POIS POIS SEMELHANTE NÃO É IGUAL
POIS POIS SEMELHANTE NÃO É IGUAL
_Bênção-
Se nem tudo o que reluz é ouro, e nem tudo o que balança cai, também uma palavra mal dita não é propriamente uma palavra maldita, como aquela que tempos atrás fazia título a certa crônica, e porque escrita de maneira incorreta, chamou a atenção deste escrevilhador.
Não se trata de uma crítica, mesmo porque acredito que tal incorreção tenha acontecido por um simples descuido, às vezes acontece mas, me chamou mais a atenção por ser escrito por certa jornalista, e com destaque para a palavra em questão.
Posto isto, vamos ao que viemos, e que trata da maneira como deve se escrever a palavra “Benção”, quando deveria ter sido escrita BÊNÇÃO. São as armadilhas da nossa bela e exuberante língua portuguesa que, no caso em questão, não deturpou o sentido daquela crônica jornalística, já que muitas vezes o povo assim pronuncia erroneamente. Mas há casos em que, por exemplo, uma singela vírgula, colocada de maneira incorreta, pode mudar o sentido a determinada oração ou se quiserem a determinado texto.
Mas afinal o que é uma bênção? Muitos exemplos poderiam ser dados, mas para resumir: a mão que afaga, que ampara; o sorriso inocente duma criancinha; o cansaço do trabalho que se transforma no pão que alimenta; a flor que nos delicia com seu perfume e cor; a água que brota da rocha dura e nos mitiga a sede; a árvore que nos dá seus deliciosos frutos e sua sombra amiga a nos proteger do calor; o sol que nos dá o dia e nos aquece; a lua que a noite ilumina e nos enternece; é a mão estendida à caridade, é podermos dar o braço amigo a alguém que precisa. Bênção é enfim, o dom da vida, é ter um Deus que é pai e ouve a nossa prece e graciosamente tudo nos oferece.
Até uma palavra mal dita ou mal escrita, como no presente exemplo, ao contrário de uma maldição pode ser afinal, uma BÊNÇÃO, pois me motivou a escrever esta croniqueta que, se bem não fez a alguém, também mal não causou a ninguém, e nem lhe deu dor de barriga e, que afinal, sobreviveu quem sabe mais leve, para um breve voar do imaginário que já não é nada mau? Ou de reflexão para aqueles mais distraídos.
Ed’AF