AGOSTO: O MÊS DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A RAIVA
Agosto:
Em saúde pública, o mês escolhido em que se realiza a campanha de vacinação contra a raiva
E então...
Recebo por estes dias uma mensagem pelo celular a me lembrar sobre à vacinação [contra a raiva]
E louvo o Ministério da Saúde quanto ao fato [a ser de absoluta importância]
Pois e!
Antes de mais nada, embora não seja de minha conta, tomo a liberdade em lhe perguntar:
“O que o deixa ... com raiva”?
Como você lida co’a sua “raiva”?
E como você lida co’a raiva dos outros [com os quais convive?
(A se saber que certamente você recebe dele seus “estilhaços”!)
E aí ...
“O que você entende por ela – a raiva”?
Afinal, para se vencer [definitivamente] um inimigo, a primeira “arma” deve ser: saber tudo sobre ele.
Em sua ótica, raiva e ódio são a mesma coisa?
A raiva!
Uma de nossas comuns emoções
E quase sempre, fruto d’uma reação contrária ao movimento em qu’estamos em certa hora
Ou mesmo, um sentimento nascido pela frustração
A nos roubar –de súbito – nosso equilíbrio e, obviamente, nossa paz
E nos cegar a razão
E, deste modo, se não tomarmos as rédeas em determinada situação, é um “trampolim”
para uma ação pior: a “agressividade”
Seja por palavras, ou mesmo atos
Oh, a raiva, então!
Já dizia alguém:
“O dedo puxa o gatilho, mas o gatilho também pode puxar o dedo” (Leonard Berkowitz)
Posto isto, pergunto-vos novamente:
Você é do tipo daqueles “de pavio curto”?
O que “te mata de raiva”?
O que te faz “explodir” contr’alguém?
Tudo bem, sabemos que a “raiva” pode ser a resposta mental do indivíduo contra uma “situação”
Isto é, pelo que indignado se fica em função d’uma injustiça ou mesmo um “absurdo social”
Serei mais direto, a partir dum [real] exemplo:
Por estes dias, assistindo a um jornal pela televisão foi noticiado a respeito de um esquema
de corrupção entre juízes e desembargadores [em dada região do país]
E vejam aqui qual foi a devida “punição” a eles aplicada:
Todos foram afastados de seus cargos durante um considerável tempo, porém continuarão
a receber seus gordos salários
E aí, meu amigo, dá ou não dá pra ficar com raiva?
Não foi um "tapa na cara de todo brasileiro"?
É meu querido, é como se diz: "no circo chamado Brasil, o palhaço é você"
Bom, prefiro não me prolongar quanto a este fato, até mesmo para não ficar com mais raiva
E então, no trânsito, caso alguém lhe dê uma “fechada”, como você reage?
Se um ciclista subitamente lhe aparece, pelo que você freia bruscamente. qual a sua reação?
E, se fores vítima d’uma acusação falsa proveniente d’algum colega no trabalho como você
reage a isto?
Entro [aqui] n’um terreno interessante:
A raiva, na maioria das vezes, trata-se d’uma “reação momentânea”
Como se diz: vai e passa
Mas, e quando não passa, a poder s’estender no tempo e, assim, tornar-se “crônica”?
Neste caso talvez não seja realmente a “raiva”, mas sim ... o "ódio"
E o que é “ódio”?
Seria o mesmo que “raiva”?
Não, o ódio pode ser definido como uma “aversão” por alguém, ou mesmo por uma “situação”
Enquanto a raiva é uma “emoção”
A se saber que muitos que se deixam conduzir pelo ódio até o fazem sem nenhuma emoção
A arquitetar o seu ato usando uma “inteligência maligna”, e até mesmo “medindo as possíveis
consequências”
A se saber que uma ação impulsionada pela raiva não foi “pensada”
Pelo que o “autor” se permitiu “cair em tentação”
Enquanto, no caso de um psicopata, por exemplo, as suas ações nascem a partir de um projeto
que demandou “tempo”
E aqui cabe bem saber: o psicopata nunca se arrepende do que faz
Na verdade, dá-se a suspeitar que o psicopata nem tem alma
Considerando que ele não apresenta nenhuma emoção
Todavia, é um "grande ator" na "arte de dissimular"
Bem diferente de quem se deixa levar pela "raiva"
Perceberam, então, a diferença entre “ódio” e “raiva”?
Pergunto novamente, mesmo porque talvez você possa “se ver aqui”:
O que te deixa “mais” nervoso ou “com raiva”?
Seria uma indelicadeza por parte d’alguém?
Seria o trânsito de sua cidade?
Seria o barulho (som alto) da casa do vizinho?
Seria o seu time de futebol quando perde?
Seria o quadro sócio-político do país?
Seria a corrupção que se vê constantemente aqui?
Seria a safadeza dos políticos?
Seu marido (ou sua esposa) ou seu filho te fazem “passar raiva”?
É isso mesmo, meu querido
A partir dos últimos exemplos, é frustrante a sensação que temos, depois de apostarmos
em certos nomes, que se tornam verdadeiros “traidores do povo"
Pois bem, estimado leitor, percebendo a partir de tais exemplos, você não é o único que passa
raiva aqui, não
Contudo, isto não é para que se acomode com a sua “raiva”, ou mesmo a aceite
E agora eis uma interessante pergunta:
O que alguém ganha com a raiva?
Bom, só para finalizar:
A “raiva” é uma expressão mental que, se não for controlada a tempo, pode levar
a fúria e a cólera [devido ao impulso nascido pela “agressividade” (não controlada)]
E suas consequências podem ser as piores possíveis
E outra coisa mais:
A raiva causa “vasoconstrição”, podendo levar a um quadro de “IAM” (infarto agudo do miocárdio)
E eu tenho certeza de que não é um presente que você gostaria de te dar (ao seu coração)
E aqui faz-se preciso sempre lembrar:
A “raiva” faz mais mal a quem tem (raiva) do que de quem se tem [raiva]
É como afirma um conhecido e sábio ditado:
“Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que o outro morra”
(autor desconhecido)
Isso mesmo: um sentimento interno a ser um potencial inimigo contra nós mesmos,
que se não for eliminado (destruído), ele nos destruirá (enquanto estiver armazenado na memória)
A raiva!
No Budismo ela é vista como o "segundo pior sentimento" que uma pessoa pode
experimentar na vida, a perder somente pelo “desespero”
E, no que se prega pelas escolas budistas, tanto a raiva quanto o desespero são,
na verdade, “estados de inferno”
Considerando que em sua psicologia, tudo nasce da mente e tudo é guiado pela mente
E ai, fica a pergunta:
Você conhece a sua mente?
A raiva!
E então, seria um “sentimento instintivo”?
De fato, conviver e confrontar-se [no dia-a-dia] com as provocações não é fácil
Contudo, é a nossa vida! (feita e, portanto, construída, de relações)
E é preciso [sempre] saber lidar ... com as “frustrações”
Até porque a vida nem sempre é do jeito que gostaríamos ... que fosse
Se o dedo está posto no gatilho ...
É preciso ser “racional” [sempre] e nem sempre ... “instintivo”
Mas, o problema é que esquecemos de ser “sempre racionais”
E somos muitas vezes ... “instintivos”!
Mês de agosto
Oh! Que bom que agora estamos no tempo da campanha de vacinação contra a raiva
Vou agora para o centro de vacinação
Acompanhado de meu cãozinho
Ele é uma ótima companhia
A que muito me acalma
18 de agosto de 2024
IMAGENS: INTERNET