CRER EM ALGO. LEI MORAL DE CRISTO. DÚVIDA. GNOSE.
Dúvida e fé. Quem não tem dúvida não questiona, se isola normalmente na pretensão vazia de ciência não percorrida. Nada se conhece nem se conhecerá dos caminhos inacessíveis à inteligência. Mas quem não indaga nada aprende, a esses faltam as vestes da curiosidade que abre portas.
Nada se responde àquele que nada busca. E quem não sabe o que procura dificilmente encontrará algo satisfatória para seu complemento como pessoa.
O grande credo é ascender sem poder ver. Duvidar é a grande chave que tudo move no sentido de tentar, destaque-se sempre, chegar a alguma verdade do insondável. E mesmo de grandes descobertas pelas quais muitos morreram na idade média; buscando a verdade.
O próprio Cristo, Filho de Deus encarnado em Jesus de Nazaré, deixou como escola pelo arbítrio o veículo da dúvida. Pendendo da Cruz clamou pelo Pai, “Abba, por que me abandonastes?”
No livre arbítrio conduzido pela escolha avalia-se, e a escolha elege caminhos, transita porém por várias passagens até a eleição, e antes duvida, negaceia, recua, questiona, argumenta, pergunta, apara arestas, pesquisa, enfim, tenta avançar e o faz, máxima ou minimamente, duvidando. E chega a algo se há seriedade e vontade.
Aquele que deixou raízes didáticas no que foi ensinado aos grandes movimentos libertários, que dignificaram o homem, até hoje sedimentados e destacados para os bons valores; a revolução francesa e outros da mesma linha, legislações das nações civilizadas que pontificaram antes da construção crítica pela dúvida.
Só a crítica alimentada pela dúvida avança.
São dois mil anos de regras inspiradas em Quem nenhuma regra escreveu, somente oralmente ensinou e mostrou o caminho a escolher mediante arbítrio, cimentado pela dúvida a escolha, Jesus de Nazaré, o Cristo.
Se nosso sentimento apenas quer crer, sem nenhuma vontade de explicar materialmente a transcendência, por ser impossível, já nos basta. Se nos sentimos bem por procurar o bem ensinado e o seguir, universalidades irrecusáveis, se fosse só isso, já seria muito, se só tanto nos restasse. O quê mais importa?
Eu creio em uma Lei Moral, que reflete em todas as normas maiores exaradas nas grandes convenções humanas máximas. E se nessa Lei Moral creio, creio em Quem a ensinou; Jesus de Nazaré, O Ungido.
Me faz bem viver sob essa crença, na leveza da consciência. A escolha foi contingente, após a dúvida.
A dúvida faz a escolha, a escolha faz a fé, mas se o sentimento está visceralmente ligado ao que é bom e submetido à Lei Moral de Jesus de Nazaré, Ele, Jesus de Nazaré, o Cristo histórico, é a prova que nem eu e nem ninguém precisa de nada mais para continuar a ter fé na fraternidade, na bondade, na recusa aos desvios que comprometem nossa consciência. E a Igreja, instituição humana, necessita da fé, a fé de nada necessita, digo sempre, só de fervor e entrega.