Crônica onírica
Já passou a hora do almoço, faz calor.
Saio a pé e enquanto caminho nessa tarde de segunda começo a me digerir os sonhos do fim-de-semana. Tento organizá-los como um roteiro. Produtos inconscientes não seguem uma linha cronológica formal.
Começa com uma cena tensa e um revolver engatilhado que sempre está pronto para atirar, mas não o faz. Dentro do saloon, surge uma mulher de cabelos longos que me chama para dormir com ela em seu quarto, num edifício logo ali. Deixo o copo de uísque pela metade no balcão.
Um quarteirão de distancia, segundo andar.
Após o ato, pela manhã, ela comenta sobre assuntos amenos enquanto eu passo o café.
Percebo que o cheiro do café é real e abro os olhos sozinho na cama.