PURA MALUQUICE.

A minha semana iniciou como todas as outras, sem muita novidade do ponto de vista pessoal. No entanto, o mundo parece estar de cabeça para baixo com os acontecimentos estarrecedores se atropelando. Do ponto de vista da minha vida, os acontecimentos obedecem a regra da monotonia costumeira, uma vez que, sigo o caminho da trilha de formigas, se é que posso chamá-la assim. Permitam uma breve explanação da rotina desse que vos escreve. Geralmente, acordo às quatro da manhã, eu sei, é muito cedo, embora o celular esteja programado para às quatro e meia, que também é um exagero. Porém, não consigo fazer diferente, ou é quarto da manhã ou nem me levanto.

Uma vez de pé, a roupa de serviço já fica ao lado da cama, devidamente dobrada, crachá, chave e carteira também apostos. Me troco muito rapidamente, na minha cabeça não posso perder tempo, nem um minuto, coisa de gente maluca. Vou para o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Depois vou para a cozinha fazer o café, em uma elegante chaleira ou cafeteira Italiana, não sei exatamente como se chama àquilo, enfim, medida água, açúcar e café com um pouco de chocolate em pó, coloco no fogo. Enquanto não fica pronto, mando uma mensagem para a esposa. Trabalhando na cidade vizinha, tenho que ficar a semana na casa da minha mãe, indo embora somente na sexta-feira a tarde, enfim, eu já expliquei isso em outras crônicas. Café pronto, xícara cheia, fumaça tremulando, o restante do tempo antes de sair para o ponto passo degustando o meu café Italiano lendo um livro na plataforma eletrônica do Biblion, fica a dica. Sigo religiosamente com esse cronograma esquisito. Minha esposa fala que isso é maluquice, eu concordo.

É sempre nesse religiosa ordem que funciono, não gosto de mudar nada, sei lá, acho que estou ficando biruta. No que desrespeito ao livro que estou lendo, "A cidadela, de A. J Cronin", é simplesmente magnífico. O livro conta a história de um jovem médico recém formado que vai trabalhar no país de Galês, em uma cidadezinha afastada, como médico assistente. Cuidado de funcionários de minas de carvão. O jovem enfrenta grandes desafios, uma vez inexperiente, descobre que nem tudo é como pintam os livros de medicina. O jovem tem um par romântico na história, sua índole e caráter não o permite levar-se por falcatruas, e quaisquer que seja o tipo de corrupção existentes na área. Sua conduta correta diante de um sistema falho o faz criar muitos inimigos, e também alguns bons amigos. Enfim, ainda estou em curso de leitura, e confesso que está sendo até o momento a melhor leitura do ano.

Agora, no que desrespeito ao mundo... Não sei nem o que dizer para vocês. Guerras, terremotos, tentativa de assassinato de presidenciáveis, enfim. A coisa está fora de controle. No tocante a política brasileira, prefiro não comentar nada. É sábio e prudente manter o absoluto silêncio. Eu acho que é isso amigos, no meio da correria da minha vida e horários, encaixo a minha escrita, poesia, contos, essa crônica por exemplo, não posso deixar de mencionar que descobri uma fã de minhas poesias, estou encantado.

Há também aqueles dias em que nada dá certo, tudo foge do controle, o que me deixa pra lá de irritado, porém, até esse caos é de alguma forma "aceitável" forçadamente, no final, funciona até bem para não deixar o cérebro mecanizado na mesmice de todos os dias. No demais, é isso, a vida segue o seu curso, e nós, bom... Somos apenas espectadores observando o curso sinuoso da vida.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 28/07/2024
Código do texto: T8116559
Classificação de conteúdo: seguro