PAIS: PARA MUITOS FICARAM SOMENTE AS IMORREDOURAS LEMBRANÇAS... 8h47min. *

Amanhã, segundo domingo de agosto, se reverencia com justíssimas razões os pais. Quanto, a nós não tivemos o privilégio de tê-lo presente em nossa vida. Apenas ficaram nas lembranças contadas pela nossa venerável avô...

Não vamos mencionar datas, pouco acrescentaria em nossas sucintas palavras, que neste exato momento são “ditadas” pelo coração...

Segundo nossa avó nos contou, aquela que seria nossa mãe estava perto de 20 anos, trabalhava, pois a família passava por reveses financeiros, provocada por vários fatores. Aquele que seria o nosso pai estava próximo de 28 anos, era uma longínqua noite de luar, conversava animadamente com um amigo, - que também tinha interesse na jovem que ali morava – numa contenda amigável, combinaram que aquele que vencesse o percurso, de certo trecho combinado, numa corrida a cavalo, teria o “direito” que cortejar a linda jovem...

Ele foi o vencedor, e aquilo que parecia tão somente uma brincadeira, acabou em casamento e a constituição de uma nova família, com as dificuldades, naturais daqueles idos tempos, dos que não estavam agraciados com as benesses da fortuna.

Tínhamos tão somente um ano quando ela veio a falecer, jovem com 25 anos, em razão de nossa tenra idade, de comum acordo com o pai, nossa avó nos deu quarida, e passamos a vela como nossa mãe...

O tempo passa célere para todos, acabamos vindo morar em Curitiba, - nosso pai permanecia morando em Santa Catarina - o que dificultava o contato... Recordamos-nos da derradeira visita, tínhamos perto de 12 anos, em férias escolares, foi gratificante ficar uns dias com ele e com os nossos três irmãos... Não passou muito tempo quando recebemos a notícia que ele falecera, com um pouco mais de 40 anos...

Um dos nossos irmãos reside em nossa cidade, o que facilita a convivência; os outros dois uma mora em Santa Catarina, e outro no Rio grande do Sul, em face disto há os contatos pessoais, mais esporádicos, porém, pela Internet, sempre nos comunicamos.

Dia dos pais... O ideal seria que cada um pudesse contar com a presença de seu pai, para muitos isto não vai acontecer, pois nem todos vivem “muito”, e alguns vivem tão “pouco” nesta dimensão; neste caso temos que aceitar e conviver, na certeza que a “morte” não é fim, mas tão somente o retorno a nossa “pátria de origem”, onde um dia “saímos”, em busca de agregar valores, intelectuais e morais; restando o consolo, que um dia haverá o reencontro aos que ligados pelos verdadeiros laços do AMOR!

Feliz dia dos pais, aos nossos leitores (as)9h35min. Curitiba, 13 de agosto de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul

*O singelo texto foi escrito a oito anos. Como o tempo passa hein?

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 09/08/2024
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