbio da China
Que precisa ser cultivado
Aquele que é bem tratado
Um dia torna a voltar
E se sentir cativado
Sabe também cativar.
Cativar é tornar alguém cativo
Não escravo, mais receptivo
A um tratamento que lhe agrada
A uma amizade e simpatia
Aumenta a freguesia
Não custa nada e cria
Um bom relacionamento
E para o comerciante
Melhora o faturamento.
O que disse Exupéry
Eu concordo e dou vivas
“Tu te torna responsável
Por aquilo que cativas”
E se nada tu podes dar
Dê pelo menos um sorriso
Vai fazer bem a quem recebe
Multiplicando alegria
Feliz é quem sorri
Quarenta vezes por dia
“O sorriso é o melhor presente
Que se pode ofertar
Não custa nada, mas vale muito
Principalmente a quem dá
Ao enfermo ou depressivo
Pode até curar
E para o solitário
É o melhor salário
Que ele pode ganhar”
Sorria!
Para encher de alegria
As horas dos dias teus
Ostente muita harmonia
Felicidade e simpatia
Sorria!
Você está sendo filmado por Deus
A alegria nasce do amor
E o amor da alegria
Quem não tiver simpatia
Nada vai conquistar
Na vida amorosa e negócio
Fica a esmo no ócio
Sem nenhuma serventia.
Provérbio chinês
Para ser comerciante
Tem que aprender a sorrir
Mas para ser político
Basta aprender a mentir
Prometer o que não pode
Sabendo que não vai fazer
Não se prepara para servir
Mas para enriquecer
Sem escrúpulo ou piedade
Sem dó da sociedade
E de nenhum de nós
Depois que se elegeu
Mostra sua cara de algoz
No Brasil nosso de cada dia
Em que nem todos têm sua fatia
A vida pública ensina
O político a locupletar
Aprender a enganar
E fazer corrupção
Não agir com o coração
E do bem público se servir
Não serve pra ser político
Quem não aprendeu a mentir.
Há um provérbio Chinês que diz:
quer ser comerciante?
Aprenda primeiro a sorrir.
No Brasil, eu digo:
quer ser político?
Aprenda primeiro a mentir.
Nem poeta nem profeta
Escrevo só por lazer
Mas não me sinto poeta
Nem mesmo sou profeta
Pois não sei adivinhar
O que é possível eu faço
O impossível se tenta
Quem trabalha Deus aumenta
A sua graça e paz
Todo meu tempo eu passo
Na vida a trabalhar
Esperando pra chegar
O grande dia da glória
A coroa da vitória
Para um dia triunfar
Pois o bom Deus não falha
Quem não enfrenta a batalha
Vitória não há de alcançar.
Faço tercetos e quartetos
E me arrisco em sonetos
Também inspirados por Deus
Porque não sou agnóstico
Falo em Deus nos acrósticos
Com amor familiar.
Mas quando a dor é tamanha
Eu falo de uns sem-vergonha
Só para desopilar
Porque como cristão
não posso ódio guardar.
São João falou:
Quem diz não ter pecado
Só por isso já pecou
Mas Deus ama seus filhos
E liberta o condenado
“Mesmo não amando o pecado
Deus ama o pecador”.
Acrósticos
O que é acróstico
Acróstico é uma composição poética na qual o conjunto das letras iniciais (por vezes as médias ou finais) dos versos compõem verticalmente uma palavra frase:
J ustos que todos fossem
U nidos ao bom Senhor
S uscitados de muito amor
T estemunhando com vigor
I nspirados no bom Pastor
C erficando o grande valor
A uspiciando muito amor
Jesus Cristo
Há um homem justo e piedoso
Que habitou entre nós
Assumiu por nós as culpas
E por isso, condenado,
Sem levantar a voz
Rico e misericordioso
Ressuscitado e glorioso
Está no meio de nós.
J usto e companheiro
E terno por nós amado
S antificado o nosso ungido
U niste-nos ao Pai querido
S alvando-nos do perigo.
C oroastes as nossas vidas
R emistes os nossos pecados
I nstituístes a santidade
S uavizando nossos fardos
T omaste o fardo pesado
O nde fostes crucificado
Onde está Jesus
Pra onde foi meu amado
Foi apascentar nos prados
Nos canteiros perfumados
Colher lírio no jardim
Onde estiveres, meu Senhor
Meu Deus e meu Salvador
Não se esqueça de mim.
Onde estiveres meu Amado
A apascentar no deserto
Eu quero vê-LO de perto
E contemplar tua face
Quando se der meu desenlace
Contigo quero encontrar
No teu paraíso morar
Num tempo que nunca passe
Dize, pois, a minha alma
Como disseste ao bom ladrão
Quem tiver bom coração
Antes do dia de Juízo
Na glória do paraíso
Hoje mesmo estará.
A chave do cadeado
O mal que andava solto
Está agora acorrentado
Trancado a sete chaves
E com muitos cadeados
Mas a chave do poder
Que deixava o mal trancado
Esta foi dada ao homem
Para abrir o cadeado.
Disse o grande Profeta
Que é meu Deus e Senhor:
“O profeta em sua terra
Não tem nenhum valor”
Disse também o poeta:
“Os anjos digam amém
No céu vale quem merece
Na terra vale quem tem”
Quem tem ouro ou prata
Vale o ouro que tem
Aquele que não tem dinheiro
Não vale nenhum vintém
“No céu vale quem merece
Na terra vale quem tem.”
“De tanto ver triunfar as nulidades
De tanto ver prosperar a desonra
De tanto ver crescer a injustiça
“De tanto ver agigantarem-se os poderes dos maus
O homem chega a desanimar-se da virtude
Rir da desonra
E ter vergonha de ser honesto”.
( Rui Barbosa)
Vergonha de ser honesto
O que Rui disse em prosa
Eu concordo com o Barbosa
E digo o mesmo em rima
Pra melhorar a auto-estima
Fazer humor e zombar.
“ De tanto ver a desonra prosperar
E triunfar a nulidade”
Viver com honestidade
Vendo a injustiça crescer
“De tanto ver agigantar dos maus o poder
Sem nada poder fazer
O homem de virtude desanima
E da própria desonra desdenha
Com uma tristeza medonha
De ser honesto se envergonha
Embora essa virtude tenha.
Para não ser punido
E também não ser linchado
O pobre fica calado
Em seu mundo escondido
Sabendo que seu direito
Pra ele não tem efeito
É figura de papel.
Mas se ele vacilar
Fazendo uma coisa errada
A Lei nele é aplicada
Com o rigor mais cruel.
Orgulhar ou ter vergonha do País?
