Julgamento
“Aquele que nunca pecou atire a primeira pedra” Jesus Cristo, ou trazendo para os termos atuais, aquele que nunca errou atire a pedra e julgue o seu próximo. Existem pessoas que se “alimentam” de pessoas assim, fragilizadas e sugestionáveis a sucumbir ao bel prazer do outro, desprendendo-se de tudo que possui ao ponto de ter “uma passagem de ida, sem escala, para o fundo do poço”, por acreditar que aquilo é uma fórmula mágica e vai te reerguer.
Como são as coisas não é mesmo? O ser humano se esqueceu de suas próprias mazelas, suas imperfeições ao ponto de “atirar a pedra” no seu semelhante apenas com a intenção de subjuga-lo, desestabilizar o outro. Mas, o que ganha agir dessa forma?
Uma pergunta tão simples, raras são as pessoas que compreendem de fato a importância de não focar no processo do seu semelhante e se tornar alguém melhor, não pelo que os outros possam a vir pensar, pelo contrário, pelo simples fato de enxergar que ninguém vai fazer as coisas por você a não ser você mesmo.
Aprenda urgentemente, acolher mais do que julgar, afinal julgar, palpitar é muito simples, por não ter conhecimento de causa, apenas pelo “simples prazer” de “cuidar da vida do outro” e acreditar que pode controlar o que a pessoa faz ou deixa de fazer.
Ah! Como seria fácil “passar uma borracha” nas lembranças doloridas ao ponto de seu próprio inconsciente não querer te “pregar peça”. Algumas pessoas acreditam piamente que as mazelas da alma podem ser curadas se você não pensar nelas, infelizmente não é assim o fluxo da cura.
A cura puxa o “adoentado” para ao enfretamento de suas falhas e até mesmo da impotência perante algumas situações e porque não dizer enfrentar “enfim os seus demônios internos” e romper a sua “parceria” voluntária ou até mesmo involuntária a aquilo não mais pertencente ao seu presente.
Pois bem, aquele que já passou por diversas tormentas é capaz de ter empatia ou até mesmo reconhecer a fragilidade de seu semelhante e lhe propor uma maneira de não permitir que este se afunde na “areia movediça” da inquietação, da dor não palpável e não reconhecida muitas vezes pelo demais.
Além disso, as pessoas são “pré-programadas” a usar máscaras e fingir viver num mundo perfeito, em que as pessoas não passam por dificuldades, perfeitas, ou seja, focam na banalidade, na superficialidade das coisas corriqueiras da vida enquanto aqueles focados em tirar o floreio “obrigatório” já imposto por uma sociedade “cinematográfica” das perfeições sofrem duras e ferrenhas críticas por evidenciar a fragilidade humana.
Como diz na música Deus e Eu, Leandro Borges: ‘não mostre sua fraqueza aos inimigos seus’, num mundo onde o “passatempo” é acompanhar o sofrimento alheio, prova disso são os reality anualmente transmitidos que envolvem famosos enquanto outros desconhecidos, mas que ficam focados apenas nas intrigas, festas e atividades básicas a serem desempenhadas (diga-se de passagem fontes de atritos, pois nem todos se posicionam como agentes ativos de colaborar), o mais engraçado para não dizer trágico mesmo que na futilidade estampada nas telinhas desses programas onde a busca por bem material faça com o moral possa ser corrompido (deixando claro se a pessoa assim se submeter), quem sobrevive é quem ataca.
A vida em sociedade se tornou uma selva sob pedras por causa disso, ou seja, onde se acredita que “jogar sujo” vale a pena e quem age direito é o errado. É como dizer que viver no propósito e dentro de uma ética de vida não serve. Onde foi que tudo se corrompeu? Por que essa segregação se tornou obrigatória?
A partir de hoje siga a sua intuição, se for necessário reaprenda a enxergar quem é e quem se tornou. Não permita que o mundo corrompa o seu ser. Lembre-se: mesmo que o certo não seja algo que todos estejam fazendo, ele não deixou ser o certo.