O MEU DESEJO DE AVANÇAR NO TEMPO E POR QUÊ!
Retornando para o Brasil, após um breve tempo no Peru, ao que fui agraciado em conhecer a fantástica Machu Picchu, a “antiga Cidade Perdida dos Incas”. E deste modo foi...
Entrei na aeronave, a dirigir-me até à minha poltrona, e ali me acomodei confortavelmente. Talvez ainda estivesse sob o efeito daquele clima místico e enigmático a pairar naquele interessante país: sua cultura, seu esoterismo, onde nele me deixei levar por uma atitude contemplativa e ascética.
E percebendo os passageiros cada qual indo para o seu assento, lembrei-me de uma série de ficção e mistério à qual assisti na TV fechada (na Netflix), mais especificamente “Manifest”. Tomarei a liberdade de dizer agora um pouco sobre ela, e fica a minha dica também para todos. Posto isto, vamos lá:
Alguns passageiros entram num avião comercial, e em determinada hora ele sofre uma considerável turbulência, que era, na verdade, um “buraco de minhoca” (termo usado em Física Quântica a mencionar “viagem no tempo”, e sempre para o futuro), mas que a tripulação só constatou depois de ter aterrissado em seu destino. Bom, é aí onde entra a estória propriamente dia: embora o tempo cronológico parecia não ter alterado, eles foram informados de que o avião chegou ao destino 5 anos [após terem decolado].
Bom, prefiro ficar somente na preliminar da série, até mesmo para não tirar a graça de quem for assisti-la. E convido o leitor mais uma vez a um bate-papo comigo.
Então, acredito que muitos talvez devem estar pensando que eu tenho medo de viajar de avião, ao que direi que estão “redondamente” enganados. Apraz-me muito andar de avião, principalmente quando se trata de longas viagens. E se eu me lembrei da série “Manifest” não foi porque estaria dominado por algum medo ou pânico, oh, não! Na verdade, eu queria muito estar na "saga real" daquele filme, principalmente neste atual tempo em que vivemos, e ao que se daria naquele avião em que nele [eu] estava E será aqui onde serei mais direto:
Como está o espaço (o país, os ambientes, os locais, as rodas de conversas...) e mesmo o “clima psicológico” neste atual tempo? Estou me referindo ao presente tempo em que [nele] estamos. Bem, sem rodeios, serei mais objetivo: como estão as relações nas famílias, nos ambientes de trabalho, nas reuniões ou nos encontros entre as pessoas?
Responderei aqui: O que mais se vê é um clima dividido, por causa de uma maldita polarização política e ideológica em todos os espaços, presenciais ou virtuais, onde me refiro quanto a este das redes sociais, como também as de compartilhamento de dados ou assuntos afins, tais como "whatsapp", "Facebook" e outras plataformas.
É isso mesmo, meu amigo, por causa de divergências de opiniões ou preferências entre certos “nomes” eis a triste "sintomatologia" que se vê: ambientes de trabalho hostis e desagradáveis, amizades e relações rompidas, comunicações dificultadas, famílias divididas, companheiros que não mais se falam, ligações que foram abandonadas. E tudo isto em função do veneno produzido pela política e do apego a ideologias nefastas, e, sobretudo, pela paixão cega por certos “nomes”, onde tudo isto só serviu para “separar” as pessoas. E por causa delas já houve até mortes. Um país sequestrado por um sentimento de ódio e aversão, enfim! Um Brasil "separado" entre os irmãos. E, aproveitando aqui eu peço licença a todos no que farei uma confissão pública: A "política" matou minha família. Não deixe que ela mate a sua, não. Nem sua família, nem suas amizades.
Bandeiras
Partidos políticos
Ideologias
Sociedades e associações
Movimentos e grupos
Agremiações e ligas
Religiões
Tudo isto só serve para separar os indivíduos em um espaço
O piloto anunciava de sua cabine que estaríamos passando por uma leve turbulência. Pois bem, enquanto eu estive naquele avião [a retornar para o Brasil], confesso que me sentiria abençoado se acontecesse o mesmo que foi na série “Manifest”, a avançar 5 anos no tempo. E aqui eu pergunto: será que daqui a 5 anos o Brasil estará diferente? Ou para tal precisaria de mais 10 ou 20 anos?
Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Não sou ingênuo a ponto de acreditar que daqui a 10, 20, 30 anos ou mais o cenário possa ser diferente, pelo que pode haver, infelizmente, outros personagens (outros nomes) a produzir esta mesma praga que separa e divide as pessoas, já que o velho comportamento (a “identificação política ou ideológica”) dificilmente morrerá!