G rande és tu o pátria amada
O rgulhosamente desejada
S endo tu a mais agraciada
T odavia estás desprotegida
A lma bela e querida
R uiram a tua própria vida
I nventariaram suas grandes jazidas
A rruinando nossa grandeza
D ivino mestre nos proteja
E terninza em nós sua nobreza
T enho fé no Criador
E vangelizando eu vou
R ezando com muito fervor
O rganizando o labor
R atificando o valor
G lorificando o Senhor
U niversalmente salvador
L iame do nosso amor
O nde colhemos a flor
D eus pai onipotente
O rdena-nos este presente
M inha alma está contente
E sperançosa e ciente
U tilmente crescente
P ara a vida melhorar
A uspiciando um bom lugar
I nfinitamente salutar
S implificando o andar
M eu torrão idolatrado
A gradavelmente adorado
S olo fértil e amado
I mplantaram em ti a desordem
N eutralizando nossa coragem
F ustigando a sacanagem
E escurecendo nossa imagem
L iquidando vangatem
I solando a passagem
Z ombando de nossa imagem
M aculando nossa instalagem
E spoliando com chantagem
N eutralizando nossa viagem
T rilhando fora da margem
E levando a nossa vantagem
T enho fé no Criador
E terno Pai de amor
N ada de mau poderá impor
H onra graça e louvor
O s ditames do Senhor
V enha a nós nosso Senhor
E envereda-me em seus passos
R atifica o nosso amor
G lorioso Salvador
O Lração tem muito valor
N ada poderá nos transpor
H armonia de Deus e amor
A njo bom e protetor.
Tolheram meu direito.
C omo poderei entender
U ma vez que fico à mercê
L entamente sofro sem querer
T enho fé no bom proceder
I ntimamente quero vencer
V iva voz quero dizer
O nde eu estiver.
A legremente quero ficar
E mbelezando o nosso lugar
T imidamente mas sem falar
I nvocando quero estar
C asa Santa a nos esperar
A uspiciando um belo julgar
E sperançoso eu estou
A creditando eu vou
H eroicamente a lutar
O bservando como vou ficar
N avegando em rio ou mar
R ezando para travessar
A ntes de a lua passar
D iuturnamente sem cansar
E ste campo fértil a cultivar
Z elando para bem andar.
M inha vida é de luta
A s vezes meio infrutífera
S em nenhum constrangimento.
T oda vez que tento acreditar
O lho e não vejo a quem reclamar
L uto em vão sem ter a quem apelar
H oje não sei a quem falar
E stou aqui a proclamar
R eclamando sem chorar
A mbiente bom para trabalhar
M uita força para exercitar.
O rdem e determinação para lutar.
M eu Deus Pai Onipotente
E stou bem presente
U ma oração bem ardente.
D ivino mestre te peço
I nfinita proteção
R eza forte e oração
E ternizando a ação
I mbuído na razão
T enho muita aptidão
O ferecendo meu coração.
D eus meu guia eterno
E ternizado seja meu bom destino.
C oração todos nós temos
O lhos nem todos têm
L uz brilha para alguns
H ora tem hora não tem
E ste jogo de vai e vem
R ecai no ombro de alguém.
E stou para gritar,
F ortemente sem parar
R ezando para encontrar
U ma luz para alumiar
S inalizando o lugar
T erra boa para morar
R esidência salutar
A mbiente bom para ficar
R ezando agora aqui e já
A ntes de tudo acabar
M inha alma vai lograr.
A guardo com muito fervor
M udança para melhor
I mpoluta e valiosa
N uma vida respeitosa
H averá paz calorosa
A lma pura e ditosa.
E sperança eu quero ter
S ó que não está no meu querer
P eço a Deus me proteger
E mbora eu não venha a merecer
R azão porque chego a padecer
A s penas de meu sofrer
N uma luta sem saber
C oisa boa a receber
A ntes de o dia amanhecer.
Picos, março de 2006
Me escolheram para vítima.
E u gostaria de saber
U rgentemente por quê?
N unca mais pude entender
A s artimanhas do poder
O nerando o meu viver
S ei que não sou o único
E spezinhado e maltratado
I njustamente ultrajado
P orém confio no Senhor
O nde estiver tem seu valor
R eiterando ao meu favor
Q ueira Deus que eu venha a ser
U nido ao bom saber
E mbelezando o meu viver
M ãe de todos nós humanos
E nvereda-nos bons planos
E sperançoso eu sou
S intonizado estou
C onscientemente eu vou
O perando com muito amor
L iberdade tem seu valor
H oje e sempre aqui estou
E sperando com muito ardor
R ezando ao nosso Senhor
A nimado e com muito vigor
M uniciado de muito fervor
P erdão Senhor quero pedir
A gradeço o meu existir
R ezo para não sentir
A s agrúrias de não servir
V iva voz quero cantar
I mitando o sabiá
T onificando o meu andar
I nfinitamente quero ficar
M ilitando um bom lugar
A ntes do mundo acabar
Picos-PI, 13 de fevereiro de
2006
Lutei, venci e perdi
L utar é o meu lazer
U nir o que fazer
T rabalhando com prazer
E ternizando meu querer
I nspirado no aprender
L uz divina quero receber
U ma base pra viver
T odavia preciso ter
E nergia para crescer
I nteligência e saber
V enci na vida muitas batalhas
E m todas eu quis lutar
C arreguei fardo pesado
I rmanado a Jesus
S ofri o peso da cruz
O rganizei meu viver
F elicidade quero ter
R ezando pra merecer
I ndulgência e saber
D errota é coisa do passado
E sperança é presente e futuro
R azão porque estou seguro
R azoavelmente puro
O rganizado e bem maduro
T rabalhando com fé
A té quando Deus quiser
M inha mãe me deu amor
A legria e valor
S antificando o labor
S anto Deus e meu Senhor
O rnamentou o meu lar
U nindo os familiares
V encedor acredito que sou
E sperançoso eu vou
N uma luta viva estou
C oisa boa começou
E squecendo o que passou
D eus me acalentou
O lhando o servo que amou
R aio de luz me lançou.
Picos, 02/05/2006
A justiça dorme...
J usto que todos fossem
U nidos ao bom Senhor
S uscitados de muito amor
T estemunhando com vigor
I nspirado no Bom Pastor
C ertificando o grande valor
A uspiciando muito amor
D eus pai onipotente
O ferece-nos de presente
R ealização emergente
M ilhões de vezes crescente
E ternizando a gente
E stou aqui para pedir
E sperança no porvir
U nindo-nos para servir
S omos todos servidores
O vacionados a cantar
F elicitando o bem estar
R ezando para superar
O ndas ruins que poderão chegar
O ntem eu chorei
P ensando em acreditar
E sperando um dia ficar
S atisfeito a valsar
A urora boa para cantar
D iuturnamente sem parar
E mbelezando o lugar
L uz divina para alumiar
O mundo todo a brilhar.
