Crônica para o pai herói, injustiçado ou bandido
A cada segundo domingo de agosto boa parte da humanidade parece parar por um instante para se lembrar de um ser humano que, de uma forma ou de outra, moldou de maneira tortuosa ou reta, a vida de cada pessoa: me refiro ao meu pai...ao seu pai. Para o seu pai, é um dia de abraços apertados, de sorrisos cúmplices, de palavras de gratidão que, talvez, não sejam ditas com tanta frequência quanto deveriam. É um dia de celebração. Intensa, moderada ou discreta, é uma data de celebração.
Para órfãos como eu, é um dia de reflexão e lembrar aqueles cuja presença sentimos nunca esquecemos... nos objetos que guardamos, nas histórias que recontamos. São os pais ausentes fisicamente, deixando um vazio que o tempo se encarrega de preencher com saudade. Para os órfãos como eu, o Dia dos Pais é um momento de saudação silenciosa, de um brinde ao céu, de uma conversa em pensamento. Não importando se o destino tornou ele um herói, um injustiçado ou bandido.