A primeira expedição

Tudo foi de repente. Decidido de uma hora para outra.

Mauro propôs a Gorete, sua namorada,  ir conhecer ilha Romana. Ela apresentou a proposta ao grupo, da faculdade, que costumava viajar nos feriados e dessa vez só Alberto aceitou. Porque já ouvira falar da ilha, por sua amiga Delvane, que morava na casa da sua tia Dina e isso despertou a curiosidade.

Eles combinaram e Alberto levou a sua namorada. Em quatro, foram ao terminal rodoviario,  compraram passagens para Curuçá, que os levariam a Abade outro municipio,  de onde, realmente teriam que contratar um pescador de confiança para os levar e trazer a ilha.

Cumprido os requisitos iniciais embarcaram na aventura.

Como em toda primeira vez, para aventureiros  de faculdade, principalmente a estudantes de Direto e Administração, o planejamento adequado é essencial, pois as adversidades são temperos pra unir ou dividir.

Assim os jovens embarcaram e foram rumo ao desconhecido com a finalidade de serem surpreendidos positivamente.

A viagem no barquinho nada cômodo pra quem não está acostumado levava Gorete a pensar nos braços do seu namorado, o que estou fazendo aqui?...

Alberto com France pareciam curtir a primeira vez em viajem juntos. Aquele mar de água salgada, sob um ceu azul num fim de tarde.

Sem porto pra descer, desceram onde o limite limitava. Mauro foi o Armstrong pisando e sentindo nos pés aquela areia da enseada molhada, sendo presenteado também com um leve espetar de peixe nos pés.Depois Gorete, seguindo

Alberto, que desceu com France.

Um lugar pouco habitado, com vegetação caracteristica da região, umas poucas casas de palha sem quaquer perspectiva de energia eletrica, bem no iniciar da vastidao daquela praia.

No tempo , o vento escrevia uma brisa, que dizia uma poesia do âmago, das nostalgias caboclas, que o bucolismo aprecia.

Pés na estradas os quatro caminharam adentro, por fora da ilha,  a ouvir o rufar das ondas paulatinamente eufóricas pra deitarem na praia.

Já podia-se ver as dunas alvas como algodão ajoelhadas ao pé da noite acirandada de estrelas.

O vento forte vociferava aos corpos um frio intimidador.Aquele ar purissimo entrava e saia daquelas almas, enquanto o olhar pairava sobre o horizonte já tomado pela escuridão da noite, que a lua tão simples, como vaga se mostrava.

A civilização ali era uma moda ainda em passos de pouco mais, que quatro aventureiros.

Bem no alto de uma imensa duna, há mais ou menos vinte e poucas horas da noite,  com o cansaço,  o sal pesando nas costas e a fome beirando a procurar voz.

Mauro, cuja experiência pairava em outros acampamentos, tipo Ajuruteua, Algodooal, Mosqueiro e outras praias,  decretou:

- Vamos acampar aqui.

Que de pronto foi contestada por Alberto, cuja expêriencia vinha da epóca do escotismo:

- Desculpe Mauro, mas os ferros não irão segurar a barraca aqui.

Porém Mauro se impôs e  não aceitou . Alberto pensando no cansaço de todos,  nada mais disse  e ajudou a armarem a barraca. Quando uma chuva, com vento começou a cair e as moças se inquetaram. A barraca começou a sentir os  impactos impiedosos da procela até que, como previu Alberto foi ao chão e rolou. Permitindo entrar areia nos olhos de Gorete e France, que naquele instante, sem um aseio adequado, cansadas, com fome e sem o conforto e a segurança necessaria começaram a chorar e a pedir:

- Vamos embora amanhã.  Não dá pra ficar aqui, pois nãotem estrutura nenhuma.

O desespero assombrava mais do que as lendas. As lagrimas e a areia, assomados a outros fatores foram contumaz a nortear a  volta pra casa, com o gosto na boca de uma viagem desastrosa.

Adormeceram no silencio decepcionante das variaveis agreste.

Mas, logo que o dia deu aos olhos a sua luz, Alberto, resiliente levantou e como não quisesse partir  começou a observar.

Antes de sair viu, que havia pouca água mineral para os quatro passarem quatro dias, então foi explorar e buscar soluções.

Desceu a Duna e procurando na inssitencia a chave pra reorganizar a expedição encontrou um moço, a quem interrogou :

-Amigo onde posso encontrar água pra beber?

O rapaz então disse:

-  Mais a frente você vai encontrar um caminho. Entre nele e você vai encontrar umas casas, onde moram minha mãe e meu cunhado.  Peça lá e eles vão ajudar.

Agradecido Alberto seguiu a informação, enquanto o rapaz , noutra direção desaparecia naquela imensidão de praia.

Alberto chegou ao local e fez amizade, falou das dificuldades e aquelas pessoas humildes o recebeu como alguém da família.

Voltou ao acampamento e convenceu a turma a conhecerem as novas estalagens.

Ali chegando, Gorete foi logo distribuído chocolate as muitas crianças. No embalo Alberto deu de presente ao pescador sua faca de aventura e a amizade foi selada.

Assim descobriram o paraíso chamado Romana.