O LÁPIS
O LÁPIS
Mário Osny Rosa
Era um lápis que estava no mostruário de uma livraria, ele era com qualquer outro lápis feito de madeira com grafite, alem disso inerte sem fazer nada e nem tão poço sabia do seu poder. Estava ali patético naquele mostruário e quem passava olhava para ele.
Sempre tinha uma menina a observar aquela vitrine da livraria ali parava olhava, mas nunca adrentrou na livraria e ninguém sabiam qual era a sua intenção.
Certo dia chega à livraria uma menina esperta e muito inteligente e diz:
- quero aquele lápis que está no mostruário ali na vitrine.
A balconista pergunta:
- Porque aquele lápis do mostruário?
A menina responde:
- Fiquei encantada com ele e vou escrever um livro com ele.
- Como, você vai escrever um livro?
A balconista vai à vitrine e trás o lápis para mostrar para a menina.
- É este o lápis que você quer comprar?
- Sim é este mesmo e quanto custa?
- Um real.
- Pode ser esse mesmo.
Mas a balconista impressionada questiona a menina e pergunta:
- Porque você quer este lápis se todos são iguais, revestido de madeira, na cor preta, outros coloridos, mas todos usam grafite que é o material para se escrever no papel.
- Moça, mas esse me parece brilhante e até provocante é ele que vai escrever uma crônica.
- Posso saber que assunto vai abordar na sua crônica?
- Pode sim é um tema que vem me preocupando muito nesse tempo moderno, a falta de ética e esta propalada tortura nunca mais.
- Bem seu assunto é interessante.
A balconista tira a nota fiscal e a menina vai ao caixa e paga e volta e recebe o pacote se despede da balconista:
- Uma boa tarde e agradeço toda a sua atenção, - igualmente a balconista agradece suas explicações.
A menina volta para casa eufórica com o material para escrever sua crônica, chega a casa e fala para sua mãe:
- Fui à livraria comprei um lápis e vou escrever uma crônica.
- Mas que crônica você vai escrever filha?
- Li alguns livros como trabalho de escola e principalmente de português, que falam sobre tortura e por este motivo vou escrever uma crônica como trabalho escolar.
- E se a professora não gostar desse tema podes até receber uma nota baixa no seu trabalho tenha cuidado.
- Isso não vai acontecer já fizemos um debate em sala de aula e vou me basear no debates para escrever os meus argumentos sobre o assunto.
- Minha crônica não vai ser muito extensa, pois não tenho argumentos ainda muito sólidos para o tema.
A menina vai a sua escrivaninha de estudo e lá prepara todo o material para dar inicio ao seu trabalho escolar.
Reúne os livros necessários periódicos relativos ao assunto de sua crônica, faz uma pesquisa minuciosa anota todos os detalhes e em seguida começa a escrever sobre o assunto:
Torturas nunca mais e seus efeitos e sua vigência no mundo atual.
Tortura no sentido puro da palavra:
Desde os primeiros tempos a tortura foi um meio usado em todas as sociedades, com mais ou menos violência, lembrando um fato histórico: Jesus foi torturado até a morte e não apareceu nenhum político tentando salvar o mesmo.
Na Idade média tivemos as mais cruéis torturas aplicadas ao ser humano, queimavam vivas as pessoas e torturava com os mais cruéis meios de tortura.
Existe tortura na atualidade? Sim existem vários tipos de torturas na atualidade, pois nada foge a regra da antiguidade.
Escrevem muito sobre torturas nunca mais seria isso verdadeiro ou só uma ficção para manter a tortura ainda viva com meios mais odiosos.
Será justo alterar as leis de um país para torturar o cidadão de maneira velada?
Seria essa a tortura mais hedionda que já conheci condenar os cidadãos um país a contribuírem para a previdência até morrer de suas parcas aposentadoria. Ou para se aposentar ter uma idade de morrer antes de conceder a aposentadoria, ou melhor, tolher o direito de aposentar depois de completar o tempo necessário imposta por lei, seria isso também uma tortura, teria ele direito de gozar sua aposentadoria, isso se tivesse um salário adequado?
Mais uma tortura disfarçada de uma lei, ou outra decisão, que defina que o cidadão não tem direito adquirido.
Esse mundo vive recheado de torturas, guerras mortes assassinatos e tantos outros meios que não foram abordados aqui.
Necessitava de mais tempo e de uma melhor formação sou ainda jovem e por isso vou parando por aqui, mas prometo depois de terminar meus estudos vou voltar a escrever sobre esse assunto.
São José/SC, 12 de janeiro de 2.008.
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