DE QUALQUER JEITO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Tem gente que não dorme mais porque quer ficar no poder de qualquer jeito, não importa quanto vai gastar.

Assim como tem gente que quer voltar ao poder de qualquer jeito, fazendo promessas com Deus e com o diabo, plantando capim e nascendo grama, nem que seja via a oposição e ou a situação de plantão.

Em cima do murro estão às abstenções, os nulos e os brancos, porque estes quem quiser ser grande nasça no paú.

O palanque não importa, o que importa é voltar ao poder político, administrativo e econômico que o vento levou, seja lá com quem for de casa ou de fora, essa gente tem fome do poder do qual foi expulso e faz décadas.

Outros ficam esperando a passeata da vitória passar para se juntar aos gritos com o vitorioso, porque em política, feio mesmo é perder, tem gente que nunca perde uma eleição, porque veste a "camisa" de quem ganhou e começa a esculhambar com o quem votou e perdeu a eleição. Ninguém sabe qual fumaça passa na cabeça dessa gente vitoriosa fake e aprovetadora, algo semelhante a mudança na vida do cristão novo, que depois de convertido, em pouco tempo sabe mais sobre a Bíblia Sagrada que o papa, o padre e ou pastor.

O que vai ter de gente assim tomando como compadre quem ganhar à eleição, como sempre não está no gibi.

O PIX eleitoral está em alta, é o bota e tira-gosto, de quem dá mais em qualquer mesa de bar.

Oh! Gente sábia duvidosa.

Os discursos da preleção nas ruas são os mesmos do horário eleitoral pago pela população para ser agredida, algo semelhante ao debate político, a exemplo do realizado em São Paulo, capital, que terminou em caldeirada e pancadaria verbal e física no IML - Instituto de Medicina Legal e na Delegacia de Polícia.

Pense em um povo preparado para exercer o poder político na base do cacete, palavrões impublicáveis, quiçá, aqui e acolá em emboscada e na bala com força, fazendo o povo correr como corre cego em tiroteio.

A política em sendo assim é um bang bang, o novo foroeste, garantido em vez de ser a ciência do bem comum, isso é fato de notícias jornalísticas diárias e além do mais alimentada pelo mundo das drogas lícitas e ilícitas.

Isto nos faz lembrar de que a política é um negócio como outro qualquer, tem que dá lucro aos comerciantes, diante da procura das ilusões dos compradores de asneiras, não é o exemplo da rosa-dos-ventos contendo os 32 (trinta e dois) pontos da Carta Náutica de Jorge Aguiar (1492*) não, são os termos dos pedidos das ideologias baratas como tomate machucada e podre de fim de feira, jogada no lixo que nem os porcos querem comer.

Isto é a política representada pelo que temos de melhor em termos de políticos ascendentes e descendentes da corrupção emanada da senzala surreal e das mídias sociais para ornamentar os vitrais da corrupção explícita no fato que o urubu não quer deixar a carniça enquanto fede, assim como o cachorro não late com o osso na boca.

Ainda se tem um longo chão de vinte dias de desassossego dos candidatos concorrentes, um empurrando o outro e vice-versa para fora do navio em alto-mar sem saber nadar e sem bóia, perdido no tempo e no espaço sem conhecer os pontos cardeais da vida como ela realmente é.

Tanto é assim que vem corroborar o fato que a política ideológica , assim como "a vida é como um rio. Flui, constantemente, sem nunca parar, e arrasta consigo tudo o que encontra pelo caminho. Às vezes, ela é calma, suave, trazendo tranquilidade. Outras vezes, é turbulenta, cheia de obstáculos, tentando nos desviar do caminho. Mas, independentemente do que aconteça, o rio sempre encontra seu caminho até o mar. E nós também, de uma forma ou de outra, sempre encontraremos o nosso destino, mesmo quando não podemos ver o que está à frente", segundo o escritor, jornalista editor, premio Nobel de Literatura em 1982 e ativista político colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), in.: Cem Anos de Solidão.

Em suma, quem entra em concorrência de qualquer espécie quer ganhar de qualquer jeito, a começar pela salvação do corpo e da alma, já que o espírito é Deus, e em sendo Deus Espírito, o Diabo também é espírito, assim sendo, Deus não pode matá-lo, assim ambos continuam com vida e vida com abundância para os seus na bondade e na maldade.

Portanto, a política como missão é ledo engano, ela é um negócio ou um trampolim como outro qualquer, não é negócio para amador e sim para gente profissional com boca e dente que rumina e come de qualquer jeito.

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(*)https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rosa_dos_ventos

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 17/09/2024
Reeditado em 17/09/2024
Código do texto: T8153383
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