Direito e poder
O nde irei, meu Senhor?
D irija-me pelo bom caminho
I mitando o bom Pastor
R ezando com todo fervor
E ndereçando-me ao Salvador
I nspirado de muito amor
T ornando-me um vencedor
O stentando muito valor
D eus Pai Onipotente
O rganiza a minha mente
P ara que esteja sempre atraente
O rnamentalmente crescente
B asicamente emergente
R icamente procedente
E sperançoso e presente
E mbora estejamos conscientes
S eríamos todos contentes
U tilmente cientes
F ortemene potente
O riginalmente prudente
C uidadosamente atento
A ltaneiro e bem presente
D antes estava ausente
O casionalmente crente
P orque o pobre não é respeitado
E mbora digam o contrário
L evando a um triste cenário
O ro a Deus que um dia mude
P ara que sejamos protegidos
O perantes e queridos
D ê uma vida de mais sentido
E nveredados e bem servidos
R espeitosamente agradecidos
D oravante quero estar
O rando muito a cantar
R egenciando o valsar
I nvestigando o lugar
C omo devemos ficar
O rando pra nos salvar
Política...
P ensando em acreditar
O nde vamos parar
L iberdade encontar
I ndo e vindo sem pensar
T rabalhando pra conquistar
I nicador salutar
C aminho bom pra passar
A mbiente pra morar
B oa vida queremos achar
R icamente e forte ficar
A ndando sempre a pensar
S alvaguardando o lugar
I dealizando o bem andar
L abutando sem parar
E nveredado no lutar
I gnorando o que vai faltar
R atificando o caminhar
A Deus pertence nos julgar
Político bom...
“Político bom é aquele que faz
satisfaz, os seus eleitores.
Realiza obras proveitosas,
não necessariamente
grandiosas,
mas evidentemente
essencial,ao desenvolvimento social.
É quase 100% aceito, quase sem defeito.
Não precisa votos comprar,
Nem nos enganar:
se ridicularizar,
prometendo o que não deve,
Não se atreve,
fazer corrupção,
Não tem ambição.só faz boa ação.
Pois é honesto,
Teria vergonha,cerimônia,
de ser confundido com ladrão,
É o administrador padrão,
É perfeccionista, realista.
Não inventa, não se atormenta,
com o que não pode realizar.
Não precisa brigar,
no disputar das eleições.
Pois suas ações,
já o vangloria.
Não faz patifaria.
Faz obras realizáveis,
Acabáveis.
Traz confiança, e bonança.
Não precisa de segurança,
de guarda-costas.
Sua vida é exposta.
Não tem inimigos,
Não precisa xingar,
Esculhambar,
Seus adversários,
Pois são seus amigos.
Educa o seu povo,
Não o deixa passar fome,
‘ O povo come’,
Pois o dinheiro é suficiente
É usado decentemente,
“Não some”.
Não enriquece ilicitamente,
Desonestamente,
Com dinheiro roubado,
Não é descarado,
Nem subornado.
Conheço e me conhece,
Pois tenho contanto,
Aceita opinião do povo,
Faz leis que beneficiam a todos.
Não grita,
Não se agita,
Não tem cobiça,
Sua única arma:
A justiça.
Por onde andará este político”?
(RICARDO FILHO PCZ07/09/2002 23:49:54)
Tudo seria bem melhor
Hoje seria bem legal
Se o homem fosse leal
A trajetória natural
Não sofreríamos do mal
Da selvageria animal
Teríamos um mundo igual
Amizade e amor fraternal
Felicidade no Juízo Final.
Se o homem fosse leal
Não sofreríamos o mal
Teríamos um mundo igual
Amizade e amor fraternal
Felicidade no juízo final.
Picos/abril/2006
Matar a fome do pobre
Já vi muita gente “nobre”
Adiante digo o nome
Promete matar a fome do pobre
Mas mata é o pobre de fome.
O eFe que não tem fé
O Agá e seu humor
É mais caridoso do que o Cê
Que o Fernando adotou.
F ulminastes nossas economias
E mbolsastes nossas riquezas
R uístes nossas esperanças
N eutralizastes nossas lutas
A mputando nossas mentes
N ão tendo de nós piedade
D esastrosa foi sua política
O nde passamos maus tempos
H oje foste embora
E speramos que não voltes
N uvens fortes te prendam
R etendo você lá fora
I ndo e vindo por lá mesmo
Q ue fiques longe daqui
U se por lá sua fortuna
E ntre seus familiares.
C omemorando suas glórias
A lém-mar longe de nós
R ico fique por lá mesmo
D ormindo em berço de ouro
O uro que roubou de nós
S aboreando nossa desdita
O stentando seu poderio.
Picos/07/01/2003
Lula
Lula, o marisco
Não deixa a desejar
Mas o político?
É preciso pensar...
Qual dos dois tem mais siso
Massa cinzenta e juízo
Nem é preciso falar
Eu acho que o petisco
Tira primeiro lugar.
L iberdade, liberdade foi sua oração.
U nidos o seguimos com muita dedicação
I mpoluto era seu proceder
S ão e salvo era seu bem-viver
I gnoraste as artimanhas da política
N ão viste a força do poder
A ntes foste querer
C onduzir com palavrinhas
I mpondo uma varinha
O rnamentada de penhinha
L ivre se fosse podia
U ltrapassar as barreiras
L utando com boa eira
A limpando a bagaceira
D escontentes nós ficamos
A nossa esperança abalada
S alve, salve quem puder
I mplorando com muita fé
L ivre arbítrio a quem quiser
V oluntário se fizer
A vante como puder.
L ulalá como vou passar
U rdido seja o meu trabalhar
L aborioso é o meu andar
A ntes da colheita quero chegar
L ivremente quero ficar
A nsioso vou caminhar
B onança quero alcançar
O timismo veio pra ficar
T odo mundo a laboriar
O rganizando meu sonhar
U sando o que faz melhorar
N unca pensei em deixar
O mundo todo a gritar
S alve, salve nosso lar
P edindo para adotar
R egimentação no julgar
A ntes que venha a errar
D oranvante vou porcurar
A mbiente bom pra morar
N unca vou deixar de pensar
C uca-fria vou cultivar
A urora boa vai raiar
R efletindo meu pensar
O rgulhosamente vim pra servir
S empre sempre a sorrir
A gora que vou sentir
M uito bom é o meu porvir
B endito seja o meu servir
A lvíssaras boas hão de vir
D eus bom e compadecido
O nipotente e querido
C omo poderei ter alegria
R evendo tanta utopia
I ndignação todo o dia
O nde hoje a harmonia
L ei de Gerson faz freguesia
O fuscando nossa galhardia
D ivino Mestre de mim afaste
O dio, rancor e esparate
I ndignação e desalento
D esonra e desprestígio
O pulência e arrogância.
