SIMPLICIDADE A QUE DE TANTOS NÃO MAIS EXISTE (NA CIDADE)
As galinhas ciscavam em seu reservado espaço
Não era muito pequeno, porém não era extremamente vasto
Mas [ali] era o “mundo delas”
Outros pequenos animais (domésticos) completavam aquela [rural] área
Todavia, não junto co’as galinhas
Havia fronteira entr’eles
Não se misturavam
O que é a vida no caótico espaço urbano?
Como são as relações?
Sem dúvida, semelhante a que se vê ... na selva
Entre lutas ... e disputas
E, por mais que se criem regras, muitos passam por cima ... delas
(Não obedecem)
E aí perguntamos:
Poderiam ser evitadas?
Ou a guerra [no mundo] é sempre ... inevitável?
Uma desintegração entre os “seres racionais” já faz tempo qu’existe
Quando começou?
Não importa (ou talvez sim) o “quando”
A verdade é que há
E não há como negar
Ou melhor seria que soubéssemos o início dela para sabemos o que causou?
Contudo, o simples “saber”, sua triste realidade mudaria?
Não sei!
A vida rural não tem o conforto a que se vê nas casas das metrópoles
Não, é claro, das famílias mais simples (economicamente falando)
Embora uma cruel imagem é vista em muitas casas das grandes (ou também
pequenas) cidades
E um paradoxo vital também se percebe em muitas:
Famílias ricas, contudo ... desunidas e divididas
E lares pobres, mas “integrados” (entre os que neles habitam), pelo que se amam
O medo!
O medo nos espaços urbanos é diferente do [medo] que se vê nas roças
No espaço rural tem-se medo de bichos
No entanto, nem se compara com o medo a se ver na "cidade grande"
(Sim, onde moram os "seres civilizados"!)
Principalmente n’àquelas onde há um enorme fluxo de pessoas
Nestas tem-se medo ... do “bicho-homem”
E a se saber que é bem mais perigoso, comparando-o com os bichos das matas e florestas
Os sons dos bosques ... e o barulho das capitais
A zoada dos bichos ... e a balbúrdia no trânsito
O ruído dos passarinhos ... e a gritaria nos mercados
Interessante que sentimos [por vezes] uma necessidade de fugir das cidades
E nos dirigimos para o campo
Todavia, nos vemos como que magnetizados para voltar ao caos urbano
É verdade, sentimos “necessidade do inferno”
Pelo que não queremos o paraíso ... para sempre
Como que se precisássemos da desordem e do tumulto
E não tanto ... da paz
Sim, praticamente todos estão “viciados” com a confusão e a anarquia das cidades
Talvez, quem sabe, porque nascemos e [nos] crescemos ... nelas
E, portanto, “acostumamos” a viver "assim"
A mente de quem vive nos grandes centros seria, portanto, diferente de quem
mora no campo?
Oh! Se disséssemos que sim seria como afirmar que os que nele moram não
têm desejos nem ambições
Ou mesmo que desprovidos são de medo e isentos d’alguma preocupação
Oh! não é bem assim, não!
Embora, creio eu, que a “ansiedade” predomina com certeza, mais nas cidades
E o que não dizer ... da “angústia” e, sobretudo, do “desespero”?
Somos os nossos ... “pensamentos”
Independentes d’onde estivermos
E “somos” com o que “ocupamos nossas mentes”
Tanto quem vive n’uma metrópole quanto quem mora n’uma roça “é” o que ele “pensa”
E se o habitante da cidade s’envolve com futilidades (ideologias, religiões, credos tantos)
o pacato homem do campo igualmente tem suas “ideias”
E arrisco a dizer que se ele deixar o seu “céu”, em pouco tempo se tornará igual a qualquer
um que s’encontra no inferno urbano
Ou, n’outras palavras: ele se converterá em mais um “neurótico”
E se sujará com nossas idiotices e bobagens
A vida nos grandes centros é, sem dúvida, um grande espetáculo
E cad’um a estar ocupado com o seu script (o seu papel)
E mudamos (em cada "ato") de brinquedos
E fazemos (em cada “tempo”) outras perguntas
A ter “novos medos” e outros “desejos”
E, sem perceber, vamos “matando nossas vidas”!
Por que nos preocupamos tanto com o futuro?
Por que deixamos que complexa seja a vida [que um dia tão simples era]?
Por que precisamos “experimentar artificiais sensações”?
Por que necessitamos ter tantas [vãs] tribulações?
Por que nos envolvemos com inúmeros problemas?
A vida vale mais que as palavras que tentam [em vão] defini-la
Palavras são apenas ... “símbolos”, e mais nada
Oh! Que pena preferirmos os símbolos verbais e não ... a vida!
A vida é mais
A vida é “tudo”
E que triste condição (a nossa) em que com o tempo nos cansamos ... de viver!
O fogão à lenha estava acesso
Uma arara brincava no telhado daquela humilde casa
E o humilde passarinho nem se importava com ninguém
E lá fora inalávamos o místico aroma do campo
Tudo era ... paz
E então, não pode ser ... mais?
E não pode ser ... em todo lugar?
