*PAIS: PARA MUITOS, FICARAM SOMENTE AS IMORREDOURAS LEMBRANÇAS... PARTE II*

Amanhã, no segundo domingo de agosto, reverenciamos, com justíssimas razões, os pais.

Quanto a nós, não tivemos o privilégio de tê-lo presente em nossa vida. Restaram apenas as lembranças contadas por nossa venerável avó.

Não vamos mencionar datas, pois pouco acrescentariam às nossas sucintas palavras, que neste exato momento são "ditadas" pelo coração. Segundo nossa avó nos contou, aquela que seria nossa mãe estava perto dos 20 anos e trabalhava, pois a família passava por reveses financeiros provocados por vários fatores. Aquele que seria nosso pai tinha cerca de 28 anos. Em uma longínqua noite de luar, ele conversava animadamente com um amigo – que também tinha interesse na jovem que ali morava. Numa contenda amigável, combinaram que aquele que vencesse o percurso, em certo trecho combinado, numa corrida a cavalo, teria o "direito" de cortejar a linda jovem.

Ele foi o vencedor, e aquilo que parecia tão somente uma brincadeira acabou em casamento e na constituição de uma nova família, com as dificuldades naturais daqueles idos tempos, dos que não estavam agraciados com as benesses da fortuna.

Tínhamos apenas um ano quando ela veio a falecer, jovem, com 25 anos. Em razão de nossa tenra idade, de comum acordo com o pai, nossa avó nos deu guarida, e passamos a vê-la como nossa mãe.

O tempo passa célere para todos. Acabamos vindo morar em Curitiba – nosso pai permanecia morando em Santa Catarina –, o que dificultava o contato. Recordamo-nos da derradeira visita: tínhamos perto de 12 anos, em férias escolares. Foi gratificante ficar uns dias com ele e com os nossos três irmãos. Não passou muito tempo até que recebemos a notícia de que ele falecera, com um pouco mais de 40 anos.

Um dos nossos irmãos reside em nossa cidade, o que facilita a convivência; os outros dois moram, respectivamente, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Por conta disso, os contatos pessoais são mais esporádicos, mas, pela internet, sempre nos comunicamos.

Dia dos Pais... O ideal seria que cada um pudesse contar com a presença de seu pai. Para muitos, isso não vai acontecer, pois nem todos vivem "muito", e alguns vivem tão "pouco" nesta dimensão. Nesse caso, temos que aceitar e conviver, na certeza de que a "morte" não é o fim, mas tão somente o retorno à nossa "pátria de origem", de onde um dia "saímos", em busca de agregar valores intelectuais e morais. Resta-nos o consolo de que um dia haverá o reencontro para aqueles que são ligados pelos verdadeiros laços do AMOR!

*Por mera curiosidade, estamos recolocando o texto que foi corrigido pela Inteligência Artificial para que o texto fique mais compreensível. Devo isto ao nosso neto Lucas, que batei a foto do texto, e veio a correção...

Feliz dia dos pais, aos nossos leitores (as)9h35min. Curitiba, 13 de agosto de 2016 - Reflexões do Cotidiano - Saul

*O singelo texto foi escrito a oito anos. Como o tempo passa hein?

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 11/08/2024
Reeditado em 12/08/2024
Código do texto: T8126542
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