Sabedoria Popular
Diz o dito popular
“Que cada povo tem
O governo que merece”
Cada um tem sua messe
E colhe o que plantou
Mas a Deus não enganou
Nem mesmo o lobo banido
E transvestido de cordeiro
Pois o benefício eleitoreiro
É um ladrão mascarado
Com elegância e pompa
Por ele não sou enganado
Porque meu voto não compra
Se acreditei no bandido
Que prometia salvar
O Brasil quase perdido
No caos inflacionário
“Se cai no conto do vigário”
Foi voto de confiança
Porque quem com fé planta
Acredita na bonança.
Depois que subiu ao podium
No Palácio se instalou
Mas se tivesse aprendido
O que o bom-senso ensinou:
“Num pais rico,
de homens pobres”
É preciso ter prudência
Não abraçar a opulência
Que o poder oferece
Pois tudo isso é quimera
Um dia sairá de lá
E assumirá sua miséria.
Como um simples cidadão
Sem emprego e sem patrão
Não terá mais caviar
E voltará pro Nordeste
Sofrer a fome e a peste
E em vez do caviar.
Olhe lá se conquistar
Um bom prato de fubá.
A esperança é a última que morre.
E stava eu a pensar
S empre a meditar
P rudente a esperar
E nquanto acho o lugar
R esmungando sem parar
A ntes de acreditar
N unca se deve dispensar
C oisas boas hão de chegar
A urora logo virá
E mbora eu não vá ficar
A calentando o bailar
U ltimamente só vou lá
L utar para bem andar
T enho um bom paladar
I nteligência para gostar
M uitas coisas para olhar
A mbiente salutar
Q ueira Deus que assim seja
U m mundo bem singular
E nquanto eu por aqui passar
M isericórdia, Senhor
O ração e bom louvor
R espeito ao Criador
R edentor e protetor
Eis o Cristo Salvador.
Dez/2003
O nó na garganta
O que tenho pra contar
Do mundo cheio de nó
Daria para escrever
Um livro muito maior
Basta dizer que em São Paulo
Na Via Dutra passei
Mesmo vazio o furgão
Uma multa eu paguei
Não sei em que pequei
Não tendo nada no caminhão.
De onde o excesso veio
Senão da corrupção.
Abri as portas do carro
Olhe aqui meu cidadão
É um furgão vazio
Sem nenhuma ocupação.
Eu pago a multa agora,
Mas libere o caminhão.
Eu sei o dia e a hora
E sei o ano também
Foi em oitenta e oito
Que não está muito além
Eu preferi ser multado.
Mas não lhe dei um vintém.
Mas se não isso bastasse
Em 2006 fui intimado
A um imposto pagar
Em duplicidade lançado
Em meu nome registrado
Do outro nem pude cobrar
Porque também tinha pago.
Eu disse: este imposto foi pago
Pelo próprio devedor
E está em duplicidade
Acredite, meu senhor!
Eu sei, disse ele,
Mas aqui não foi baixado
Ou você paga agora
Ou fica com o nome manchado.
Assim eu olho pro mundo
Piso o pé até o fundo
Me escondendo pra não ver
Mas quando vejo não calo...
Não dê diploma a cavalo
Pois ele não sabe ler.
O mundo tem muita trilha
Que leva pra lá e pra cá
Graças a Deus tenho uma família
De que posso me orgulhar
Tenho boas amizades
E um verdadeiro lar.
Mas se eu for a Brasília
A negócio ou por quizília
Não levo minha família
E nem quero ficar lá
FAMÍLIA BENÉ
F orça, saúde e luz é o que imploramos
A creditar no que queremos
M isericórdia de Deus é o que suplicamos
I nfinita clemência é o que pedimos
L iberdade, liberdade é o que desejamos
I ndo e vindo sem objeção
A inda que não seja obrigação.
B ravamente seguiremos
E nfrentando os obstáculos
N eutralizando as barreiras
E ntre bravos sermos bravos
Q ueremos louvar a Deus
Ú nico ser supremo e poderoso
E ntre todos o ditoso
D eus que ama seus filhos
E nsina-nos bons trilhos
U nge os teus queridos
S alvando-nos dos perigos
A gora que te abraçamos
B rota em nós discernimentos
E mbasados nos sentimentos
N ossas obras se fazem presentes
C oroando os nossos pensamentos
O ferecendo bons momentos
E levando o ser supremo.
24/12/2003
Acróstico a:
A ntes de tudo quero te dizer
N unca vi ninguém igual a você
T odo dia quero te agradecer
O nde estiveres quero te ver
N ata pura de um bom ser
I nfinito seja teu bem-querer
O vacionado com grande prazer.
B em dizer ao meu Deus por te pertencer
E nveredaste-me no bem viver
N unca deixaste de proteger
E ncaminhaste-me ao bom porvir
D ivino como o bem servir
I ndependente do que eu ia sentir
T rabalhando diuturnamente para ouvir
O brigado, amigo, foi muito bom teu existir.
D eus abençoou a tua obra terrena
E nquanto na terra andavas.
L imiar de um mundo melhor
I rmanado a um mundo de amor
M uitas vezes com muito fervor
A mpliando a obra do Senhor.
O banco velho
Meu pai um dia me disse:
“Meu filho venha aqui
Tome aquele banco velho
E pode dele se servir.
Eu disse: meu pai em banco
Eu sequer boto meus pés
Quanto mais me sentar
Ele não tem espaldar
Para as costas descansar
Quem senta nele não sai
Sem suas calças rasgar.
Pra mim banco sem encosto
Ou que só encosto tem
Pra quem tem a bunda larga
E as costas também
Para mim ele não serve
Eu não sei quem se atreve
Em banco procurar guarida
Pois não encontra descanso
Enquanto eu tiver vida
E força pra trabalhar
Prefiro não procurar
Banco nenhum no mundo
Quero antes merecer
Crédito e amor de Deus
E aprender a lição
Não andar na contra-mão
Não pegar sem permissão
Aquilo que não me pertence
Pois tenho compreensão
Conheço aquele que nega
E o que me estende a mão
Quem sabe ler e escreve
Não precisa perguntar
Paga tudo que deve
E não perde a salvação
Na terra só tem valor
Quem ama a corrupção
Aquele que rouba o pote
Roube a tampa também
“No céu vale quem merece
Na terra vale quem tem”
Eu agora dou um mote
Para quem quiser rimar
É da rodilha e do pote
Que precisamos falar
É sentido figurado
Já podemos começar.
