Coco Chanel - adeus espartilho
Para perguntas idiotas, respostas inteligentes.
Quanto mais leio mais gosto das palavras.
Li e reli o que tenho à mão por diversas vezes. Algumas vezes fiquei feliz, outras nem tanto. Fico triste ao ver que muitas coisas que gosto parecem falsas. Eu tento separar o que é verdadeiro do que não é. O meu mundo desmorona quando a mentira prevalece sobre a verdade. Certa vez eu disse que as verdades são grandes mentiras.
__ Ah, não sei porque me lembrei de Cazuza! Os "meus heróis morreram de overdose".
Hoje resolvi espairecer um pouco a minha mente poluída - jogar confetes pelas paredes de reboco. Quero ler algo que me faça esquecer a loucura do dia a dia desta cidade. Um dos grandes nomes que povoa a minha cabeça, desde quando era um jovem sonhador, é simplesmente Gabrielle Bonheur Chanel. De quem sou fã de carteirinha.
Bateu uma vontade de contar um pouco sobre a vida dela, mostrar a você uma pequena parte da sua biografia, que me chamou a atenção.
Chanel nasceu na França, em 1883, filha de Eugénie Jeanne Devolle Chanel, uma lavadeira. Seu pai era um vendedor ambulante de roupas de trabalho e peças íntimas. A família residia em alojamentos degradados. Ao nascer, o nome de Chanel foi grafado no registro oficial como "Chasnel". Um erro clássico dos cartórios. Para corrigir o seu nome, em sua Certidão de Nascimento, teria que em remexer informações das quais sempre fugiu, como por exemplo, que fora criada em um asilo. Por isso, nada foi feito.
Quando Chanel tinha 11 anos, seu pai a mandou para o convento de Aubazine, que administrava um orfanato. A Congregação do Sagrado Coração de Maria foi criada para ajudar os pobres e rejeitados. A vida no orfanato pode ter contribuído para a sua carreira, visto que foi onde aprendeu a costurar. Mais tarde ela mudaria a história de sua infância incluindo relatos mais glamorosos, geralmente falsos.
Quando não estava costurando, Chanel cantava em um cabaré, frequentado por oficiais de cavalaria. Fez sua estreia nos palcos cantando em um café-chantant. Era uma cantora, entre as estrelas, que entretinha a multidão. Foi nessa época que adquiriu o nome de "Coco". Supostamente dado a ela por seu pai. Sua juventude e seus encantos físicos não foram suficientes para torná-la uma cantora.
Para mim a maior homenagem que Coco Chanel recebeu foi de Marilyn Monroe. Que, notoriamente, não usava roupas para dormir, afirmava que pijamas e camisolas perturbavam o seu sono. Quando perguntada com quem ela dormia respondeu: nada além de duas gotas de Chanel Nº 5. O perfume que ela também teria adicionado em seus banhos de gelo.
Suas últimas palavras, para a sua criada foram: "Veja, é assim que você morre."
Com certeza vale a pena ler mais sobre essa mulher que viveu muito além do seu tempo.
... E vamos que vamos!!!