A ratazana
Certa vez estava eu em minha varanda quando de repente ouvi gritos vindo da casa vizinha, fiquei preocupado, então resolvi tentar saber o que estava acontecendo, chegando lá…fui informado por dona Ana que uma ratazana havia entrado na sua cozinha e que todos ficaram muito assustados ao ver o tamanho do bicho, pois bem; munido dessas informações resolvi ajudar, assim que entrei na sala, pude ver que seu Álvaro marido de dona Ana, e seus filhos Davi e Claudia estavam no maior alvoroço, todos tinham em suas mãos algo como vassouras e pedaços de pau, esses objetos daria a eles uma certa proteção e também a chance de se matar a ratazana.
A tenção aumentou quando de longe avistei o rabo do animal, logo dei o alarme, e cautelosos corremos em sua direção, Dona Ana também veio reforçar a linha de frente, vendo que todos nós estávamos unidos e determinados a acabar com aquela criatura; e com uma risada irônica seu Álvaro olha para todos e diz ironicamente assim. “ Finalmente é o fim dessa ratazana, estamos em maior número, somos cinco contra um, ela não terá a menor chance”.
Realmente eramos cinco contra um, mas mesmo assim estávamos assustados, o bicho era realmente enorme.
Cuidadosamente afastamos o fogão, e lá estava ela, encurralada no canto da parede, ao ver que a ratazana estava indefesa partimos para cima dela , vendo que estava prestes a perder a vida, o ruedor se prepara para se defender, confesso que ao ver o bicho com os dentes afiados e aquele olho preto olhando em nossa direção, e ainda se armando para um possível ataque, reconheço que nessa hora toda pele do meu corpo ficou arrepiada; mas ainda assim não desisti, ao chegar mas perto do animal contamos até três e atacamos, foi um corre-corre danado, por fim o bicho escapou, naverdade quem correu fomos nós. Ainda hoje ao lembrar dessa história eu dou boas risadas; ela foi realmente engraçada, porém ela me trouxe um grande ensinamento, aprendi que, nunca devemos nos entregar, a ratazana nessa ocasião estava prestes a perder a vida, mas ela não desistiu de lutar, não sei de onde encontrou forças, mas o fato é que ela escolheu nos encarar, e mesmo em desvantagem numérica ainda assim ela não desistiu.
O que aprendi dessa história é que não podemos nos entregar, mesmo sabendo que estamos sem saída e com a certeza de que a derrota é certa, ainda assim não devemos nos entregar, aprendi que, mesmo diante das dificuldades nós não podemos desistir, a ratazana não desistiu de lutar por sua vida, e por isso ela ganhou uma nova chance, não se entregou, e assim escapou da morte, e provavelmente após esse ocorrido ela ainda viveu por muitos anos.
Assim devemos fazer, lutar sempre, até o fim, e nunca desistir.
Igor Rodrigues Santos