Sei que a peleja do mote
É uma disputa a dois
Se queres saber quem sou
Eu quero saber quem sois
Pra não fazer intriga
E não começar uma briga
Eu vendo apenas um boi
Mas agora bem depois
Com a confusão feita
Para não sofrer desfeita
Vendo uma boiada toda
E se a coisa virar moda
Para não sair da roda
E responder a este mote
No meio da ingresia
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a “rudia”
O certo é cantar em dois
Mas parceiro eu não tenho
E com todo meu empenho
Vou ter que rimar sozinho
Só me faltou a viola
Que o povo chama de pinho
Fico devendo a rima
Do pote e da rodilha
Mas para ser sincero
Faço do verso o que quero
Cada um faz o que pode
Por amor ou por quizília
“Quem não pode com o pote
Pra quê pegar a rodilha”
Pode dizer que sou feio
Pobre ou rico, não importa
Mas não me bote no meio
De uma pessoa torta
E se falar de minha família
Está criada a quizilia
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a rodilha”
Eu digo isso e sou franco
Se em sua casa eu entrar
Não me mande sentar em banco
Porque não vou me sentar
Ele é feito em forquilha
Que me fere a virilha
E pode me enforcar
Pra mim não é nenhum dote
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a rodilha”.
O banco que conheci
Eu não posso aceitar
Mesmo vindo de um ancestral
Ele tem sopro mistral
Que arrasa o pobre
Ainda que de origem nobre
E embora história tenha
Me permita, data vênia
Ele só serve pra lenha
Para no fogo queimar
Não vale uma lentilha
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a rodilha”
É herança de muitos anos
De muito tempo datado
E salvo qualquer engano
Só serve para cigano
Que uma pátria não tem
Por mim fica aposentado
Não por prêmio
Mas castigo
Prefiro um inimigo
A ter este banco aliado
Onde eu compro à vista
Também compro fiado
Não o quero vendido
Nem dado nem emprestado
Pra mim não vale uma presilha
Nem vale um verso do mote
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a rodilha”
O tempo é senhor de tudo
E só o tempo dirá
Quando pegar o martelo
E começar galopar
Se o martelo é galopante
Quem é que vai martelar
Se eu passei a mensagem
Ou apenas fiz miragem
Pro martelo galopar
Se dei uma volta de milha
“Quem não pode com o pote
Pra quê pegar a rodilha”
“ O tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem”
Quem não tem dinheiro no mundo
Não vale nenhum vintém
“No céu vale quem merece
Na terra vale quem tem”
E para encerrar esta trilha
Vou fechando com rebote
“Quem não pode com o pote
Não deve pegar a rodilha”.
Pode ter parecido estranho
Quando o tema eu mudei
Falando da família
Enveredei noutra trilha
E apresentei uma sátira
Do pote e da rodilha.
Fiz isso porque faz parte
De minha biografia
É história da família
Que eu precisava contar
Para não ficar em branco
O pote e a rodilha
É mesmo tema do banco.
Agora retomo ao tema
Dos acrósticos da família
D’agora em diante prometo
Não falar mais em rodilha
Para o bom entendedor
O banco de meu bisavô
É apenas ironia:
Na terra vale o ter
No céu vale o ser
“Os anjos digam amém
No céu vale quem merece
Na terra vale quem tem”.
O que valemos na terra
É o que na terra se tem
Dinheiro poder e glória
Não acompanha ninguém
Tem gente que se fascina
Por fora a cambrai fina
Por dentro a molambagem
Viva o luxo e morra o bucho
Não é filosofia divina.
Mas pra entender a mensagem
Que nesta rima eu puxo
Morra o luxo e viva bucho
É o bom senso que ensina.
Minha mãe foi sempre humilde
A rezar e trabalhar
Partiu pra morada eterna
Onde também quero morar
Dela trago a lembrança
Que desde os tempos de criança
Me ensinou a amar.
Amar a Deus sobre todas as coisas
Ao próximo como a si mesmo
Ao pai e mãe honrar
E aos mais velhos respeitar
Não dizer palavra feia
Não desejar coisa alheia
É para o céu caminhar.
Quando a mulher usava véu
Parecia estar no céu
É o que me faz lembrar
As festas do padroeiro
Mamãe a chegar primeiro
A se ajoelhar e rezar.
Francisco de Assis Lima e Silva
Acróstico a:
A njo bom pra mim foi você
N ossa querida mamãe a merecer
T enho muito prazer em te pertencer
O rgulho meu, meu bem-querer
N inguém no mundo poderá te substituir
I sso foi muito bom para o meu existir
A mpliaste dignamente o meu porvir.
J esus Cristo foi sempre a sua luz
O ração foi seu alimento de paz
S antidade e luta era o que lhe aprazia
E ncontrei em você meu agasalho
F azendo tudo no tempo oportuno
A graciando-me com um bom exemplo.
D eus nosso Pai seja louvado
E ternamente fui agraciado.
S ua ausência me deixou saudade
O nde estiver és mãe de bondade
U niste-me à santidade
S antificada seja eternamente
A lvissareiro sejam o futuro e presente.
L uz divina que me alumiou
I ndulgência sagrada me legou
M ilhões de vezes me aconchegou
A mor perfeito em você parou.
Meus irmãos
Dos filhos de Antônio Benedito
Com minha mãe Antônia
Neomísia nasceu primeiro
Mas até o derradeiro
Todos por Deus são benditos
Por nós queridos e amados
No livro não contemplados
Mas têm seus nomes gravados
Dentro de meu coração.
Queixava-se a Deus Abraão
Por não ter nenhum herdeiro
O Senhor disse: “Olhe o luzeiro”
Suspenso no firmamento
Pois Eu te faço um juramento
Se tu pudesses contar
Pois nem todas podes vê-las
Mas a tua descendência será
Será maior que o número de estrelas
Assim aconteceu com meu pai
Que se assemelhou à Abraão
Nos dando quatorze irmãos
E uma plêiade de sobrinhos
E a todos com carinho
Guardo em meu coração.
Ninguém rejeitado se sinta
Por não lhe declinar o nome
Como fiz com a mais velha
Pois o nome de cada irmão
Está em meu coração.
Gravado com a mesma tinta.
Acróstico a
N avegaste num mar turbulento
E ntretanto foste para nós um exemplo
O nde passaste dominaste o tempo
M inistrando um belo trabalho
I nspiraste em nós um bom plano
S intonizando com um bom desempenho
I nduzindo-nos a ser mais humanos
A mpliando os nossos desejos.
N eomísia, nossa irmã e mãe
O ramos por você eternamente
S omos todos gratos ao onipotente.
T eremos todos a agradecer
E mbelezaste o nosso viver.
A mada por todos nós
M ilhões de vezes te agradecemos
A lumiaste nossos ninhos
M ostrando-nos os caminhos
O rnamentados e floridos
S uavizados com seus carinhos.
