Lar de idosos XVI
Vamos falar de alimentação.
A mãe perdeu peso - nas sexta-feira (05/07) a mãe estava pesando 38Kg. A nutricionista da clínica sugeriu sonda. A filha a princípio aceitou. Depois foi se informar com várias pessoas - amigos - médicos - Google - e viu que não seria a melhor solução (falaremos sobre isso em outro momento - agora a filha quer falar de alimento).
A filha decidiu que vai levar algo substancioso pelo menos três vezes por semana pra mãe, Por que não levar todos os dias? Por que a filha tem compromissos, gasta de Uber de R$ 30,00 a R$ 40,00 a cada ida e volta - pra não falarem que a filha e mesquinha, já gasta um pouquinho de R$ 10.000,00 por mês, entre o valor cobrado pela clínica, remédios, fraldas, suplementos... Então, a filha precisa controlar os gastos. Não está dando conta. Ah na clínica são servidas seis refeições diárias... por que a mãe está emagrecendo a olhos vistos?
A mãe não gosta de comer, mas será que isso faz com que na clínica não lhe deem pelo menos uma - das seis - refeições? Sei lá...
Bom, a filha, na semana passada, levou:
Primeiro dia - purê da batata, carne moída, brócolis bem triturado e colocou meia colherinha de gengibre em pó.
Segundo dia - arroz, frango desfiado, brócolis e o gengibre em pó.
Terceiro dia - centrifugou meia beterraba e uma cenoura, fez um mingau com aveia, carne moída e gengibre em pó.
Ao chegar na clínica, todos os três dias, solicitou duas medidas de Trophic (outra hora explico o que há nesse suplemento) e colocou no alimento que havia levado.
A mãe comeu tudo. Claro que a filha usou de psicologia rsss - 'mãe vamos comer tudinho pra não precisar ira ao hospital novamente e colocar sonda'...
A gente tem de aprender a não 'obrigar' o outo, mas sim persuadir com bons argumentos. A filha acredita que o argumento dela foi bom ;)
Além do alimento a filha preparou 25 mls de soro Hidraplex, sabor laranja... e a mãe tomou tudo.
A filha não é nutricionista. Vai no grito mesmo ao preparar uma refeição pra mãe... acredita que está acertando...
No terceiro dia, ela conversou com a mãe (gravou um vídeo dessa conversa e enviou para o responsável da clínica). Em resumo, a mãe disse o seguinte:
"Sim, elas têm paciência comigo na hora de me dar comida... o problema é que a colher é muito grande, elas enchem e colocam na boca... e a comida escorre para o pescoço... sim elas secam depois... mas eu (a mãe) não falo nada... sei que elas têm muito trabalho... sim, eu consigo comer sozinha, mas pra isso tenho de estar sentada...
A filha tirou conclusões dessa conversa... quais as suas?
Bom, agora o proprietário da clínica está sabendo desse vídeo porque o enfermeiro para quem a filha enviou encaminhou para o proprietário. Veremos que mediadas serão tomadas.
E vamos falar aqui sim sobre as conclusões tiradas pela filha. Pelo amorrrr de Deus - a filha só pensa - a mãe entrou caminhando na clínica, está perdendo a capacidade de andar... a mãe entrou se alimentando sozinha, agora dão comida na boca - como se fosse um bebê.
Que clínica de recuperação de cirurgia é essa? O que ela recupera?
Triste demais isso.