AMOR PRÓPRIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Amor próprio é o maior e melhor amor do mundo.

Deus, segundo a teoria da criação, criou tudo e tudo ele criou.

Deus é criador e não criatura.

Deus é amor próprio.

Como o indivíduo ama o outro quando ele próprio não si ama?

Isto mesmo, porque "nenhum homem é bom por acidente. A virtude deve ser aprendida", segundo Sêneca (4a.C-65).

Então, como se ama a Deus que não vemos e não amamos quem vemos, a nós mesmos e os outros?

O assunto é trincado mesmo, um exemplo disto, está em explicar sem conhecimento de causas o ministério da fé, porque não vemos, porém cremos via a fé que alimenta cada um de nós, é o caso da existência de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, três pessoas em uma única pessoa, assim compreendida segundo a Bíblia Sagrada e defendida livremente nas interpretações das religiosidades.

É fato que "acima de tudo, não minta para si mesmo", segundo Dostoievski (1821-1881), filósofo, escritor e jornalista do Império Russo.

Diante da dúvida, sem fé, todas e quaisquer religiosidades não ficam em pé por si mesmas sem acreditar em Deus Uno em três pessoas antes citadas.

Deus não tem vontade humana, porém, o ser humano vive a procurá-lo fora de si e não o encontra, porque Ele vive e reina segundo o Ego, Id e o Superego da vontade humana, ai é que mora o perigo de fazer a paz ou a guerra quando lhe convém como criatura.

O amor próprio está dentro de nós, assim como o próprio Deus.

Não estamos defendendo a teoria do ser bonzinho demais não, nada disso.

E até porque "as pessoas às vezes machucam os outros pelo simples fato de estarem machucadas", na visão do ator, comediante, compositor, roteirista, diretor, editor, cineasta e músico britânico Charles Chaplin(1889-1977), o maior nome da época do cinema mudo assim considerado pela critica internacional.

Em sendo assim, está errado, o difícil é reconhecer o próprio erro.

E o ser calmo representa amor próprio, porque ninguém pode amar o outro sem se amar primeiro.

E isto é visto nas atitudes ou ações de cada pessoa, segundo os momentos vivenciados.

Então falar menos é uma forma de amor próprio, da própria pele física para evitar agredir e ser agredido.

Como assim, evitar drama para passar a ideia de bonzinho demais sem justificativa plausível.

A lógica exige que o indivíduo seja menos ativo e menos reativo, apesar de que cada ação gera reação e isto representa amor próprio, legitima defesa, direito liquido e certo contra o terceiro que ataca, enquanto humano, salvo a atitude de Deus Filho, que por amor próprio não revidou a seus algozes nas ações que antecederam a sua crucificação depois da humilhação nua e crua pelas ruas de Jerusalém, a mesma cidade que sempre matou e continua a matar seus filhos e profetas.

O amor próprio nos faz acreditar que "todos os caminhos levam à morte. Perca-se.", no dizer do escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino Jorge Luís Borges (1899-1986).

E o difícil é justamente o "perca-se" ou fuja disto para não encontrar à morte em cada cidade rica ou pobre do mundo em que qualquer momento da história, assim como ontem, como hoje e será para sempre.

Amor próprio é ousar, usar e utilizar a linguagem verbal e corporal para se defender corretamente em cada situação real ou imaginária.

Ter amor próprio é ter conhecimento e ciência própria que nem sempre esteja, nem em sonho disponível a ninguém contra a própria vontade.

O amor próprio é ter um olho no gato e outro no rato, isto quer dizer que se deve falar menos sobre si mesmo, ouvir mais, porque a inveja é instrumento alheio nunca perceptível assim como fita dada para fim de mapeamento do percurso vital na visão de mundo da construção do ócio que alimenta o ideal criminoso para cometer o crime e quiçá a criminalidade ensinada nas novelas reais e surreais da vida e nos meios de comunicação, inclusive com uso da Internet e suas redes sociais, sem deixar de lado a inteligência artificial.

A inteligência artificial está a serviço de tudo no céu e no inferno, salvo o amor próprio.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 10/07/2024
Reeditado em 10/07/2024
Código do texto: T8103736
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