A DIVINDADE NACIONAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
O dinheiro levou Jesus Cristo à cruz e morte no calvário.
O dinheiro fez e faz os "Cézares" da Era Contemporânea, assim como nas outras eras.
E assim pensam comprar tudo e todos, do puder político a salvação no céu e no inferno de seus sonhos.
O amor de perdição é o mesmo amor de salvação, isto porque cada indivíduo se salva e ou se perde por seus próprios pensamentos.
É inevitável o amor, a caridade e a bondade em cada indivíduo, sic. segundo sua crença envolvendo o ig, ego e superego, de modo que quem fala contigo sobre os defeitos alheios ou dos defeitos dos outros, também falará com os outros sobre os teus defeitos, quando o adversário ou inimigo não tem defeitos, aí a concorrência arranja com a ajuda da inteligência artificial ou não e põe em prática para aniquilar os outros, é esta a prática cotidiana nas redes sociais e em todos os meios de comunicação social, por exemplos, na televisão, rádio, etc.
A vida é diferente do viver e do conviver que é uma novela diária surreal, arraigada de interesses nos carteados dos jogos das pretensões presentes e futuras, assim com foram no passado, onde tudo se juntam e não se misturam...
Não é só no Brasil, é em qualquer país do mundo, onde o talento e a virtude não produz o esperado progresso, aí está o cerne da ordem, que vira desordem, a inversão de valores e o dinheiro é sua principal divindade nacional de plantão para se gastar e passar troco, não obstante que esteja escrito em nossa Bandeira Nacional a frase positivista de "Ordem e Progresso".
Assim sendo, ainda que por analogia ao pensamento do filósofo e escritor francês Denis Diderot (1713 —1784), que cita que "não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser talvez um homem inteiramente bom", isto mesmo, porque "o que nunca foi posto em questão, nunca foi provado", como por exemplo, que filho de gato, gato é, disto não há dúvidas, porém, ninguém quer ser filho de bandido, bandido é, sim, isto mesmo, porque "a maior infelicidade para um artista é ter um adversário sem talento", o que não é diferente tal raciocínio se aplicado ou observado em qualquer tipo de concorrência onde o dinheiro é a nota máxima de aprovação e de reprovação se for pouco para se vencer a qualquer custo, basta estabelecer o preço para o martelo ser batido como no leilão das cousas e/ou coisas que conhecemos.
Por outro lado, ressaltamos que em quaisquer lados, encontramos tantos patifes e imbecis juntos querendo e falando a mesma linguagem se confrontando e se enfrentando que faz desgosto.
De modo que "não há nada como as paixões e as grandes paixões para elevar a alma às coisas grandes", na visão de Diderot, por exemplos, a paixão pela educação, pela poesia, pela política, pelo direito, dos esportes, das drogas, dos crimes inconfessáveis, etc, salvo na novela global "Rancho Fundo", parodiando a vida nacional de nosso tempo.
E assim, Diderot, enfatiza e com lúcida razão que "a sabedoria não é outra coisa senão a ciência da felicidade" e complementa dizendo que "quando as mulheres têm gênio, acho-as mais originais do que nós", isto ao nosso ver é relativo, porque tanto os homens, quanto as mulheres, são originais e estarão no "panteon" da vitória e da derrota, segundo suas trilhas de interesses, se assim quiserem.
Em síntese, o mundo é constituído de ideologias, religiosidades e filosofias, compostas por patifes e imbecis de todas às cores e matizes que dizem o que lhes "apetece" quando quer e como quer, desde que o mundo é mundo, nem Adão e Eva, acreditaram em Deus, nosso Criador, quando se anteciparam ao comerem a maçã...