M inha querida, Deus abençoe sua vida
Ú til e por nós agradecidos
I mitaste nossa mãe querida
T razendo pra nós uma vida colorida
O rgulhosamente bem vivida.
Picos, 10/02/2006
Francisco de Assis é meu nome
Do qual muito orgulho tenho
E procuro por ele zelar
Mas para de mim falar
Busco a divina inspiração
Tirando do coração
Me permita data vênia
E meu amor a Deus cresça
Que eu possa acabar com o orgulho
Para que a salvação mereça
F icarei muito contente se um dia alcançar
R egimentação perfeita deste meu cantar
A calmando os deleites deste meu sonhar
N este mundo encantado acordar
C oincidentemente saindo do mundo vulgar
I mplorando em sonetos para o tempo mudar
S implificando a vida pra melhorar
C oroando minha luta de um ser exemplar
O rnamentando dia a dia este meu caminhar
D eus pai, amigo, onipotente
E nvereda este teu pobre servente
A ssim como já determinaste
S uavizar o fardo ofegante
S anando minha tarefa presente
I ndicando o que está distante
S alvaguardando o meu horizonte
L imiar de bons tempos já espero
I luminando os meus desejos
M inistrando os meus anseios
A menizando o meus destino
E mbora seja eu peregrino
S anto Senhor me proteja
I luminado eu seja
L iberdade vou conquistar
V alorizando o meu trabalhar
A mpliando o meu bem estar.
Esposa, lar e filhas.
Falei de meu pai e minha mãe
Também da irmã mais velha
Mas tenho treze irmãos
Que moram em meu coração
E para os quais fiz poesia
São todos uma simpatia
Que alegram os dias meus
São um presente de Deus
Motivo de alegria.
Casei-me na idade madura
Deus me deu dois anjos de candura
E uma boa companheira
Que me encantam a vida inteira
Delas agora vou falar
Começando pela primeira
Que é a rainha de meu lar.
M il beijos te darei
A gora neste momento
R enasceste em minha alma
I mpoluta felicidade
A ntes, agora e sempe
S eja hoje ou amanhã
A mo-te com fervor
N ectar da flor perfumada
T odos dias de esplendor
O nde passas deixa o odor
S uavisando meu viver.
R ogo a Deus que te proteja
E manuel seja tua luz
G loriosa seja tua vida
O peradora do bem viver
E ncantadora rainha
Salve, salve os teus dias
I luminados sejam teus caminhos
L iberdade seja a tua meta
V itoriosas as tuas lutas
A mém, amém, aleluia.
FELIZ ANIVERÁRIO
Picos/18/01/2003
C omo poderei esquecer
O nosso belo ser
R epleto de bem- querer
R azão do nosso viver
I mbuído do dever
N aturalmente vai acontecer
H oje antes da lua nascer
A urora boa vamos ter.
P or isso te parabenizo
A gora neste dia ditoso
R epleto de ar gostoso
A mbiente harmonioso
B rasileiramente saudoso
N ostalgiado e gostoso
S implificado e dengoso
FELIZ ANIVERSÁRIO.
Picos/18/01/2005
Uiara e Náiade
Minhas filhas, minhas flores
Meus amores
Quando em parto e dores
A mamãe lhes deu à luz
Honrem seu pai e sua mãe
Com a força do coração
E amem o bom Jesus
Que aliviou nossa cruz
E nos deu a salvação.
Ás minhas filhas queridas
Essência de minha vida
Da juventude mais garrida
E aurora que não volta mais
Recebam a bênção divina
Que a Bíblia ensina
Desde os primeiros pais.
Bênção litúrgica
“O Senhor te abençoe e te guarde!
O Senhor te mostre a sua face
e conceda-te sua graça!
O Senhor volva o seu rosto para ti
e te dê a paz!”
(Num.6,24}
Acróstico a:
U niverso encantado de beleza
I magem pura da bela natureza
A ndas com perfil de princesa
R azão porque ostenta tanta beleza
A mante perfeita da natureza
M uitas vezes ages com sutileza
A guardando com esperteza
R eforçando a fortaleza
I ndo e vindo com firmeza
A mpliando sua beleza
R einarás se um dia quiseres
E rgue os teus olhos e verás
G lorioso será os teus afazeres
O ração tenha milhões de vezes
E mbelezaste nossas vidas, não abrevis
S e um dia teu pai te feriu
I gnore, não foi por querer
L embra que ele vela o teu bem viver
V ivendo para te servir
A gora, hoje, amanhã e sempre.
Outubro/2002
Acróstico a:
N infa da minha fonte
A lma pura emergente
I dônea é a tua mente
A inda sendo adolescente
D á coragem aos presentes
E mbora ainda sendo infante
M inha querida princesa
A mante da natureza
R osa que perfuma o ambiente
I ris de nosso olhar
A legria da nossa mente
R eges a orquestra natural
E mbeleza a vida maternal
G lorificando o ancestral
O rnamentando o nosso pedestal
E ngajada no bem querer
S ereno é teu andar
I libado o teu caminhar
L aureando o nosso ser
V itorioso será o teu viver
A mpliando o nosso bem querer.
24/08/2003
Acróstico a:
M ulher heroína
A mante divina
R ica em doutrina
I magem feminina
A traente e encantadora
F oste brava
R ezando com fé
A ges acreditando
N ão pensas em derrota
C ontinua inabalada
I ntegrada à esperança
S agrada é tua vida
C onstante é teu amor
A dora ter amizade
D ona de eterna bondade
E smeralda lapidada
L uz que guia
I ntroduz alegria
M ente sadia
A utora de todo dia
(primeiro acróstico do autor)
Embolada
Como bom nordestino
Desde os tempos de menino
Aprendi fazer embolada
É um tipo de toada
É uma rima cantada
Que segue uma trilha:
“Embola pai, embola mãe,
embola filha
Eu também sou da família
Também quero embolar”.
Eu só boto meu chapéu
Onde minha mão alcança
Alimento muita fé
E não perco a esperança
Que os pratos da balança
Um dia atingirão o fiel
Eu só boto meu chapéu
Onde minha mão alcança.
Não há vitória sem luta
Não há luta sem batalha
Não se monta sela
Sem antes montar a cangalha
Não se deve entrar na mata
Sem se fazer uma trilha
Pisar em chão conhecido
Mesmo que dê volta de milha
Pra fazer uma embolada
Embola toda família
“Embola pai, embola mãe, embola filha
Eu também sou da família,
Também quero embolar”
Isto é apenas uma amostra
Do que é uma embolada
Nesse Brasil sem fronteira
Já foi aberta a porteira
E a corrupção instalada
Valerioduto
Valério comeu a paca
O povo é que vai pagar
O Inquérito Parlamentar
Não venceu o Valerioduto
Não prendeu a raposa stuta
Deixou solto o carcará
“Quem a paca cara compra
Paca cara pagará”
Valério jogou seguro
Não atirou no escuro
Nem mostrou o ouro guardado
Mas um dia será julgado
Pela Providência Divina
Que jamais falhará.
