CHIMARREANDO COM O DIVINA

O meu neto Davi, com a devida antecedência, convidou-me para, hoje 18.09, assistir a uma apresentação em homenagem ao dia 20 de setembro da quaal seriam protagonistas as turmas da Quinta Série do Ensino Básico e as da Quarta Série da qual ele faz parte estudando na turma 42.

O nome escolhido para o evento foi CHIMARREANDO COM O DIVINA e lotou as arquibancadas e a cancha do Ginásio, na qual foram colocada centenas de cadeiras.

Chegando na hora, a minha emoção já foi desencadeada quando tocou o Hino Nacional e todos, em pé ,acompanharam a execução do mesmo.

Durante a exibição a minha felicidade foi tanta que foi impossível evitar as lágrimas.

Logo depois com o público, ainda, em pé, foi executado o Hino do Rio Grande do Sul cuja letra e musicalidade foram responsáveis por um mar de lágrimas que se misturavam com meu sorriso de satisfação, por estar participando de um evento tão raro em nossas escolas de ensino básico, nos dias de hoje.

Apresentaram-se quatro turmas da quarta série e na apresentação da turma 42, eu pude ver o meu pequeno gaúcho de lenço vermelho, chapéu preto, guaiaca de couro cru apertando a bombacha, apresentando-se com muito garbo e alegria, transmitindo para este avô um sentimento de orgulho e de respeito por nosso estado e por nossas tradições.

Após apresentaram-se as turmas da quinta série e, o evento, encerrou-se com todos os alunos na arquibancada cada um com lanterna acessa que, para mim pareciam raios de luzes iluminando o nosso futuro e me dizendo que nossas tradições e nossa cultura se projetarão, secularmente, por este Sagrado Chão.

A apresentação do CHIMARREANDO COM O DIVINA, foi um sucesso cultural e cívico marcou profundamente a este avô, aos demais familiares presentes e, com certeza , marcará ao Davi e aos seus colegas.

Estão de parabéns a Direção da Escola Divina Providencia, as professoras das quartas e quintas séries e os alunos e as alunas que as compõem e que foram os artistas deste raro espetáculo.

Ao parabenizá-los lhes envio com muita satisfação este pequeno e singelo poema feito em um momento de nostalgia e saudade dos meus tempos de guri e das minhas andanças pelos Galpões das Estancias do interior de meu Rosário do Sul.

O MATE, O TAURA E O TEMPO

( Erner Machado)

O Mate Amargo é um costume

Que o taura traz por herança,

Desde os tempos de criança,

Vivendo pelo galpão,

Muito guri se fez homem,

Nos rituais do chimarrão

Assim, os dois, irmanados,

Trançando, um mesmo laço,

Com as canas de um mesmo braço,

O Taura e o Mate Campeiro,

Sempre serão companheiros,

No inverno, chuva ou mormaço.

Mas o tempo – Nosso Patrão,

Muda a vida do cristão

Do jeito que bem entende,

Mas o taura não se rende

E ri do que tempo pretende,

Ao sabor de um chimarrão.

Não Creio que o tempo mude

Mesmo que o tempo assim queira

Sempre haverá uma chaleira,

Daquelas do casco preto,

E um churrasquito no espeto

Num velho fogo de chão,

E um xiru velho sisudo

Olhando mudar-se tudo

Com a cuia firme na mão

ERNER MACHADO
Enviado por ERNER MACHADO em 19/09/2024
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