Amor à Nota (BVIW)

 

Houve um tempo em que relacionamentos comerciais eram limitados a empresas, indústrias e organizações do gênero. As partes interessadas nas vendas se uniam para seduzir os clientes e torná-los fiéis à marca ou ao produto ofertado.

 

Atualmente essa negociação se estendeu ao âmbito do elo pessoal. Sabe aquele casal famoso de artistas ou de influenciadores, que lembra a família Doriana? Então! Não passa de comércio, de mera negociação. Ah, para as gerações millennials e Zommers, explico: refiro-me ao comercial da margarina. Essa família era considerada a ideal, composta de pai, mãe e filhos, em um lar amoroso, feliz, unido e próspero. Tal qual vimos hoje nas redes sociais, cujos casais vendem a simulada imagem do amor verdadeiro e da felicidade eterna.    

 

Por trás do pseudo romance e da fictícia alegria, há jogo de interesses mútuos. Tudo não passa de encenação para vender a mercadoria e ganhar os ovos de ouro, ou seja, as estrelas dos seguidores com seus likes. O vínculo de amor inexiste, havendo somente a aparência de relacionamento dos sonhos para fins lucrativos a serem repartidos.  Entre as uniões dos não famosos, também acontece essa prática. É o teatro real do falso sentimento que envolve o casal. 

 

 

 

Tema proposto pelo BVIW   - Relacionamentos comerciais

 

(BVIW - *BECOMING VERY IMPORTANTE WRITER/ "Tornando-se um escritor muito importante").