O Caminho Sem Rodas: Um Sonho em Alta Velocidade

Em um sonho que parece mais real do que a própria realidade, imaginei-me ao lado de minha filha, ambos montados em bicicletas sem rodas. Não havia necessidade de pedaladas; nossa velocidade era sobrenatural, desafiando as leis físicas e a gravidade. O cenário era um misto de liberdade e surrealismo, com o vento nos rosto e o mundo se desfazendo em uma trilha turva de cor e movimento.

A sensação de estar em alta velocidade, sem a necessidade de rodas, dava a impressão de que estávamos flutuando, em um estado intermediário entre a realidade e a imaginação. Era um voo sem âncoras, um passeio sem limites. E assim seguimos, sem um rumo definido, guiados apenas pela força do sonho.

Aceleramos até chegar a um destino inesperado: uma construção pintada de uma cor extremamente branca, semelhante a uma igreja. O contraste entre a construção e o ambiente ao redor era marcante, como se aquele edifício fosse um portal para outra dimensão, um símbolo de pureza e tranquilidade em meio ao caos.

O edifício, com sua cor intensa e imaculada, parecia emitir uma luz própria. Era uma visão de paz em meio ao frenesi do nosso passeio sem rodas. A construção, apesar de sua aparência austera, tinha um poder tranquilizante, uma promessa de serenidade em um mundo em movimento constante.

À medida que nos aproximávamos, a velocidade começou a diminuir, e o mundo ao redor se tornava cada vez mais claro. O contraste entre a velocidade e a calma do edifício criava uma sensação de equilíbrio instável, uma metáfora para a busca de equilíbrio em nossas vidas.

A bicicleta sem rodas simbolizava talvez a falta de controle ou a sensação de estar à deriva, mas o edifício branco representava um ideal, um lugar de refúgio e clareza. Em nosso sonho, éramos livres para explorar, para experimentar a velocidade e a quietude simultaneamente, e talvez, encontrar um equilíbrio entre os dois.

O sonho terminou com a sensação de ter chegado a um destino significativo, um ponto de partida para reflexão e introspecção. A construção branca, com sua simplicidade e pureza, deixou uma marca indelével em nossa jornada, como um lembrete de que, mesmo em alta velocidade, podemos encontrar momentos de calma e beleza.

Pai da Macella
Enviado por Pai da Macella em 13/09/2024
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