CONTEMPLANDO A IMENSIDÃO...
CONTEMPLANDO A IMENSIDÃO...
Neste inverno de 2024, quando faz sol e não tem vento tenho praticado caminhadas até a beira do mar, onde tem um banco que sempre está vazio e que eu elegi como meu.
Em ali chegando, sento-me e fico, em profundo silencio, examinando a minha vida e me lembrando das invernias e dos mormaços, condições às quais tenho sido exposto desde minha juventude.
Faço um balanço das atitudes nas quais agi corretamente e, também, daquelas que, por emoção ou por falta de tato, eu tenha me comportado de maneira não adequada.
Me felicito pelas primeiras e me corrijo pelas segundas fazendo propósito pessoal de me portar de tal forma que, na linha do tempo, que me sobra, eu estabeleça minha conduta como a de um cidadão de primeira categoria
Algumas vez sou tomado pela lembrança de momentos inesquecíveis que vivi com minha amada e que, agora, estão distantes, no universo do desconhecido e passeiam pelos caminhos da ausência e da saudade...
No dia de hoje me dediquei a contemplar a imensidão do cenáro, no raio que os meus olhos podem ver, para o lado direito, para o lado esquerdo e para a frente lá onde o mar se encontra com o céu e viram um só...
É impossível não se encantar com a magnitude do que se vê.
A praia, o mar, o céu limpo de nuvens se apresentam para nossos pequenos olhos como um conjunto grande demais e que não poder ser analisado, mas, somente, contemplado.
Sentado, ali no meu banco, foi impossível não pensar na grandiosidade da Criação Divina pois as imensidões que à minha vista se apresentam são, talvez, uma pequena porção equivalente ou menor do que 1 bilhão por cento de todo o conjunto do Universo.
Fico pensando, então que se nos encantamos com uma pequena parcela do Universo o que não nos aconteceria se pudéssemos, por um milagre, podermos contemplar a sua totalidade.
E paro de pensar e me dedico contemplar a magnitude da cena à minha frente e me dou conta de quem sou eu e que com que critério de tamanho poderei medir-me, se toda esta enormidade da cena que contemplo é uma ínfima parcela do conjunto da Criação.
Fico “torcendo” para que façam outros dias de sol que-pelas suas belezas- me estimulem a caminhar até a beira da Praia e sentar-me no meu banco e contemplar a amostra magnifica- embora minúscula- do Universo, que me é dado ver e que, por vê-lo, me torne mais humilde, mais fraterno, mais consciente e Capaz de compreender o Poder de Deus, como Criador da imensidão e da magnitude dos mundos conhecidos e desconhecidos.
Chegada a minha hora, me levanto dou uma última olhada no cenário magnifico e deslumbrante e, caminhando, de volta para minha casa, constato que diante da Grandiosidade da criação Divina eu sou menor do que um grão de areia, não do mar de Capão Novo, que é muito grande, mas da minha pequena praia das Areias Brancas, do meu Rio Santa Maria em Rosário do Sul.
( Recanto da Ana e do Erner 14.08.24- Capão Novo)