“Não há quem cuspa pra cima
Que não lhe cai na cara
Quem a paca cara compra
Paca cara pagará”.
O cachimbo
Agora mudo a rima
Pego o verso e deixo a prosa
Para falar de uma vida
Que não foi um mar de rosa
Já falei de caminhão
Da terra, do céu e do limbo
Mas pra falar de cachimbo
Preciso de inspiração.
Na prosa pego a caneta
Que uso com maestria
Pra declamar poesia
Faço uso da batuta
Pro músico me acompanhar
Pra xingar um filho da pu..
Faço rima e dou mote
Pego a marcha e largo o xote
E deixo a água rolar.
Enquanto a inspiração me vem
Não estou querendo enrolar
É que a história do cachimbo
Conjuga o cachimbar
Que traz no bojo um sentido
O cachimbo é o apelido
Daquele cheiro ardido
Do cachimbo a fumaçar.
É para desopilar
Que vou agora contar
Um caso que ouvi dizer
Se não aconteceu com você
Um dia acontecerá.
Se você não rir agora
Quando acontecer rirá.
Dizem que a mulher
Só tem uma serventia:
fazer falta de noite
e fazer raiva de dia.
Veja pois o verso do velho
Que foi trabalhar noutro Estado
Estava ele empregado
Mas se viu sem companhia.
O autor é desconhecido
Por isso não sei seu nome
Só sei que ele comia
Mas a “estrovenga” tinha fome
E escreveu pra mulher
Que se bem interpretado
Ele mandou um recado
Entenda bem que puder.
“Deixei o cabelo crescer
E também o meu bigode
Da imagem a gente pode
Fazer um novo retrato
Mas ao cabo do cachimbo
Não pude dar um bom trato
Vive abandonado e sem nome.
É uma “estrovenga” deitada
Sedenta e com muita fome.
Digo isso a versejar
Pois aí não vou agora
E quanto mais me demora
Ter a sua companhia
“A me fazer falta de noite
E fazer raiva de dia”
Sei que você está sofrendo
Com o cachimbo sem cabo
E eu com o cabo do cachimbo
Para lhe botar o cabo
Guarde bem seu cachimbo
Que quando eu for boto o cabo.
Ainda estamos em abril
E não sei quando voltar
Com o cabo do cachimbo
Para o cachimbo encabar
Mantenha o cachimbo aceso
Não deixe o fogo apagar
Aqui termina a história
Do velho que se empregou
Lá no porto de “Galinha”
Que em Recife encontrou
Na vida há sempre uma fonte
Eu já encontrei a minha
E por mais que se defronte
A mulher é companheira
Pra fazer raiva de dia
E falta a noite inteira.
Não sei se o velho voltou
Ou se a velha já é morta
“Mas o hábito do cachimbo
É que deixa a boca torta”
E o bom ladrão não entra
Se não lhe abrirem a porta.
A metáfora do cachimbo
Que o velho escreveu
Agora está registrada...
Quem nunca andou nesta estrada
Na certa não percebeu
Que a brasa do cachimbo
Que o fogo acendeu
Não se apaga com água
Mas com um pote de mágoa
Isso você entendeu.
A mulher das bodas
Cada um tem sua vida
E faz dela o que quer
A história do cachimbo
Retrata uma mulher
Mas em todas, com certeza
Há um gesto de nobreza
E uma meiguice qualquer
Não há quem não tenha virtude
E também não tenha defeito
Quem possa bater no peito
E dizer eu sou perfeito
Nem se tenha desviado
Só houve uma um dia
Foi a virgem Maria
Preservada do pecado
Também o Cristo Jesus
Por graça foi concebido
E sem pecado nascido
Da virgem Imaculada
De toda humanidade
Tomou sobre si a cruz
O Filho de Deus feito homem
Nasceu de uma mulher
Nascido na gruta em Belém
Gerado em Nazaré
À sua glória eu canto:
Filho de Deus, filho de Maria e José
Pelo poder do Espírito Santo.
“Quem é esta que sobe do deserto
Apoiada em seu bem-amado
É também muito amada
Onde em dores deu à luz
Ela abraçou a cruz
Por seu Filho abraçada”?
(Can.8,5)
“Quem é esta que surge
Como aurora,
Bela como a lua
Brilhante como o sol,
Linda como lírio do campo
E a flor de primavera
Que o perfume espalha
Temível como exército
em ordem de batalha”?
(Can.8,10}
Ela é temível porque
Deus disse ao inimigo
Dou a ti o castigo
De arrastar sobre o ventre
E tal qual uma serpente
Ferirá o calcanhar
Da MULHER que criei
Mas tua cabeça ela esmagará.
(Cf. Gen. 3,14-15)
“Porei ódio entre ti e a MULHER
Entre tua descendência e a dela
Quem odeia a MULHER
Pra o outro acenda vela
Quem não ama a MULHER
Ama o inimigo dela.
(Gen.3,15)
“Quem é esta que sobe do deserto
Apoiada em seu bem-amado
É também muito amada
Onde em dores deu à luz
Ela abraçou a cruz
Por seu Filho abraçada”?
(Can.8,5)
“Sou a mãe de puro amor
E da santa esperança
Em mim se acha a graça
Da bem-aventurança
Minha alma glorifica o Senhor
Meu espírito exulta de alegria
Em Deus meu salvador.
A Ele toda honra e glória
Pois me dando a palma da vitória
Fez em mim maravilha
E enxugou o meu pranto
De serva fez-me filha
Porque SEU nome é SANTO.
(Cf.Eclo 24; Luc. 1,46-48)
Foi nas Bodas de Caná
Quando veio vinho a faltar
Maria disse a Jesus
Eles vão se envergonhar
Quando o vinho acabar
Ele lhe respondeu:
“Que temos com isso, MULHER?
Minha hora não é chegada.”
Mas ela bem o sabia
Que seu Filho era o enviado
E disse para os criados:
“Fazei tudo que Jesus vos disser”.
Ele a chamou de MULHER
Referindo-se à mãe amada
E não foi por nenhum desprezo
Pois na língua por Jesus falada
Esta palavra tem peso
De virtude e nobreza
Ela é a filha predileta
Que o Pai criou um dia
Na simplicidade e pobreza
E na bem-aventurança
O que Jesus dizia
É que sua mãe Maria
Do Pai receberia
A coroa da realeza.
