E O DIA DO BRANCO E O DIA DO AMARELO?
*Nadir Silveira Dias
Apenas para lembrar que a trança da mulher que se diz negra (E que nem sempre preta é!) é a mesma da mulher branca, com todas as características de carinho e ancestralidade da mãe, da avó, da tia, preta ou branca.
Sim, pois a maioria dessas mulheres que se dizem negras são apenas e tão somente mestiças, miscigenadas, muitas de pele quase branca, é a mesma da mulher branca, loira, ruiva e, ou, majoritariamente, pintadas com qualquer cor diferente da sua cor natural de cabelo com o qual nasceu.
Vejo na mídia poucas mulheres pretas de grande valia que continuam pretas como sempre foram. Porém, são a minoria. A população do Brasil de pretos é na minha percepção tão somente quase senão igual a sua população de ricos: Não mais que dois por cento.
Se isso continuar nesse nível alarmante de parcial realçamento da população dita negra (Que negra não é!), pois seria preta, fosse o caso de assinalar essa particularidade.
E assim porque se a população de pretos merece ser particularizada também merece essa particularização a população de brancos e a população de amarelos.
Para deixar igual o modo de ver a população tem que ser criado o Dia do Branco e o Dia do Amarelo, igualmente construtores do Brasil, como os pretos que agora se dizem negros, pois o Dia do Negro, que deveria ser Dia do Preto, como bem o demonstram e comprovam inúmeras igrejas de Minas Geras e da Bahia com o nome Igreja Nossa Senhora da Conceição do Rosário dos Pretos, com pequena variação do nome entre todas elas.
E nem pense em arguir bobagens do tipo, pois tenho padrinhos pretos, banto e guineano, além de um terceiro de pele muito próxima do argeliano, vale dizer, de feição europeia e de pele quase senão preta.
Ah! E com madrinhas mestiça e pretas. E ninguém se dizia negro. Eram pretos.
25.07.2024 19h30
* Jurista, Escritor e Jornalista