UM POUCO DE PROSA
Durval Carvalhal
HOJE é dia 08/08/24; mas, em 08/08/88, no badalado Clube de Engenharia (Salvador), eu lançava meu terceiro livro: UM POUCO DE PROSA.
Foi uma noite memorável, cujos amigos e anônimos não se furtaram em dar-me um gostoso apoio, enriquecendo aquela bela e alegre noite literária.
Havia uma forte efervescência política na cidade por causa da eleição municipal; eu era candidato a vereador; inúmeras pessoas importantes compareceram como representantes partidários, professores universitários, amigos, eleitores, simpatizantes e anônimos.
Parte dessas pessoas compôs a mesa; os discursos foram brilhantes; as observações, memoráveis e a alegria, contagiante.
Depois dessa solenidade de lançamento, todos desceram para o subsolo para saborear um grande coquetel. Lembrou um pouco a doce valsa de Strauss: Vinhos, cervejas e música.
Coquetel bem concorrido; pessoas diversas comiam, bebiam, gargalhavam e riam de contentamento pelo instante de êxtase.
O saudoso violonista José Umberto agitou a plateia; ninguém ficou parado; todos cantavam e bradavam. Foi uma festa de arromba; até minha filha de seis anos bebeu resto de cerveja escondidamente, flagrada pela câmara que filmava (risos)..
É muito bom ser feliz; melhor ainda quando fazemos pessoas felizes; é o reinado da felicidade. É quando a contabilidade da vida fecha.
Parodiando o filósofo Jacques Bossuet, o homem é um animal prepotente, arrogante, hipócrita, explorador... A mulher é mesquinha, infiel, indigna e mentirosa... Entretanto, não há nada mais sublime do que a união dessas duas criaturas tão imperfeitas.