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                                  Na escrivaninha do meu quarto, onde o silêncio se faz presente,

no alto de sexto andar, vizualizo pela janela, o movimento da praça, onde crianças

brincam com os mini   automóveis, movidos por controle remoto, o sonho de

toda  criança. 

 

.                             Lembrei-me da minha infância, em que esses brinquedos,

eram  feitos com madeira, com rodinhas e tábua, meus irmãos, eram craques

nisso.

 

                              Prontos os carrinhos, subiam a rua da nossa casa, que era

em aclive, se largavam numa doida corrida rua abaixo, indo parar , às vezes ,

desnortedos, batendo num empecilho  no meio do caminho.

 

                            Vendo o perigo, travavam com pés, esfolando-se , para não

bater a cabeça. Outros, mais precavidos, desciam fazendo manobras , atravessavam

a Avenida, ( movimento de carros na época , pequeno, indo parar quase nos trilhos

do trem que atravessava a cidade ( então vila). Muitas vezes, ouviam o apito característico

da " Maria Fumaça", como se chamavam os trens na minha infância. Tudo muito divertido,

até que um se machucava, corria para casa , largando o carrinho no meio da rua,

para um curativo e afago da mãe. Mas, o que os aguardava,  era uma varinha de marmelo no bumbum,

para que  aprendessem a se cuidar.

 

                          Sem a tecnologia de hoje, as crianças criavam seus brinquedos,

usando a imaginação, formavam grupos, aprendiam a conviver socialmente e ,

na Escola, eram responsáveis ( com excessões)

 

                          Antes de brincar, chegando em casa, os pais exigiam, primeiro  o tema.

Isso era educação partindo de casa.

. Oh tempos bons, onde se competia para obter nota máxima nas disciplinas e,

conseguir o primeiro lugar no boletim; ( tenho os meus. guardados, sempre com destaque

nas matérias, para orgulho dos pais e professores.)

 

             Os irmãos ( meninos), mais voltados as traquinices, ficavam no vermelho no boletim

e no bumbum, dos castigos do Pai, que nem sempre podia acompanhar os estudos dos

filhos . Os mais responsáveis cumpriam as ordens dos pais, sem o chamamento.

 

             Tudo evoluiu. Hoje, os estudantes possuem brinquedos automáticos, copiam as 

pesquisas da Internet,  os resumos de livros sem lê-los, nas salas de aula, usam 

celular, não prestam atenção aos professores, que, nada podem fazer devido à 

legislação. Chega o final de ano, alunos são aprovados sem merecimento, por temor 

a reação dos pais.  Este é o mundo em que vivemos.

 

   Que mundo nos espera?

 

 

______________ Luiza Menin Manfredi

 

Recebo e agradeço, com carinho , a participação dos Poetas .

 

Publicando o sábio comentário do Poeta   Soul Hunter, que abrilhantou meu texto.

 

                                                   

Olá lumah, A tecnologia transformou drasticamente a forma como as crianças brincam e aprendem. Enquanto antes, a criatividade e o convívio social eram essenciais para o desenvolvimento, hoje os brinquedos automatizados e a internet dominam. Você reflete sobre essa mudança, contrastando a simplicidade e o engajamento do passado com o presente, onde a facilidade tecnológica muitas vezes substitui o esforço e a responsabilidade. A conclusão questiona o impacto dessa evolução no futuro da educação e no comportamento dos alunos.

 

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lumah
Enviado por lumah em 27/07/2024
Reeditado em 28/08/2024
Código do texto: T8115988
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