A Falsa Felicidade nas Redes Sociais
Às vezes, me pego rolando preguiçosamente o feed das redes sociais, observando a falsa felicidade dos conhecidos. Eles posam em festas, em hotéis incríveis, vestindo roupas de grife. Tudo isso é apresentado como um sinal de sucesso e realização. Mas, no fundo, sei que esses objetos não são apenas desejados; eles são símbolos do que somos ou queremos ser.
A verdade é que quanto mais acumulamos, mais nos sentimos presos aos objetos do desejo consumista. As coisas que deveriam nos trazer alegria, no final do dia, nos fazem perceber que a liberdade não está em ter mais, mas em precisar de menos. É como se estivéssemos amarrados a essas posses, sufocados pela necessidade de mantê-las, exibi-las e competir com os outros.
Lembro-me de genuínas experiências que estão bem acima do alvoroço consumista vigente por aí. Viajei com uma mochila nas costas, dormi em simples pousadas, conheci pessoas de diferentes culturas. Minha identidade não estava ligada a um carro ou a uma casa, mas sim às histórias que vivi, nos momentos de conexão genuína.
Hoje, vejo amigos postando fotos de jantares luxuosos, de viagens em primeira classe e de relacionamentos aparentemente perfeitos. Mas sei que por trás dessas imagens há ansiedades, inseguranças e lutas internas. A felicidade não é tão simples quanto um clique no botão de compartilhar.
14.07.2024