A leitura entre os seus quefazeres diários
Para começar, uso quefazeres propositadamente. Um dos meus quefazeres diários, desde há muitos anos, é a leitura. Leituras diversas, aliás. Leio de tudo. Faço minhas as palavras do grande advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que, dentre tantas outras coisas bonitas e de profundo significado, em texto publicado no dia 15 de outubro de 2018, escreveu: “Eu leio. E leio. Leio poesias. Leio um pouco de tudo.”
Nesses tempos de escassez aguda de leitores, dou um conselho a quem não gosta de ler. Cultive o hábito de ler diariamente um texto pequeno, mas não vale ler só as mensagens comuns do celular. Comece pela crônica. Leia uma crônica por dia. Não precisa ser minha, pode escolher outros cronistas. Existem muitos cronistas bons no Brasil. A começar por Machado de Assis, cujas crônicas são bem mais extensas. Leia também a Bíblia, o Alcorão, e assim por diante. Só não vale virar fanático, alienado. Aí não dá. Não caia nisso!
Ponha a leitura entre os seus quefazeres diários. Quefazeres, o mesmo que afazeres, quer dizer rotina. Assim, tomará gosto pela coisa. Depois, passe a ler contos, romances, tratados. E por aí afora. Outra dica que eu dou é começar a ler o livro por onde der vontade de começar. Pode ser pelo fim, pelo meio, pelo começo. Não importa, o que importa é ler. É bom sempre que leia o livro todo, mas isso não é obrigatório. Pode ler somente uma parte. Não há regra. O leitor é livre para decidir.
Não é só isso. Embora até possa parecer que estou querendo demais, pode ler mais de um livro ao mesmo tempo. Neste caso, ponha dentre estes um dos meus, por favor! Não custa pedir, não é? Mas é isso mesmo. Brincadeiras à parte, não é errado nem improdutivo ler mais de um livro ao mesmo tempo. Depende do leitor. Se você, como eu, gosta de fazer isso, não se preocupe. Vá em frente. Tem, inclusivamente, o aval de Gabriel Perissé, doutor em Filosofia da Educação. Ou seja, de quem sabe o que diz.
Para encerrar, falo do que estou lendo. Além das crônicas de cronistas diversos que leio diariamente, dentre outros, estou lendo Debates contemporâneos em direito médico e da saúde, livro que tem 33 capítulos e mais o apêndice, distribuídos em 850 páginas. Esse, por exemplo, comecei a ler quase pelo fim, ou seja, pelo capítulo 24, no qual é citado o meu livrinho de Direito Médico intitulado Direito de recusa do paciente à transfusão de sangue e a outros procedimentos médicos. O próximo capítulo será o 23.