OS MOMENTOS EM QUE OPTO POR DEIXAR A TELEVISÃO DESLIGADA
Nestes momentos, se recebo alguma visita, a primeira coisa que ela indaga é se a televisão pifou. Então logo explico: não. Se ligar ela funciona perfeitamente, mas só que eu prefiro o silêncio ao massacre de uma notícia triste, apesar de se tratar da morte de uma pessoa alegre, que sempre foi o baluarte do entretenimento, da comunicação, do sorriso, enfim, da alegria de um modo geral. Estou falando do Sennor Abravanel, o imortal Sílvio Santos, que faleceu recentemente. Foi tão inteligente e precavido que nos últimos dias pediu à família que após a sua partida não queria velório popular, apenas da família e que o sepultamento foi restrito a esta também. Então, como sempre acontece quando alguém importante assim falece, como Chacrinha, Ayrton Senna, Tancredo Neves, etc. por dois dias seguidos quase todos os programas televisivos detalham a vida do falecido incansavelmente. E repetem aquelas entrevistas que resgatam momentos emocionantes ou tristes dos telespectadores em todo o Brasil. Após assistir um determinado programa sobre um assunto fúnebre assim, prefiro por ficar com a imagem daquela pessoa em minha mente e para não me martirizar tanto desligo a televisão por estes momentos. Cada um, cada um.