Crônica onírica

Já passou a hora do almoço, faz calor.

Saio a pé e enquanto caminho nessa tarde de segunda começo a me digerir os sonhos do fim-de-semana. Tento organizá-los como um roteiro. Produtos inconscientes não seguem uma linha cronológica formal.

Começa com uma cena tensa e um revolver engatilhado que sempre está pronto para atirar, mas não o faz. Dentro do saloon, surge uma mulher de cabelos longos que me chama para dormir com ela em seu quarto, num edifício logo ali. Deixo o copo de uísque pela metade no balcão.

Um quarteirão de distancia, segundo andar.

Após o ato, pela manhã, ela comenta sobre assuntos amenos enquanto eu passo o café.

Percebo que o cheiro do café é real e abro os olhos sozinho na cama.

Rodrigo Margini
Enviado por Rodrigo Margini em 01/08/2024
Código do texto: T8119443
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