O RUFAR DOS TAMBORES E O CANTO DO SÁBIA

“O Rufar Dos Tambores e o Canto do Sabiá.”

Vivenciamos o mês de setembro, semana da pátria. Hoje pela manhã ouvi o rufar dos tambores do Colégio João XXXIII de minha cidade dirigindo-se para a Praça Central a fim de hastear a bandeira nacional, e como de costume prestar as devidas homenagens. Ao fim do dia, o mesmo trajeto, mesmo rufar, desta feita com objetivo de realizar o seu arriamento. Lembrei-me do meu tempo de adolescente quanto com entusiasmo tocava na mesma Fanfarra o instrumento de sopro de nome clarim. Bons tempos aqueles em que nesta semana o principal tema era “Liberdade.”

De “minha” Fanfarra resta saudade, muitos setembros de lá para cá passaram, hoje, finalzinho de tarde, sentado em uma confortável cadeira em minha casa, ao ar livre, ouço o sábia, o verdadeiro ícone nacional. A melodia agradável do conto que nos faz lembrar o som de uma flauta. Falando em sábia, essa ave sensacional, existe uma lenda indígena a respeito de seu o canto. “No começo da primavera, se uma criança escuta o canto dessa ave durante as madrugadas, isso significa que ela vai ser abençoada com amor, paz e felicidade.” Mas, confesso, que apreciando o canto do sábia também não teve como não lembrar o festejado poeta Gonçalves Dias, autor da “Canção do Exílio” - [Minha terra tem palmeiras} {Onde canta a Sábia} {As aves, que aqui gorjeiam,} {Não gorjeiam como lá} {Nosso céu tem mais estrelas,} {Nossas várgeas têm mais flores] {Nossos bosques têm mais vida} {Nossa vida mais amores} { ...}

A verdade é que o tempo é infalível, passou, restando agora à reflexão. E como a sinceridade sempre andou comigo, sendo minha companheira inseparável, confesso, hoje, ao rufar dos tambores me soou melhor o canto do sábia.

Vento Lusitano
Enviado por Vento Lusitano em 06/09/2024
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