Digital ou impresso?

 

Essa é uma pergunta apenas para maiores de 40 anos, pois mais novos nem chegaram a ver aquelas ZH's de domingo, grandonas, com classificados e recheadas de cadernos temáticos. Nem tem mais ZH e domingo, só de findi, que sai no sábado, magrinha magrinha, quase tísica se comparada aos velhos tempos. Abaixo de 40, só existe o digital, impresso é pra tiozão, coroas e idosos.

 

Mesmo os nascidos e criados na era impressa, que ainda compram jornais, não dispensam um digital, como podemos ver na foto acima, bem ilustrativa. Está, no caso, dando uma conferida no site do Portal de Notícias. Saudade do Portal impresso, onde eu escrevia às terças. Os jornais impressos estão com as décadas contadas. Isso dizem os otimistas, pois os pessimistas falam anos contados.

 

Sou um otimista, reparo que o Diário Gaúcho ainda vende bem na Turfe Coffee, da dona Idelvira. Dezenas por dia. Um monte de veteranos passam lá e compram, muito por causa dos selos para as panelas brinde e coisa do tipo, embora creia que o leiam também. Eu só vou de ZH. Sei que vendem duas por dia e umas cinco no sábado. E ponto. Não ponto final, ainda. Otimismo: décadas!

 

Todavia, por outro lado, os jornais, antes muito usados no cotidiano com mil e uma utilidades, agora estão mui valorizados, por estarem difíceis de encontrar. Vi que o Fuca os vende por 15 pilas o quilo na Tabacaria. Eu uso pra churrasqueira e pro fogão, tenho uma bom estoque que vou aumentando para me garantir no futuro e, por esse motivo, não vendo.

 

Agora já tá mais caro que papel higiênico! Lembram daquela canção "Não faz mal Não faz mal Limpa com jornal"? Está monetariamente ultrapassada, anacrônica. Agora licença que vou ler meu jornal impresso tomando um café.