Cicatrizes do tempo
Cicatrizes do tempo
O que faz um homem quebrar seus próprios paradigmas a não ser a insatisfação que sente frente a mesmice de seu dia a dia? Não é de hoje que vejo pessoas mudarem sua forma de pensar procurando continuamente novas e mais eficientes maneiras de enfrentar velhos problemas e, por que não dizer, colocar uma pedra em outros já conhecidos sedimentando de vez o que há muito é visto como um fator adverso (praticamente obrigatório) ao desenvolvimento de grandes e pequenas questões.
O interessante do processo é que essa mudança acontece quando o que parecia estável sofre uma pequena alteração na forma como o enigma central é resolvido. A princípio, o novo traz um pequeno incomodo a quem não esta acostumado a mudanças, mas nem por isso deve ser descartado e sim, estudado de forma linear, melhorado e, conforme o resultado, assimilado e colocado em pratica.
O agente motivacional certamente merece estudo, pois nem sempre o que há por trás de uma ideia é visto a longo prazo como benéfico ao que realmente merece correção. Feito um remédio que cura um problema criando outro (os famosos “efeitos adversos), não são raros os casos onde um novo enigma passa despontar como princípio de um incomodo maior se não levado a cabo em suas primeiras aparições. Afinal, não é de hoje que procurasse curar o efeito esquecendo de sua causa.
Assim é a vida – diz o ditado que aguas paradas não movem moinhos e se algo não vai bem ou sua forma de desenvolvimento merece alteração, mudanças são e sempre serão benéficas ao desenvolvimento lógico de praticamente tudo, mas quando o cerne da questão está voltado a pessoas, todo cuidado é pouco. Ao contrário das ciências exatas, o material humano merece atenção redobrada, pois além de complexo, é o mais é suscetível a mudanças por mais ilógicas essas forem.
Manoel Claudio Vieira – 25/07/24 – 04:25h