E O TEMPO
Francisco de Paula Melo Aguiar
E o tempo não espera por ninguém.
Sim! O tempo não espera e bem assim não se adapta a ideia ou vontade de ninguém.
Em tudo o tempo está presente como o desfile de nossas ideias e sonhos que que passam em nossas cabeças nas evoluções sincronizadas do tema defendido pelo id, ego e superego existencial que provocam emoções como uma peça de apresentação improvisada e única nonteatro da vida.
E o tempo não espera e nem reserva lugar para nascer, viver e morrer de ninguém, assim como o ato de gestação depende de quem quer ou não quer gestar.
E o tempo é semelhante a mudança em transe permanente das cores que pintam o universo com toda sua grandeza em fração de segundos.
Sim! Isto mesmo. E não precisa de pintor, pincel, tinta, escada, andaime, etc, para mudar de cor. E cada a cor é única na química do Grande Arquiteto do Universo.
E o tempo passa com chuva, sol, vento, sereno, frio, calor, etc, sem esperar por quem quer que seja para mudar.
E o endereço do tempo é sempre o mesmo em todo canto e lugar.
O tempo sabe e faz tudo sem proferir uma só palavra, sem prometer sua ação de ser e de não ser.
É por isto que ninguém volta ao ventre materno de onde um dia de lá saiu.
O tempo abre e fecha a porta da natureza com sua perfeição sem madeira, dobradiça, prego, martelo e marceneiro.
Ah! É louco brincar com o tempo que é dono da terra, do ar e do mar.
O tempo é dono das forças naturais, das ilações e ilusões, desde que o mundo é mundo. Ele é único, não tem corpo, não ocupa lugar no espaço e não é mercadoria exposta à venda.
Ah! Deixa o tempo passar em todo canto e lugar.
Deixa a poeira baixar que o tempo está no mesmo lugar.