Que a morte lhe encontre vivendo
Não é algo inédito, essa reflexão foi inspirada em um provérbio africano. Antes que pareça meramente mórbida ou redundante: acredito que, a morte infelizmente encontra muitas pessoas que não estão ou nunca estiveram vivas de fato.
Que a morte, ao chegar, lhe encontre vivendo. Não apenas existindo e menos ainda, matando-se pouco a pouco, a cada dia.
Penso que não está realmente vivo, quem coloca o motivo de viver nas coisas que não fazem sentido. O excesso de materialismo, o apego a futilidades, às discussões, às vaidades, às disputas e o foco na vida alheia. Está apenas existindo, quem vive apenas no mundo dos sentidos, e parece somente satisfazer às necessidades do corpo.
Talvez ainda pior que puramente existir, seja o hábito de matar-se pouco a pouco, dia a dia. Se envenena diariamente aquele que se afunda nos vícios, sejam eles do corpo ou da alma. A raiva, a inveja, a maldade que provoca, ainda que silenciosamente.
Viver de verdade, consiste em administrar impulsos, omissões, ações. Coordenar e ajustar emoções, entre nosso mundo interno e o externo. Redundante dizer mas, viver, só se aprende vivendo. Com boa vontade e sobretudo, com humildade. Que isso seja um lembrete nosso, diariamente: viver em plenitude.