Meus quintais
Nos quintais da minha infância tinha: pés descalços e correria no farfalhar das folhas, risadas e gritinhos, um subir e descer nas árvores frondosas e nos arbustos.No quintal da Patrícia, o sol custava a vazar, pois havia muitas árvores grandes. Na visão da minha criança, parecia um bosque.
Já no quintal da fazenda da Regina, as palmeiras de coco-cabeçudo faziam nossa alegria. Era gostoso demais comer a polpa preguenta e depois, lavar os dedos no pequeno riacho de águas claras e frias. Saíamos dele e enfiávamos no meio das mangueiras, em meio às risadas cheias de cumplicidade. Procurávamos as pedras arredondadas e do mesmo tamanho para jogar Mariquinha ou “cinco marias”, na varanda da casa. Sempre estávamos suadas e despenteadas. Mas me lembro que jamais ficávamos sem escovar os dentes.
Quando penso no quintal da minha casa passa um filme na minha cabeça… árvores frondosas dançando com o vento, galinhas e pintinhos ciscando aqui e ali, o galo entoando o canto de madrugada, o cachorro Ringo correndo atrás de nós, o balanço de pneu que levava nossos sonhos e os trazia de volta, a calma do jabuti… as travessuras, as brigas das crianças, a Naná que a tudo acudia… o cheiro do manacá, a chuva que repugnávamos , o sol que bendizíamos…
Fazíamos das ruas de calçamento nosso quintal, porque a molecada se juntava para queimada ou vôlei. Ficávamos até o escurecer e voltar pra casa era um dó! Tínhamos fome de brincar!
Acabo de escrever essas linhas e cheguei à conclusão que envelheci… Porque só os idosos da minha infância eram saudosistas e contadores de casos de suas vidas. Até choravam quando se lembravam do pai ou da mãe, dos amigos e até do inimigos. E vejam só, olhem para minhas palavras! Quanta saudade e passado cabem nessas linhas…
Nos quintais da minha infância tinha: pés descalços e correria no farfalhar das folhas, risadas e gritinhos, um subir e descer nas árvores frondosas e nos arbustos.No quintal da Patrícia, o sol custava a vazar, pois havia muitas árvores grandes. Na visão da minha criança, parecia um bosque.
Já no quintal da fazenda da Regina, as palmeiras de coco-cabeçudo faziam nossa alegria. Era gostoso demais comer a polpa preguenta e depois, lavar os dedos no pequeno riacho de águas claras e frias. Saíamos dele e enfiávamos no meio das mangueiras, em meio às risadas cheias de cumplicidade. Procurávamos as pedras arredondadas e do mesmo tamanho para jogar Mariquinha ou “cinco marias”, na varanda da casa. Sempre estávamos suadas e despenteadas. Mas me lembro que jamais ficávamos sem escovar os dentes.
Quando penso no quintal da minha casa passa um filme na minha cabeça… árvores frondosas dançando com o vento, galinhas e pintinhos ciscando aqui e ali, o galo entoando o canto de madrugada, o cachorro Ringo correndo atrás de nós, o balanço de pneu que levava nossos sonhos e os trazia de volta, a calma do jabuti… as travessuras, as brigas das crianças, a Naná que a tudo acudia… o cheiro do manacá, a chuva que repugnávamos , o sol que bendizíamos…
Fazíamos das ruas de calçamento nosso quintal, porque a molecada se juntava para queimada ou vôlei. Ficávamos até o escurecer e voltar pra casa era um dó! Tínhamos fome de brincar!
Acabo de escrever essas linhas e cheguei à conclusão que envelheci… Porque só os idosos da minha infância eram saudosistas e contadores de casos de suas vidas. Até choravam quando se lembravam do pai ou da mãe, dos amigos e até do inimigos. E vejam só, olhem para minhas palavras! Quanta saudade e passado cabem nessas linhas…