GRILHÕES QUEBRADOS
Muitas vezes julgamos que o cativeiro é aquele no qual os brancos subestimavam os negros cometendo verdadeiras atrocidades contra estes pobres homens e mulheres, mantendo-os em senzalas fétidas, somente permitindo a sua saída, para cumprirem trabalhos escravos nas lavouras de cana-de-açúcar onde estavam aprisionados.
A imposição do homem a outro, é uma forma de manter submisso aos seus interesses os mais fracos, oprimindo-os de maneira que conseguem penetrar na consciência dos oprimidos, a ponto de se tornarem verdadeiros subservientes do poderoso senhor dos senhores.
Na época de hoje, a escravidão de um povo, de uma raça, de uma comunidade, de uma família ou de um indivíduo se torna presente quando não aceitamos o progresso opressor daqueles que nos lideram.
O cativeiro poderá estar dentro de cada um de nós, se não procurarmos se libertar do jugo dos pensamentos e sentimentos opressores.
Necessitamos procurar exercitar nossa mente, bem como olhar-se interiormente, a procura de sentimentos que nos aprisione e nos faça escravo dos nossos próprios pensamentos, que poderão nos manter em cativeiro constante, perdendo a nossa liberdade de viver, para que possamos expulsa-los de dentro de nós, e assim, sermos livres deste maldito cativeiro.
Os grilhões que aprisionam a nossa mente, poderão ser quebrados se conseguirmos internalizar em nossas mentes, que somos capazes de ultrapassar as nossas dificuldades.
Os grilhões que aprisionam nossas almas e corações poderão ser extirpados se praticarmos o exercício do amor, da fraternidade e da solidariedade.
O cativeiro já passou para os negros da senzala. Este cativeiro vem se instalando em toda a sociedade, sem discriminação. Seja pobre, rico, negro ou branco, a depender do que somo, e queremos ser, ele irá se instalar em nossas almas.
Lutemos pela liberdade da alma, para que possamos ser livres dos grilhões invisíveis que nos oprime e faz sofrer.
Grilhões quebrados, liberdade alcançada.