Frida "Vivia morrendo"

“A dor, no final, torna-se arte.”

Já parou para avaliar qual das artes você gostaria ou tem vontade de aprender? Somos artistas por natureza, já nascemos fazendo arte.

A arte verdadeira é a mistura de coisas como arquitetura, escultura, pintura, música, literatura, dança e cinema, tudo faz parte do mesmo balaio. Não vamos esquecer: viver é arte. Talvez a mais difícil e nem sempre divertida.

É incrível saber que é possível conhecer um país, cidade ou bairro através das manifestações culturais. Isso sem falar nas pinturas rupestres que mostram o cotidiano das civilizações antigas. É muito legal! Tive o prazer de conhecer essa arte nas pedras da Cachoeira Santa Isabel no Rio Araguaia, perto de Xambioá.

Hoje vou falar sobre a pintura, considerada a terceira arte clássica. Existem muitas telas famosas que é difícil escolher apenas uma delas. Podemos listar pessoas que fizeram e ainda fazem história. Já disse... A lista é muito grande.

Muitas pessoas têm dificuldade em entender uma pintura e só as veem em museus pelo mundo. Eu não consigo olhar para uma tela e não ver o quanto ela é bonita a cada piscada de olhos.

O ato de pintar dá vida a uma tela ou a um pedaço de tecido. Dá forma aos sentimentos mais profundos da alma. Expressa a dor em cores e traços. Quem fez isso e me encanta foi Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (1907 - 1954), mais conhecida como Frida Kahlo. Ela foi uma pintora surrealista mexicana famosa por suas pinturas inspiradas na natureza do México. Suas obras têm fortes elementos autobiográficos, misturando realismo e fantasia. Ela foi influenciada pelos colegas de classe da Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Seu objetivo era ser médica.

O que me chama a atenção na obra de Frida Kahlo é o fato dela pintar autorretratos. Isso me fez lembrar Van Gogh. Na sua biografia fica claro que ele fazia autorretratos quando lhe faltavam modelos. Ele não tinha outra alternativa senão retratar a si. A justificativa é que ele era pobre demais para pagar tais modelos. Frida falava que queria pintar o que via com os próprios olhos. Usava para isso a visão que tinha a partir de um espelho em sua cama. Período em que ficou acamada por conta de um acidente de ônibus que culminou em lesões musculares. Ao olharmos para as suas pinturas, percebemos que mostram suas paixões e dores. Não há nenhum sorriso em seus autorretratos, mas são encantadores.

Não gostaria de citar suas tentativas de suicídio com facas e martelos. Essa é a parte triste da sua biografia. Os suicidas mostram que vão se matar, ora por ações erradas ou por palavras fortes. Eu acho que existem várias sinais de suicídio, o fato de pintar autorretratos pode ser uma delas. Ela teria dito: "Espero que minha partida seja feliz e espero nunca mais regressar".

Foi difícil escrever sobre essa criatura maravilhosa e intrigante. Quando pensei em falar sobre ela eu era apenas um admirador de sua obra. Lendo sua biografia, tive a sensação de que a sua dor passou de algum modo para as minhas palavras e os meus sentimentos. Parece que a dor não é suficiente para desanimar o ser humano, é apenas um detalhe.

Não há dor que não possa ser apagada com um pincel.

E vamos que vamos...

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 12/08/2024
Código do texto: T8127247
Classificação de conteúdo: seguro