II A RUA E SEUS MORADORES TÊM SUAS HISTÓRIAS... 16h54min.
Dando sequência ao nosso singelo texto anterior, em que não falamos de “nós”, e, como viemos parar “aqui”. Um amigo de longa data que já passou para o lado de “lá”, pois se foi com apenas 40 anos. Ele, seu pai já morava neste bairro. Seu saudoso pai sabendo que tínhamos vontade de comprar uma casa, e acabou indicando esta casa, que estava a venda.
Nesta época tínhamos um amigo que se predispôs a nós ajudar com os recursos financeiros. Comunicamos a ele que já tínhamos achado o imóvel para compra, nos adiantou o valor, e, acertamos a compra do imóvel.
O terreno 12x50, com uma modesta casa, que aos poucos fomos reformando. Coincidentemente, assim que nos mudamos, foi ligado a água enganada, - 1972 – antes de nos mudarmos fizemos um banheiro, anexo a casa, pois o mesmo era fora da casa.
Ao longo dos anos as diversas reformas foram sendo feitas, e com “destaque a do ano 2000, em praticamente toda a casa foi reconstruída, anteriormente, tínhamos feito uma grande reforma, todo o madeiramento externo foi retirado, e feito alvenaria, bem como reforma dos dois banheiros, mas as divisões internas prosseguiam sendo de madeira. Aí aconteceu o inesperado o cupim “atacou” a parte de madeira, e também a parte do forro.
Acabamos indo morar na garagem, que nos acomodou durante quase um ano, da antiga casa, tudo foi demolido, apenas ficaram de pé as paredes externas, tudo teve que ser feito novamente. Após, um pouco mais de um ano, finalmente a nova casa estava pronta, e novamente nos “mudamos”, as filhas já tinham se casado. A mesma não é muito grande, pois são apenas 93metros quadrados, tem uma ampla sala, dois quartos e uma sala para a TV, e uma ampla cozinha. o quarto da esposa é “privilegiado”, pois tem seu banheiro privativo. Nos dias da semana, a casa parece “vazia”, mas, com destaque a sábado e domingo as meninas, com seus filhos vão “aparecendo”.
Como a casa foi paga? Em 60 parcelas na Caixa Econômica Federal, começou em 31 de agosto de 1972, e terminou em 31 de março de 1977...
Termino, dizendo que os nossos verdadeiros amigos se contam nos dedos de uma de nossas mãos, na época este amigo, que já passou o lado de “lá”, hipotecou sua casa na Caixa, pelo valor da compra da nossa. As 60 prestações dos carnês, que a cada três meses vinham com os valores corrigido, vinha em nome deste amigo, e procuramos pagar sempre em dia. Desde a muito já poderíamos ter jogado os carnês fora, mas procuramos guardar como “lembrança”, começou com valor de 326,13 centavos e terminou com 906,43 centavos, perto de um salário mínimo. É isto aí, os anônimos também tem suas histórias. 17h51min. Curitiba, 22 de julho de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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