Nas esquinas sombrias da cidade, onde o asfalto se mistura à tristeza, encontramos os meninos de rua, pequenos sobreviventes de um mundo que os abandonou precocemente. São crianças que deveriam estar brincando, estudando, sonhando, mas que se veem obrigadas a enfrentar a dureza da vida nas ruas, sem teto, sem família, sem perspectivas.
Cada menino de rua carrega consigo cicatrizes invisíveis, fruto do abandono, da negligência e da violência a que foram submetidos. São corpos frágeis que já conheceram mais sofrimento do que qualquer alma deveria suportar. São olhares perdidos que refletem a ausência de amor e de cuidado em suas vidas.
Longe dos olhos da sociedade, esses meninos lutam diariamente por sua sobrevivência, buscando nas ruas o sustento precário e a proteção efêmera que lhes são negados em seus lares desfeitos. Encontram nas esquinas o calor humano de outros meninos como eles, formando uma frágil rede de solidariedade em meio ao caos urbano.
Enquanto o tempo passa e as estações mudam, os meninos de rua continuam ali, à margem da sociedade que os rejeitou. São invisíveis aos olhos apressados dos transeuntes, ignorados pelas autoridades que deveriam protegê-los, esquecidos por uma sociedade que prefere não ver a miséria que ela mesma criou.
Mas por trás da aparência desgastada e suja desses meninos há uma humanidade pulsante, uma sede de justiça e uma vontade férrea de sobreviver. São crianças em busca de afeto, de segurança e de oportunidades que lhes permitam sonhar com um futuro diferente do presente sombrio em que se encontram.
Enquanto o sol se põe sobre a cidade adormecida, os meninos de rua se preparam para mais uma noite fria e incerta. E nós, como sociedade, nos perguntamos: até quando seremos capazes de virar as costas para essas crianças abandonadas, privadas do direito básico à infância e à dignidade?