30 de agosto de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
MÚSICA: CASA NO CAMPO (COM ELIS REGINA):
https://www.youtube.com/watch?v=eErQcj3NQT8
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
SIMPLICIDADE A QUE DE TANTOS NÃO MAIS EXISTE (NA CIDADE)
As galinhas ciscavam em seu reservado espaço
Não era muito pequeno, porém não era extremamente vasto
Mas [ali] era o “mundo delas”
Outros pequenos animais (domésticos) completavam aquela [rural] área
Todavia, não junto co’as galinhas
Havia fronteira entr’eles
Não se misturavam
O que é a vida no caótico espaço urbano?
Como são as relações?
Sem dúvida, semelhante a que se vê ... na selva
Entre lutas ... e disputas
E, por mais que se criem regras, muitos passam por cima ... delas
(Não obedecem)
E aí perguntamos:
Poderiam ser evitadas?
Ou a guerra [no mundo] é sempre ... inevitável?
Uma desintegração entre os “seres racionais” já faz tempo qu’existe
Quando começou?
Não importa (ou talvez sim) o “quando”
A verdade é que há
E não há como negar
Ou melhor seria que soubéssemos o início dela para sabemos o que causou?
Contudo, o simples “saber”, sua triste realidade mudaria?
Não sei!
A vida rural não tem o conforto a que se vê nas casas das metrópoles
Não, é claro, das famílias mais simples (economicamente falando)
Embora uma cruel imagem é vista em muitas casas das grandes (ou também
pequenas) cidades
E um paradoxo vital também se percebe em muitas:
Famílias ricas, contudo ... desunidas e divididas
E lares pobres, mas “integrados” (entre os que neles habitam), pelo que se amam
O medo!
O medo nos espaços urbanos é diferente do [medo] que se vê nas roças
No espaço rural tem-se medo de bichos
No entanto, nem se compara com o medo a se ver na "cidade grande"
(Sim, onde moram os "seres civilizados"!)
Principalmente n’àquelas onde há um enorme fluxo de pessoas
Nestas tem-se medo ... do “bicho-homem”
E a se saber que é bem mais perigoso, comparando-o com os bichos das matas e florestas
Os sons dos bosques ... e o barulho das capitais
A zoada dos bichos ... e a balbúrdia no trânsito
O ruído dos passarinhos ... e a gritaria nos mercados
Interessante que sentimos [por vezes] uma necessidade de fugir das cidades
E nos dirigimos para o campo
Todavia, nos vemos como que magnetizados para voltar ao caos urbano
É verdade, sentimos “necessidade do inferno”
Pelo que não queremos o paraíso ... para sempre
Como que se precisássemos da desordem e do tumulto
E não tanto ... da paz
Sim, praticamente todos estão “viciados” com a confusão e a anarquia das cidades
Talvez, quem sabe, porque nascemos e [nos] crescemos ... nelas
E, portanto, “acostumamos” a viver "assim"
A mente de quem vive nos grandes centros seria, portanto, diferente de quem
mora no campo?
Oh! Se disséssemos que sim seria como afirmar que os que nele moram não
têm desejos nem ambições
Ou mesmo que desprovidos são de medo e isentos d’alguma preocupação
Oh! não é bem assim, não!
Embora, creio eu, que a “ansiedade” predomina com certeza, mais nas cidades
E o que não dizer ... da “angústia” e, sobretudo, do “desespero”?
Somos os nossos ... “pensamentos”
Independentes d’onde estivermos
E “somos” com o que “ocupamos nossas mentes”
Tanto quem vive n’uma metrópole quanto quem mora n’uma roça “é” o que ele “pensa”
E se o habitante da cidade s’envolve com futilidades (ideologias, religiões, credos tantos)
o pacato homem do campo igualmente tem suas “ideias”
E arrisco a dizer que se ele deixar o seu “céu”, em pouco tempo se tornará igual a qualquer
um que s’encontra no inferno urbano
Ou, n’outras palavras: ele se converterá em mais um “neurótico”
E se sujará com nossas idiotices e bobagens
A vida nos grandes centros é, sem dúvida, um grande espetáculo
E cad’um a estar ocupado com o seu script (o seu papel)
E mudamos (em cada "ato") de brinquedos
E fazemos (em cada “tempo”) outras perguntas
A ter “novos medos” e outros “desejos”
E, sem perceber, vamos “matando nossas vidas”!
Por que nos preocupamos tanto com o futuro?
Por que deixamos que complexa seja a vida [que um dia tão simples era]?
Por que precisamos “experimentar artificiais sensações”?
Por que necessitamos ter tantas [vãs] tribulações?
Por que nos envolvemos com inúmeros problemas?
A vida vale mais que as palavras que tentam [em vão] defini-la
Palavras são apenas ... “símbolos”, e mais nada
Oh! Que pena preferirmos os símbolos verbais e não ... a vida!
A vida é mais
A vida é “tudo”
E que triste condição (a nossa) em que com o tempo nos cansamos ... de viver!
O fogão à lenha estava acesso
Uma arara brincava no telhado daquela humilde casa
E o humilde passarinho nem se importava com ninguém
E lá fora inalávamos o místico aroma do campo
Tudo era ... paz
E então, não pode ser ... mais?
E não pode ser ... em todo lugar?
30 de agosto de 2024