II COISAS DE MINHA CURITIBA... 11h02min.
Esta cidade que me deu abrigo a 78 anos, tem suas histórias, porque não dizer “fantasmas” do passado, que estão “adormecidos”, mas, que repente podem ganhar vida nas lembranças de cada um.
Num passado não tão distante havia tradicionais lojas de comercio, com destaque a Hermes Macedo, “de Porto Alegre ao grande Rio”. Teve seus anos de glórias, mas hoje, talvez lembrados por poucos. Também, houve outras que não sobreviveram; Tarobá, “é lá que vou comprar”. Disapel, Móveis Pinheiro, Béttegas presentes, a loja Prosdócimo, na época bem jovem fiquei eufórico quando aprovaram a minha ficha, e me deram crédito...
Havia, também as farmácias de destaque, Minerva, Stelfeld, começou em 1857, e se descava no alto dos dois andares, por ter o relógio do Sol, no meu tempo de representando comercial cheguei a vender para eles, no andar de cima era o escritório, havia também uma sala reservada ao médico de Clinica Geral, Dr. Gabriel Novik, muitas vezes o “visitamos”, para apresentar nossos produtos.
Havia também o destaque para o setor bancário, Bamerindus, “o tempo passa o tempo voa, mas a poupança Bamerindus continua numa boa... Disputava o primeiro lugar com Bradesco e Itaú... Também, não podemos esquecer do Banco do Estado do Paraná, o saudoso Banestado, que tínhamos orgulho ser cliente, quando abriu uma agência nas proximidades de onde moramos; 1975...
Também não podemos esquecer do Passeio Público, numa região central da cidade, foi fundado em 17 de fevereiro de 1886, que até hoje é muito visitado, pois tem animais e aves de várias especiais. Até o início dos anos 60, havia figura do fotógrafo, com sua máquina de três pés, as pessoas queriam tirar uma foto, marcasse este dia em que conheceram o Passeio Público, esta figura com a modernidade do celular, “despareceu”. Hoje a cidade tem mais de 20 parques e um ônibus de turismo, que leva os turistas, a todos estes parques...
No alto do São Francisco, parte histórica da cidade, há o relógio das flores, que muito visitado e procurado, onde quem vai tira fotos...
No comércio, no final dos anos 50, havia na praça Tiradentes um armazém de secos e molhados da família Demeterco, as pessoas chegavam no balcão e pediam os produtos, que providenciados pelo balconista. Sabendo das inovações deste ramo nos EUA, de armazém para supermercado, onde as pessoas se serviam, colocando os produtos num carrinho, iam para o caixa e pagavam. Foi que fez aqui, foi um sucesso, abriu várias lojas. Anos depois foram vendidas ao grupo Big.
O rádio somente chegou à cidade em 27 de junho de 1924, com a rádio Clube paranaense, - que aliás este ano fez 100 anos – ela começou na Mansão das Rosas, casa do ervateiro Francisco Fido Fontana, na Av. João Gualberto, próximo ao colégio Estadual. A PRB-2 teve seus áureos tempos, com programas de auditórios, novelas, esportes, “imitando” a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
A TV, veio bem depois, RPC, em 27 de outubro de 1960, pelo empresário Nagib Chede... São coisas de nossa Curitiba... 11h55min.
Curitiba, 01 de agosto de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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