202 ANOS DE NOSSA INDEPENDÊNCIA
202 ANOS DE NOSSA INDEPENDENCIA
A independência do Brasil do domínio de Portugal foi declarada em 7 de setembro de 1822 por Dom Pedro I, filho do rei português D. João VI, que havia se mudado para o Brasil em 1808 para escapar das invasões napoleônicas na Europa.
Alguns fatores históricos que levaram à declaração da independência incluem a insatisfação da elite brasileira com o domínio português e a tentativa do rei português de recolonizar o Brasil após a derrota de Napoleão.
Além disso, a transferência da corte portuguesa para o Brasil acelerou o desenvolvimento de uma identidade nacional brasileira separada de Portugal.
Em 1822, o governo português tentou restringir os poderes de Dom Pedro no Brasil, o que levou à declaração de independência. Após proclamar a independência, Dom Pedro foi aclamado imperador do Brasil.
A independência do Brasil foi reconhecida por Portugal em 1825, após negociações diplomáticas.
Dom Pedro I governou o Brasil como imperador até 1831, quando abdicou do trono em favor de seu filho, Dom Pedro II.
A independência do Brasil marcou o início de um período de construção nacional e consolidação do país como uma nação independente.
Fiz estas breves considerações, históricas, que levaram Dom Pedro II, a nos tornar independentes do Reino de Portugal, para tecer referencias que, se naquela época as elites brasileiras sentiram desconforto ante a conduta opressora e colonialista da Coroa Portuguesa hoje, passados 202 anos, não somente as elites nacionais, mas, todos os brasileiros, sentem-se desconfortáveis com os fatos e circunstâncias que nos mantém escravizados às mais variadas situações degradantes sem que tenhamos alguém que, delas nos liberte.
Estamos escravizados por um processo incompreensível e maléfico de fanatismo político ideológico que divide nosso povo em Lulista-esquerda e Bolsonaristas-direita- o que nos torna incapazes de dialogarmos sobre estas posições e que nos leva a rotularmos a parte contrária, quando à ela nos referimos, como digna dos piores e mais degradantes adjetivos.
Isto produz uma divisão maléfica entre nosso povo, impedindo-o de ter um objetivo comum que o torne capaz de construir, de mãos dadas, um projeto que nos dê um novo presente e um novo futuro.
Estamos submetidos a uma realidade política que se expressa pela corrupção institucionalizada em todos os níveis administrativos de forma que temos políticos corruptos governando os municípios, os estados e a União e que, de maneira surreal, se sucedem no exercício do poder, utilizando-se histórica e impunemente das mesmas práticas.
Estamos submetidos a uma realidade cruel a qual nos informa, segundo dados do IBGE, que um quarto da população brasileira ou 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza
Estamos submetidos a um processo educacional – do primário à universidade- que está direcionado para formar militantes políticos e não cidadãos honrados e possuidores de cultura suficiente para garantir-lhes a dignidade de suas construções intelectuais e suas manutenções materiais e pessoais ,com dignidade.
Estamos construindo uma legião de analfabetos que, na linha do tempo, por incapacidade de subsistência, aumentarão a contingente da fome e da miséria nacionais.
Nossos sistemas sociais, políticos, jurídicos e econômicos se manifestam pela mediocridade, pela incompetência e pela defesa de interesses particulares, pessoais, ou de grupos a que pertencem, o que nos coloca em situação degradante perante as demais nações de nosso continente e do mundo.
Estamos colocando em perigo e constante exposição o Estado Democrático e de Direito.
Desnecessário é, continuarmos elencando os fatos que compõe as nossas fatalidades atuais, construídas, por nós próprios, durante este período em que nos tornamos independentes de Portugal.
Continuar falando delas resultaria em um texto interminável e que, com certeza, deixaria muito triste aqueles que o lerem e por, amarem ao Brasil, sonham com uma realidade melhor e mais digna para todos nós- como povo e como nação.
Resta-nos, somente, para concluir, elevar o pensamento a Deus e pedir-Lhe que, na linha do tempo, Ele com seu Poder Imenso possa nos enviar alguém que nos liberte das nossas dores da nossa fome- de todas as espécies- e de tal forma nos faça felizes para que possamos, unidos e orgulhosos, comemorarmos feliz a nossa Independência agora, não de Portugal, mas dos males que nos afligem e nos angustiam.
(Recanto da Ana e do Erner 07/09/24-Capão Novo)