Fui em uma festa ontem, que dor de cabeça! Só falavam de política e seus políticos de estimação. Uma arena tosca. Todos ali eram idiotas na visão do outro. Não existe mais o diálogo. Estão todos certos. Estão todos errados. Depende do lado da mesa.

Tudo podre de rico e a sociedade disputando figurinhas à beira de migalhas enquanto sonham banquetes.

Não existe argumento que resista quando tudo parece perfeito e impecável na língua de quem profere certezas. Quase que uma ingenuidade na sinopse do bem contra o mal

Lados que não se toleram. 

A humanidade sempre foi assim. Seja na religião, na política, tudo que vira fanatismo perde na capacidade de diálogo e bons argumentos.  Um saco!

Ninguém aprecia mais da boa companhia, troca de ideias, o bom e velho "como vai a vida? Como você está?", até as piadas bobas e deveras repetidas estão fazendo falta! 

Os ditos deuses da política e religião continuam com suas incoerências e atrocidades e o povo se estapiando por eles. E eles cagand* para o povo, vomitando impostos e mais impostos, instituições cada vez mais falidas, salários e aposentadorias do povo cada vez menores (os privilégios de juízes e políticos lá nas alturas e cada vez mais) e o povo disputando polaridades ideológicas para ver quem tem mais razão. A nata adorando essa distração da massa que, quanto mais polarizada, mais distraída e dividida.

Eu tenho paciência zero para gente polarizada. Para fanáticos (seja da esfera que for).

Um saco de festa! Fiquei à beira vendo pessoas quase aos berros e, sem a noção mesmo do quanto estão tomadas (quase que adestradas pelo sistema). 

A idolatria causa uma cegueira quase que sem volta para alguns.

Tempos atrás, quando o Dalai Lama pediu que uma criança chupasse a sua língua, muitos ficaram pasmos. "Como assim, uma santidade!". Isso que dá a idolatria! Só fica pasmo que ainda acredita nesse tipo de santidade (seja a religiosa ou política). Fanatismo dá nisso. E há quem diga "ah, ele não queria dizer isso". Tem quem ainda insista em consertar o que está na cara de todo mundo.

Eu gosto de pessoas coerentes, normais. Agradáveis ao diálogo, sem fanatismo. Que saibam conversar sem impor suas ilusões. Equilibradas em seus raciocínios e que não saiam por aí idolatrando seus egos. Pessoas capazes de mudar de ideias e que compreendem que na vida vamos morrer imperfeitos e diariamente aprendendo coisas novas. 

Gosto demais de pessoas que conseguiram compreender e enxergar no decorrer da história que o fanatismo sempre foi a fagulha para grandes guerras e desigualdades sociais, massacres, preconceitos e verdadeiras hecatombes humanas. Com humildade o suficiente para não se deixar levar pelo sistema.

 

Pense Literatura
Enviado por Pense Literatura em 13/07/2024
Código do texto: T8106037
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.