Nas Bodas de Caná
E também noutros momentos
No Velho e Novo Testamentos
Ele a chamou de MULHER
Para que o povo entendesse
O que o profeta disse
Que sua mãe é a MULHER
Do Gênese ao Apocalipse.
(Gen. 3,1ss; João 2,1-12; Apo.12,1-7)
Jesus em honra à sua mãe
Fez o que pediu Maria.
E naquele mesmo dia
O milagre aconteceu
A água em vinho se fez
Foi a primeira vez
Que o vinho veio do céu
Melhor do que qualquer safra
Que o noivo ofereceu.
Foi ao pedido de Maria
Que Jesus atendeu
E realizou na família
O primeiro milagre seu.
Ainda hoje Ele a ouve
Por isso é bom seguir
O exemplo de Caná
Que quem tem fé aprende
Se vinho lhe vier faltar
Peça à mãe que o filho atende.
O milagre de Caná é um fato
Pra se tirar ensinamento
O amor é o fermento
Que leveda a família
O vinho também pode ser
Tudo que se venha a precisar
Na vida espiritual ou no lar
Maria nos surpreende
Se o vinho do amor faltar
Peça à mãe que o Filho atende.
Jesus já havia escolhido
No seio da família nascer
Também na festa de bodas
Para o milagre fazer
Mas Ele quis que sua mãe
Que presente estava
Visse interceder
Pra mostrar naquele dia
Que além de amar Maria
A ela obedecia.
Antes de voltar pro céu
Jesus sua mãe entregou
Aos cuidados de João
Que pra sua casa a levou
Não sei quanto tempo ela viveu
Nem sei mesmo se morreu
Ou transubstanciou.
Não se sabe se Maria
Estava morta ou dormia
Quando ao céu foi elevada
Dizem que dormitava
E que Jesus a levou
Ao Pai em sua celeste morada
Pra onde foi minha amada
Assunta ao céu e coroada
Ela apascenta com o Filho
“Levada em alegria e júbilo
Ingressa no palácio real”.
Apoiada em seu bem-amado
Se despedindo de nós, vai
Para a morada do Pai
“Volta, volta ó Sulamita.”
Volta, volta ó mãe bendita
Vem colher os lírios teus
Que plantaste no jardim
Eu te peço, em tua glória.
Ao lado direito de Deus
Nunca te esqueças de mim.
(Sal.44,16; Can. 7)
Um sorriso e uma lágrima
Também não posso deixar
De fazer referência
A uma vida alegre
Pautada com muita prudência
lSe dizem que “ muito riso
é sinal de pouco siso”
Eu tenho que discordar
Pois é preciso lembrar
Que quem não ri envelhece
E que o mau se embaraça
Na própria teia que tece
A vida não é só tristeza
E nem tudo é pobreza
Pois tem alegria de molho
Às vezes as lágrimas nos olhos
Se examinadas com calma
É um acalento pra alma
E um gesto de nobreza.
Concorda comigo Neomísia
No livro que escreveu:
“Há em nós um deserto
Que olhado bem de perto
Revendo o que viveu
Sem ódio ou ressentimento
Há nele um lamento
Da lágrima que escorreu
Mas há também alegria
No sorriso que um dia
A vida lhe ofereceu.
“É prudente no deserto
Que é um momento seu
Agradecer as vitórias
E dar muita glória a Deus
O sorriso é a alegria multiplicada
A lágrima, a dor partilhada
Que alguém ofereceu..
Sorri com os que se alegram
E chorar com os que choram
É cura para o enfermo
E abrigo a quem está a ermo
Companhia ao solitário
Vale mais que dar salário
Ou ofertar dinheiro.
Sorria!
Para encher de alegria
As horas dos dias teus
Ostente muita harmonia
Felicidade e simpatia
Sorria!
Você está sendo filmado por Deus
A alegria nasce do amor
E o amor da alegria
Quem não tiver simpatia
Nada vai conquistar
Na vida amorosa e negócio
Fica a esmo no ócio
Sem nenhuma serventia.
“O sorriso é o cartão de visita
De uma pessoa saudável”
É gesto de amor, palpável
Distribuído gentilmente
Vindo de boa mente
É benfazejo e milagreiro
Não custa nenhum dinheiro
E faz muito bem à gente.
A alegria é perfume
Gratificante e ameno
A tristeza é veneno
Que mata sem avisar
Assim também é o ciúme
Que quando não é pequeno
Judeia até matar.
Fé, amor e carinho.
“A fé é a bússola certa
Para os navios errantes”
A oração é o mapa
No coração do orante
A praia é a outra metade
Que está no semelhante
O amor é música sonora
É trilha em boa hora
É vento que vem de fora
E flor de primavera
Primeiro raio de aurora
É o início de uma reta
De uma vitória certa
De quem tem o céu por meta.
Nada se compare ao carinho
Que abre ao depressivo o caminho
Para a doença curar
Assim também é amar
A criança e o velho
Isso é ser cristão autêntico
Cumpridor do Evangelho
Isso é evangelizar.
Agora fecho este livro
Disse quase tudo que sei
Quando penso que cheguei
Ainda estou chegando
Quando penso que cheguei ao fim
Descubro que estou começando
Vai aqui mais uma lição
Para melhor entender
“O que parece não caber
Nas portas da razão
Passa com facilidade
Na janela do coração”.
Digo ainda, meu amigo
Pra não merecer castigo
Veja o teu irmão
Com os olhos do coração
E transforme teu coração
Nos olhos da razão
Se um dia você cair
Pense logo em levantar
Pois quem anda pelo chão
Como cobra a rastejar
Só engole poeira
Ficar caído é besteira
Levantar é só querer
É preciso se erguer
E dar a volta por cima.
PARA ENCERRAR
Perdoe-me a digressão
Eu aceito sugestão
E venho até precisar
Pois minha batuta é uma vara
“Não há quem cuspa pra cima
Que não lhe cai na cara”
“Quem a paca cara compra
Paca cara pagará”.
Dou-te mais esta lição
Que quem tem religião
Praga não há de rogar
Pois sobre si cairá
Isso é uma verdade clara:
“Não há quem cuspa pra cima
Que não lhe caia na cara”
“Quem a paca cara compra
Paca cara pagará”.
Fechando o livro
Agora mudo de assunto
Para este livro encerrar
Mas continuo dizendo
E nunca vou me calar
Não venda milho a bode
Que ele não vai pagar
Nem dê diploma a quem
Não sabe nem soletrar.
O que tenho pra contar
Do mundo cheio de nó
Daria para escrever
Um livro muito maior
Mas nem por isso me calo
Não dê jornal a cavalo
Pois ele não sabe ler.
Organização Adalberto Antônio de Lima
Autor Francsico de Assis Lima e Silva