E nest’hora eu acabo de me lembrar daquele incrível filme, cujo nome é “Interestelar”, onde uma espaçonave (junto com sua equipe de tripulação) entra também num “buraco de minhoca” e, após cumprir uma missão em outro planeta, retorna para a Terra décadas depois.
Pois bem, fica aqui as perguntas:
Será que o Brasil estará “do mesmo jeito” que agora?
Estará melhor ou pior?
Como serão as relações humanas, as quais atualmente foram infectadas com tanto ódio e separações políticas e ideológicas (direita, esquerda, extrema-direita, etc.)?
Prezado leitor, vou usar de minha maior sinceridade agora: eu estou cansado deste clima onde tanto nos ambientes concretos quanto nas plataformas virtuais o que se fala é:
Direita
Extrema-direita
Esquerda
PT (Partido dos Trabalhadores), PL (Partido Liberal)
Comunismo
Rede Globo (“Globo lixo”, conforme deste modo muitos a rotulam)
STF (Supremo Tribunal Federal)
Lula
Bolsonaro
Resumindo:
O país está vivendo um período muito louco. Mas, apesar da “Psicologia do Comportamento” ser, para mim, algo de muito interesse, a partir dos estudos sobre neuróticos, psicóticos e até perversos, eu confesso que não tenho o mínimo prazer em conviver com nenhum destes. Darei aqui um exemplo de como eles se portam, a partir de um quadro de “obsessão neurótica”, levando-se em conta que qualquer coisa é motivo para que eles deem início à sua tradicional prova:
Estava eu andando pelas ruas do Rio de Janeiro, próximo à Central do Brasil, em pleno período de Copa do Mundo (de futebol), e trajando a camisa [amarela] da seleção brasileira. E eis que certo colega se aproxima todo entusiasmado e sorridente] e me pergunta:
- Você está indo para a Central participar de nosso protesto?
Ao que respondi:
- Protesto? Eu não sei do que você está falando. – E percebendo que ele também trajava uma camisa igual a minha, constatei que estava se referindo a uma manifestação a favor do ex-presidente Bolsonaro a que aconteceria naquelas proximidades. E então o respondi:
- Eu não sou bolsonarista, não. Só estou usando a camiseta da seleção, e pelo que eu sei a camisa não é uniforme político de nenhum nome. E se estou a vestindo é porque estamos em tempos de Copa do Mundo, ao que eu não usaria se estivéssemos em outro período. Também tenho uma camiseta Pollo vermelha, mas isto não significa que eu seja “comunista”. Será que nunca em sua vida você ouviu aquele ditado a afirmar que “o hábito não faz o monge”?
Pois bem, assim que terminamos a breve prosa, eis que o meu amigo saiu visivelmente decepcionado comigo. Fazer o quê? Eu não sou fanático!
Ah, meu querido, quando eu tenho a infelicidade de encontrar com pessoas cujo “prato preferido deles” é esta porcaria de política, chego a sentir náuseas. E vejo em todos um bando de gente feia e infantil ao extremo. E o mais interessante nisto tudo é que não existe uma idade específica para tais. Acha-se em todas [elas], desde de adolescentes até os mais velhos, onde muitos são até aposentados. E, apesar de tanta coisa que estes últimos já presenciaram na História Política do Brasil, dá-se a impressão que não adquiriram nenhuma “vivência”. Pessoas que “já têm uma quilometragem”, assistiram o Brasil durante a Ditadura Militar, alguns foram a às ruas para gritar por “eleições diretas”, presenciaram a “censura”, e tantas coisas mais, e que, apesar de tudo isto, se portam como imaturos adolescentes (entregues às suas “paixonites” com relação a seus adorados ídolos). Simplesmente ridículos!
Mas, votando à questão da “polarização política”, e lembrando-me daquele filme o qual referi – “Interestelar” – houve, sim, um tempo que eu queria muito reviver, porém não será possível: refiro-me ao período do Presidente Collor, onde o “brasileiro” era um só coração e uma só alma, e onde todos gritavam em uníssono: “FORA COLLOR”. É verdade: apesar de tantas dificuldades o Brasil não sofria (como hoje) desta maldita “polarização política”, já que todo mundo queria “demitir” aquele Presidente da República (para não dizer "dar um chute em sua bunda"), tantos os ricos como os pobres.
Bom, vou ficando por aqui. Mas, confesso que assim que o avião chegou ao Aeroporto de Guarulhos, e que o Piloto autorizou o uso do celular, a primeira coisa que eu fiz foi conferir qual era a real data (naquele dia). E comprovei que o tempo não tinha avançado como o que foi na série “Manifest”. Que pena!
29 de julho de 2024
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR) E DUAS DA INTERNET (OS FILMES MENCIONADOS NO TEXTO)