DÁ COM A LÍNGUA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Dá com a língua na vida do outro em tempo de campanha política é um fato.

É fato mesmo, pois, todos concorrentes usam às mesmas artimanhas.

As famílias se dividem em guetos e comunidades incomuns, um exemplo típico disto é a salada feita de ideologias dissidentes da esquerda, da direita, do centro, subindo e descendo no mesmo palanque como galo, galinha, peru, guiné, pato, urubu, etc, o importante é ganhar a eleição para garantir os próximos quatro anos de cestas básicas e todas às mordomias do erário municipal, estadual e federal.

Ninguém quer ficar na lama como porco, porque não tem asas para voar, apesar de existir o mito do boi que voa no imaginário da cultura popular recifense.

A política faz a divisão entre irmãos, cada um vai para um partido diferente, quem ganhar a eleição, é irmão de quem perdeu, porque é sangue do mesmo sangue, isto é pura manobra para o trem subir e descer ladeira e o eleitorado ficar conversado besteira nas pontas das calçadas, as universidades do povo.

A política é realmente a maior empresa ou indústria do mundo, manda em tudo e não paga impostos diretos ou indiretos sobre suas atividades comuns e incomuns, inclusive nas práticas comuns da corrupção ativa e passiva.

A política garante isenção fiscal e parafiscal para si e seus ativos e passivos.

A democracia assim como qualquer outro regime ou sistema político, onde o poder emana do mais forte sobre o mais fraco.

No imaginário popular, assim como os candidatos que não poupam às condutas dos concorrentes, os seguidores vão à loucura do disse me disse, a boataria negativa contra a honra e boa fama do outro não passa em brancas nuvens.

É ladrão vai e corrupto vem...

Tem candidatos batendo com a língua nos dentes que não é forasteiro, é filho da terra, quando na verdade, essa gente apenas tem um endereço na cidade ou no campo do município para simular que tem domicílio eleitoral, assim permitido diante da fragilidade da legislação eleitoral.

Esta conversa sobre forasteiro não pega bem em alusão ao próprio Jesus Cristo, porque ele não é brasileiro, por exemplo, e é o Salvador da humanidade santa e pecadora. Então ser ou não daqui e ou forasteiro não é pré-requisito para habilitar alguém ser ou não ser candidato para qualquer cargo ou função pública eletiva ou não.

O fato é que esta gente, com raríssimas exceções, moram na Capital do Estado e em outras cidades ou estados, assim não tem conhecimento diário das necessidades da população pobre e residente na cidade e na zona rural do município em que quer ser prefeito, vice prefeito, vereador. etc.

Uma vez passada a eleição, os forasteiros ou não candidatos eleitos ou derrotados, desaparecem, assim como os problemas da cidade e do campo, bem como os problemas novos e velhos da população carente e usuária do CadÚnico, do bolsa escola, dos programas sociais de moratória, restaurante popular, etc.

A educação, a saúde, a falta de medicamentos e de profissionais de todas áreas para atender a população, a segurança pública, etc, continuará como antes, o que tem aumentado é o número de delinquentes no meio da rua soltos usando tornozeleira eletrônica, intimidando a população obreira pagadora de impostos diretos e indiretos.

Assaltos, roubos, furtos e sequestros a fole nas grandes e pequenas cidades, todas loteadas pelos donos de milícias e bocas de fumo, facções de todos os naipes que superam os do jogo de baralho: copa, pau, espada e ouro.

A política é a ciência do bem-estar, comum e social, desde que tais mazelas fossem eliminadas do pacto social do submundo do crime instalado no poder que emana do povo, via saco de cimento, a bolsa escola, a cesta básica, regulação do SUS, remédios, pagamentosde água, energia elétrica, IPTU, taxa de lixo , distribuída a fole nos dias que antecedem a eleição.

Isto mesmo, porque "viver é isto: ficar se equilibrando, o tempo todo, entre escolhas e consequências", segundo o filósofo escritor e crítico francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), considerado como representante do existencialismo, que defende a liberdade irrestrita, porque a liberdade move o ser humano.

E a população ainda paga com seus impostos diretos e indiretos o Fundo Partidário para cada ideologia de plantão faz me rir...

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 24/07/2024
Reeditado em 25/07/2024
Código do texto: T8114085
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.