Simplesmente um devaneio
Da janela via chegando colocando sua mala no chão, nem percebeu que alguém estava olhando. Correu olhar no espelho a sua fisionomia afinal já faz tanto tempo que foi embora ela eram uma crianças. Usava cabelo comprido de tranças, na época quando não estava de uniforme colegial a manequim da Barbie era a modelo da jovem menina da escola como chamava-o . Sentia o avalanche da atualidade desmoronar, busca se afirmar nos bons tempos de infância que só aceita voltar se for na imaginação . Buscava em outro amores sufocar o primeiro amor que enraizou, fez cicatrizes na alma apesar dos muitos janeiros ainda sente aquele frisson do primeiro amor e a inocência da pouca idade. Mas como era um devaneio carregado de sentimentos beirando ao sofrimento da alma sua cara metade não existe mais. Mãos tremulas alcança o lenço branco na mesinha ao lado da cama, enxuga as lágrimas que correm nos sucos da face sofrida. Olhar tristonho no portão não vê ninguém afinal não é dia de visita, vira a cabeça de lado procura esquecer a final esse amor é como amar uma estrela que brilha no céu.