O DIA EM NÃO ACONTECEU NADA NORMAL
Quem der este que me refiro fosse igual ao quimérico DIA EM QUE A TERRA PAROU do icônico Raul Seixas. pelo eu não teria saído da minha zona de conforto e aproveita-lo-ia bem melhor. Mas como tinha agendado pegar um remédio num posto de alto custo e o tempo estivesse bom, lá fui eu tranquilamente sem nenhum prenúncio de maus pressentimentos. Porém, já no ponto de ônibus senti aquela coincidência de outras oportunidades, ou seja, se pretendo pegar determinada condução, por exemplo, para o metrô, naquele momento passa várias outras quase seguida para outros lugares. Nesta, já perdi mais de 15 minutos. Quando consegui pegar uma logo percebi que o trânsito está travando, aleatoriamente. Em síntese, o percurso que no normal leva 40 minutos, já levou mais de uma hora e sem nenhum motivo lógico, aparente. A minha paciência, apesar de tentar ler um livro, estava se condoendo. Mas resolvi relevar tudo isto para não me estressar. Na hora de pegar o metrô, ao perceber a plataforma superlotada foi que deduzi que eu iria chegar fora da hora agendada e iria ter algum problema. Dito e feito: por questão de dois minutos, acredite se quiser. A funcionária até usou de ironia, dizendo: que pena, por pouco não vou conseguir lhe entregar a senha e também o sistema está lento. Ao me dar a sugestão para usar o plano B, pegar a fila quilométrica até que tentei. Mas quando fiquei 10 minutos sem sair do lugar aí foi a gota de água e logo pensei: Como havia saído cedo de casa, quase sem tomar café normal, ao perceber aquela multidão de pacientes, pensei com só, sem os meus botões: eu tenho muita coisa melhor para fazer hoje. Este remédio, por um dia apenas sem tomar, posso postergá-lo. E foi o que eu fiz, sem nenhum arrependimento ou desconforto. O caminho da minha casa foi o meu rumo. Amanhã será um novo dia e o sol irá brilhar novamente.